76 - Calling to Kira.

2.3K 174 7
                                    

No capítulo anterior...

"- Então por que nos atacou quando nos aproximamos se só quer ver como ele está? - eu perguntei o encarando."

Agora...

- Espero que você me entenda. - ele levantou o braço para me atacar novamente mas parou quando ouvimos uma voz gritar.

- Hey! Você se esqueceu que invasão de propriedade é crime? - olhamos e Parrish disse antes de se perder em chamas.

- Então eu não perdi a viagem? - Kira questionou.

- Seus amigos querem mesmo te proteger, não é? - Zeus disse sorrindo.

- Nós não podemos conversar? - eu questionei.

- Isso é irônico já que você está transformada. - Theo disse se aproximando de mim.

- Nós podemos explicar e tenho certeza que tudo vai se resolver. - eu argumentei.

- Alyssa, eu vejo em você, no seu interior que você não é assim... - Zeus disse e se aproximou de mim. - você não é o que demonstra ser e que o monstro que tem dentro de você agora está mais forte.

- Eu não sou um monstro. - eu respondi baixo e reparei Scott se aproximando devagar. - Não Scott, não se aproxima.

- Eu vejo que você quer fazer o bem mas que o que mais se passa na sua cabeça é que a melhor hora de tudo é a batalha... Eu vejo que a sua vontade por guerra não está saciada e principalmente depois que você descobriu o que era, sabe por quê? Porque é de você, você é quem caça, e o caçador não fica sem caçar. - ele dizia alto o suficiente para que todos ouvissem.

- Não, eu não sou assim. - eu disse firme.

- Você não é assim ou não quer ser? Alyssa, você se contradiz... Ama a quem te ama e odeia a quem te odeia, protege quem te ama e luta com quem te odeia... Você tinha amigos antes de vir à Beacon Hills? - ele questionou e eu neguei. - você tem amigos diferentes de você? - novamente neguei. - isso porque você sempre soube que talvez não fosse aceita. 

- Chega! - eu gritei e me ajoelhei no chão. - eu só quero que Scott fique bem. - eu disse de cabeça baixa. - Eu nunca fui assim! - o olhei. - eu nunca quis a morte de alguém para me beneficiar dela, muito ao contrário. - me levantei. - quem manda aqui dentro não é o tal monstro, sou eu. Eu digo quando eu quero lutar e eu digo quando eu quero conversar, mas eu também digo quando ele deve dominar. - eu já sentia todo o meu corpo esquentar e minha respiração acelerar mas de um jeito diferente como eu nunca vi antes. Era como se eu precisasse gritar, como se eu precisasse falar para todos escutarem que eu não sou o monstro que Zeus tinha me ameaçado ser.

- Eu sabia! - Zeus sorriu. - Eles me disseram mas eu duvidei. - eu o olhei questionando mas mesmo assim a minha vontade de falar tudo o que vinha em minha cabeça não tinha passado. 

- EU NÃO SOU O QUE VOCÊ DIZ QUE SOU! - gritei e me arrependi logo em seguida por ver todos os que estavam ali para ajudar, deitados no chão tapando os ouvidos.

- Então a sua avó te deu algo mais especial que o colar... Te deu o dom do grito. - ele dizia sério. - mas não foi só isso, você é um tipo raro.

- Eu não quero mais ouvir! - exclamei e corri para qualquer lugar.

Eu não via nada que estava na minha frente, nada me chamava mais a atenção do que a ideia de poder sumir e não ver ninguém por um bom tempo... Poder ver a lua, poder pensar se eu realmente sou o que Zeus disse que eu era ou se estava apenas fazendo um jogo para descobrir o que queria. Eu já disse que não queria saber sobre isso, ser banshee não é coisa para mim, Lydia pode aguentar toda a pressão disso mas eu não quero isso, ser um tipo de lobisomem diferente de todos já era demais para mim, ser, então, um misto de lobo e banshee? Não sei quando cheguei e nem como mas finalmente estava em uma casa velha que estava virada para onde a lua estava, era ótimo para mim passar a noite. Ali ainda tinha os móveis da casa mas estavam sujos, acho que há muito tempo ninguém vem aqui. Antes de dormir, mandei uma mensagem para a Lydia dizendo para que ela passasse em casa e pegasse o caderno do Stiles, em seguida desliguei o celular e o resto da noite não está gravada na minha memória.

No dia seguinte não fui para a escola, e comecei pensar em tudo o que aconteceu, todos vieram ajudar Scott para lutar conosco e eu simplesmente abandonei tudo, eu mal havia parado para pensar se eles ficariam bem, tanto reclamei do Jackson ser mimado e fiz o mesmo, fui uma garota mimada que saiu correndo sem pensar em mais ninguém quando tudo pesou e eu estou errada, eu não devia ter fugido, devia ter ficado e suportado tudo se quisesse ajudar. Eu preciso, voltar, me explicar com a minha mãe e pedir para falar com todos, pessoalmente. Assim que liguei o celular novamente, vi que essa hora todos já estavam de volta da escola e me obriguei a criar coragem de voltar para dizer a todos o que aconteceu e receber as críticas porém havia um problema, na raiva do momento, não vi para onde estava correndo e me perdi nessa floresta. O jeito era ligar para alguém, mas quem? Lydia? Não estava presente na cena. Scott? Não quero levar uma bronca dele por telefone, eu teria que aturar essa pessoalmente. Isaac? Ele não é dos mais rápidos logicamente e eu não saberia explicar onde eu estou e de todos os presentes sobrou Jackson, mas eu não tinha muita proximidade, Ethan que estava "possuído", Parrish que traria carros de polícia e enfim Kira, foi minha última alternativa. Por sorte, eu tinha o número dela desde que Lydia disse que teríamos que nos acertar e se eu não tivesse coragem de conversar pessoalmente, poderia ser virtualmente. Então liguei.

"- Alô?"

New Life :: Teen Wolf (revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora