New Life :: Teen Wolf (revisão)

21 - It was an attack!

No capítulo anterior...

"— Digamos que esteja se tornando meu lugar favorito no mundo. — respondeu e sorriu."

Agora... 

— Então, você está gostando de Beacon Hills? — ele parecia interessado.

— Essa cidade me surpreendeu. — eu sorri. — mas sabe o que mais está me incomodando aqui? O sumiço de Deucalion.

— Realmente, ele, com certeza, está planejando algo.

— O que faremos quando ele voltar? — eu perguntei e pela expressão de Scott, nem ele sabia.

— Quando ele voltar, estaremos juntos e novamente daremos um jeito.  — ele respondeu e eu sorri.

O assunto com Scott estava tão contagiante que não vimos a chuva aumentar do lado de fora, o barulho de um trovão me fez assustar e causar mais risadas.

— Bom, acho então que nossa pizza está cancelada. — Scott deu de ombros e fez uma cara triste.

— Olha, já são oito e trinta e seis, quer me contar tudo? — eu perguntei e ele sorriu abaixando a cabeça.

— Por onde quer começar? — ele se ajeitou mais confortavelmente na cama.

— O que podemos fazer? Digo, o que lobisomens podem fazer? 

— Podemos tirar a dor das pessoas, mas precisamos nos importar com elas para poder fazer isso. Além de ficarmos mais rápidos, termos reflexos melhores e olhos diferentes. — ele brilhou os olhos e sorriu.

— Como eu consigo diferenciar os cheiros?

— É quase como involuntário, você apenas sabe. — explicou e deu de ombros. — também podemos saber quando a pessoa está mentindo apenas ouvindo as batidas do coração dela.

— Nós podemos sentir os mesmos sentimentos? — eu perguntei e ele negou. — mas então eu preciso te contar algo Scott. — ao perceber a seriedade em meu rosto, Scott logo ajeitou sua postura também ficando sério.

— O que aconteceu?

— Sabe o por quê da minha aceitação para o trabalho voluntário na biblioteca? — eu perguntei e ele negou. — preciso pegar meu celular na bolsa e te mostrar algo. — me levantei pegando o celular na bolsa e logo voltei para o meu lugar. — eu fiz esse desenho quando fui a primeira vez na biblioteca.

— Alguém deitado na escadaria da biblioteca com as janelas quebradas? — ele perguntou, parecia surpreso.

— Quando fui estudar com Mason e Corey, senti algo estranho assim que entrei naquele lugar, parecia dor, angústia e decepção. Primeiramente era um cheiro quase palpável mas depois se formou em meu corpo. Meu corpo era o Titanic e os sentimentos, o iceberg. — eu expliquei. — hoje, quando eu estava saindo da biblioteca, os sentimentos foram muito, muito piores do que as vezes anteriores. Enquanto descia a escada, estava curiosa para saber mais sobre o vilarejo Bagnone, mas de repente tive ódio, ódio de algo que eu nem sabia o que era... Continuei descendo e meus sentimentos foram alterados para um misto de dor, angústia... E então tudo se apagou. Quando acordei, estava no carro da Lydia que estava me levando para a clínica do Deaton. 

— Alyssa, eu não queria te contar, mas isso está extremamente estranho. Há pouco tempo, Theo queria me matar para conseguir o poder de alfa genuíno mas ele não conseguiu. Por causa dos Dread Doctors, Hayden estava morrendo e uma mordida minha poderia matá-la de vez ou ajudá-la... Liam acreditava com todas as forças que eu podia ajudá-la mas eu não queria mordê-la, para mim, isso a mataria.

— E então Theo aproveitou toda a situação... — eu disse já deduzindo a história.

— Quando nos transformamos, todos os problemas de saúde automaticamente são curados. Eu tinha asma... E de algum modo Theo descobriu isso, com tantos problemas, meus ataques asmáticos voltaram e Theo me deu uma bombinha com acônito, me enfraquecendo mais e mais. Ele me trancou com Liam na biblioteca pois sabia que eu não conseguiria lutar com meu primeiro beta.

— E Liam já estava furioso por achar que você não queria ajudar a Hayden... — eu continuei, aquilo era horrível.

— Ele havia me matado, mas por algum milagre, minha mãe chegou antes que eu fosse um lobisomem perdido e me trouxe de volta. Alyssa, os sentimentos que você tem quando passa por lá, são meus. — ele disse e abaixou a cabeça.

— Você é o melhor alfa que uma alcateia poderia ter. — levantei a cabeça dele com as duas mãos pousadas em sua bochecha e o beijei. Foi calmo, delicado. Eu precisava passar confiança para ele.

— Eu achei que ainda não quisesse. — ele disse me olhando, um sorriso ameaçava surgir em seu rosto.

— Eu achei que precisava disso. — eu disse e sorri.

Nós nos deitamos ali, na mesma cama, e, apesar de ser um móvel para dois, agimos como se fosse uma cama para um só.

— Eu preciso terminar de te contar. — Scott ameaçou se levantar.

— Não, eu confio em você. Tudo o que você acabou de me contar, não teria maior razão para você ter se tornado um alfa genuíno. Mesmo que eu seja outro alfa, peço permissão para estar na sua alcateia e te ajudar em todos os problemas que aparecerem. — eu disse e vi Scott sorrir.

— Você já faz parte da minha alcateia, Alyssa. — ele disse e me juntou a ele.

Adormecemos ali, seria a noite mais incrível desde que cheguei aqui. O barulho da chuva que começava a se despedir e as pequenas gotas de chuva que se chocavam contra a janela e pareciam pedir abrigo na aconchegante cama onde dois alfas deitavam e os corações batiam em sincronia. O peso dos meus olhos começava a se igualar ao peso do sono e então, perdi a batalha entre mim e o meu cérebro que anunciava a vitória junto com as energias gastas.

Tudo estava perfeito e de repente, flashes de uma casa. Gritos e logo após uivos e então, tiros. Pessoas atirando e outras correndo e quando estas estavam sem defesas, novamente uivos e agora, lobos atacavam. Ouve um último grito e então, o último flash parecia ter acertado minha cabeça. Acordei assustada e a dor alucinante na minha cabeça a fazia latejar.

— Alyssa? Tudo bem? — Scott perguntou assustado mas ainda assim sonolento.

— Scott, a casa, foi um ataque.