New Life :: Teen Wolf (revisão)

55 - Courage.

No capítulo anterior...

" — Ciúmes, Scott?! — Bianca disse sorrindo."

Agora...

— Essa é nova para mim também, vó. — eu ri e deixei as malas no canto da sala para pegar meu celular que estava tocando.

"— Lydia?
— Onde você está? Estou aqui na sua casa e nem sua mãe e nem seu padrasto sabem seu paradeiro, só me disseram que você comentou sobre Bianca estar vindo para Beacon Hills...
— Scott e eu fomos busca-lá na rodoviária... Estamos na antiga casa dos Lahey.
— Lahey? E Isaac?
— Isaac voltou também mas disse que vai ficar um tempo na casa do Derek.
— Tudo bem, estou indo aí... Precisamos conversar e você precisa me contar que merda aconteceu na sua casa para estar um clima tão pesado.
— Lydia, me espera na minha casa, eu estou indo e espero que você esteja de carro.
— Sempre estou."

Desliguei e ri do fato de que Lydia não faz longos percursos a pé já que ela sempre está de salto alto então não tinha a necessidade da pergunta.

— Posso pegar minhas coisas e vir para cá? — eu perguntei para Bianca.

— Claro querida. — ela sorriu, mas ainda tinha uma pontada de tensão. Eu sabia que eu poderia estar me precipitando, mas sentia que, não importa o que fosse, Bianca estaria comigo.

— Não vai ser por muito tempo, é só até James perceber que eu escolhi ficar com Scott. — eu sorri e olhei para ele.

— Alyssa, não precisa disso, nós daremos um jeito. — Scott se pronunciou.

— Uma semana é o tempo que James leva para mudar de ideia. — eu disse e Scott não respondeu mais nada.

— Vamos? Eu te ajudo pegar suas coisas. — ele disse e foi até a porta.

— Lydia está me esperando em casa, quer que eu explique porque saí sem avisar e o que aconteceu para deixar o clima tão pesado lá em casa. — eu dei de ombros.

— Te levo até em casa, dá para ver que você não quer ir sozinha. — ele disse e veio até mim. Eu poderia guardar Scott em um potinho se eu fosse, ao menos, maior que ele, já que vinte centímetros fazem a diferença na altura.

Eu concordei e fomos até o carro, ele abriu a porta pra mim, sorriu e, antes de fechar a porta, me deu um beijo delicado. Deu a volta no carro e entrou.

— A raiva passou e agora você está triste, não é? — perguntou assim que entrou e me viu de cabeça baixa, olhando as unhas, concordei, ele estava certo.

— Scott — olhei nos olhos dele. — Não importa a dificuldade que nós passaremos, me prometa que ficaremos juntos? Eu não sei como e nem quando eu consegui construir um sentimento tão profundo por você e eu não quero deixar isso passar por que é bom, ao mesmo tempo que parece ser sufocante, é libertador... Eu não sei explicar... — ele me interrompeu com um beijo.

— Alyssa, a primeira pessoa que eu amei, morreu em meus braços e a última está presa no deserto... Não vou deixar nada nos separar. — ele disse segurando meu rosto com as duas mãos.

— Não foi a melhor coisa para se dizer agora. — eu disse e rimos.

— O que acontece quando eu não te dou conselhos que te ajudam? — ele perguntou e sorriu.

Tirei meu cinto devagar e o beijei. De um beijo calmo, libertador e repleto de companheirismo passou para um beijo quente, convidativo e provocante mas só percebi que estávamos indo longe demais quando notei que minha avó estava na porta de casa.

— Não sei se aqui é o melhor lugar para isso, minha avó está na porta de casa. — eu disse sem afastar nossos rostos.

— Preciso de um tempo só com você. — ele disse respirando fundo.

— É, eu percebi. — disse sorrindo e ele me olhou sério.

— Ou é você ou é uma fase porque eu não consigo controlar. — ele disse e eu ri me ajeitando no banco.

Ao chegar em frente de casa, desci mais rápido e fui até o lado do motorista, onde Scott já estava fechando a porta. O encostei no carro e, ficando na ponta dos pés, o beijei.

— Vou dar um jeito de compensar o que você está fazendo por mim. — disse sussurrando em seu ouvido.

— Se o beijo for demonstração do que você está pensando, eu já gostei. — ele disse e sorrimos.

— Até amanhã, na escola... Na sala vazia, durante o intervalo. — eu me despedi já dando dicas.

Poderia ser na minha casa, já que minha mãe e meu padrasto pegaram turno extra e trabalham em período integral mas eu não sou tão corajosa a esse ponto... Também poderia ser na casa da minha avó mas enquanto eu estiver lá, vou dormir no sofá e não seria algo legal já que a minha avó fica em casa o dia inteiro. O que resta são os quarenta minutos de intervalo... Lydia me interrompeu quando me aproximei e abri a porta de casa.

— Até que enfim você chegou. — ela disse rápido e me acompanhou até a cozinha. — seus pais estão te esperando. — disse baixo quando chegamos na porta do cômodo.

— Onde estava, Alyssa? — minha mãe perguntou se levantando.

— Na casa da minha avó. — respondi e peguei um copo d'água. — Vim buscar algumas roupas, decidir passar uns dias lá.

— O quê?! Vai ir morar com alguém que não conhece a nem um ano? — James perguntou surpreso.

— Já se convenceu que dessa vez quem escolhe meu namorado sou eu?! — questionei James mas ele não respondeu. — Quem cala consente então deduzo que não está convencido. Aliás, qual o seu problema?! Scott sempre fez o certo.

— Não é o que ele faz e sim o que ele é. — James respondeu simples.

— "O que ele é"?! — eu repeti sem entender.

— Um lobisomem. — ele disse e revirou os olhos.

— Se for assim, estamos muito bem já que eu também sou um. — eu encostei no armário da pia e cruzei os braços.

— Mas você eu conheço desde pequena.

— Então dê tempo à ele, James. Veja que ele não é um alfa genuíno por nada. Pela primeira vez na vida eu estou feliz na escola... E deixa eu te dizer o por quê: minha melhor amiga é uma banshee, meus melhores amigos são lobisomens, chimeras e um já foi a besta de Geuvadan... A pessoa que eu mais me senti conectada, mais me identifiquei é um alfa... Você não pode me tirar isso, e nem tentar... Eu não vou deixar. — conforme ia falando, minha voz ia ficando mais firme.

— Isso é uma ameaça? — ele perguntou se levantando.

— Não era minha intenção mas se você interpretou dessa forma. — dei de ombros. — James, eu sou grata por tudo que você fez para minha mãe e para mim, mas esse seu lado super protetor está me irritando hà um bom tempo e agora eu sei que é com Scott que eu quero ficar e vale a pena lutar. — eu disse simples.

— Isso é a adolescência, você vai ver que vai passar. — ele respondeu baixo.

— Não é porque passou com você que comigo vai acontecer o mesmo. — eu respondi na mesma intensidade.

— E se tudo der errado? Vai voltar correndo? — James questionou.

— Coragem acima do medo. — respondi e subi as escadas para meu quarto.