96 - Birthday Gift.

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No capítulo anterior...

"- Algum problema? - Corey segurou minha mão quando passei por ele e eu neguei. - as garras. - ele mostrou minhas mãos e eu entendi o que era."

Agora...

Pedi tanto que as aulas passassem logo que quando me dei conta, estava do lado de fora da escola me despedindo de todos.

- Quer carona? - Lydia questionou e eu aceitei, primeiro por estar sentindo minhas pernas tremerem e terceiro por ter que chegar logo em casa e minha mãe já ter ido embora.

- Agora me conta o que está acontecendo de verdade, você já sabe a resposta e mesmo assim vai na clínica. - Lydia disse depois de um tempo dentro do carro.

- É só que meu corpo quase tem vontade própria agora, coordenação motora fraca, tremor, audição quase triplicada e estou sentindo os cheiros primeiro que Liam e Isaac. - desabafei.

- Isso são sintomas da lua cheia de amanhã, a questão é que seu corpo está reagindo como se fosse a primeira. - Lydia comentou e ficamos em silêncio.

- Lydia, se quiser perguntar algo, pode perguntar desde que desacelere o coração. - eu disse passando as mãos no rosto.

- Não está acelerado, Alyssa. - ela disse confusa e parou em frente à minha casa.

- Obrigada pela carona, vou falar com Deaton sobre isso. - eu disse depois que saí e parei ao lado da janela do motorista.

- Sim, mas enquanto não chegar lá tente não brilhar os olhos. - ela disse e eu pisquei repetidas vezes.

- A lua é linda, mas se for isso mesmo, está me irritando. - eu disse e entrei em casa.

- Alyssa, tenho uma surpresa para você. - minha mãe disse animada, para mim, parecia ter gritado para a cidade ouvir.

- Qual é? - tentei sorrir para não desapontá-la.

- Você já vai começar as aulas de direção e já sabe como dirigir, então... O carro vermelho lá fora é seu. - ela deu pulinhos e sorriu. Fui com ela até o lado de fora e me surpreendi com o quão bonito era aquilo, ele era alto, quatro portas e estava tão limpo que eu podia ver meu reflexo.

- Mãe, eu adorei... Mas hoje eu não estou me sentindo bem, podemos sair com ele para comemorarmos quando eu estiver me sentindo melhor? - eu questionei e ela se aproximou séria.

- Quer que eu cancele a aula de hoje? 

- Não, vou na clínica do Deaton ver se ele sabe algo sobre isso e pedir alguma coisa que ajude. - eu expliquei e ela concordou. Entrei para almoçar, tomei um banho para ver se a minha tremedeira era o clima frio mas estava errada, almocei e fui até o Deaton.

Claro, não ia deixar minha nova belezinha em casa, o primeiro passeio com meu carro foi para a clínica do Deaton, espero que ele se sinta lisonjeado. Estacionei, e esperei que alguém abrisse a porta para mim, logo o doutor apareceu.

- Alyssa? Não estava esperando que viesse. - Deaton disse assim que me viu.

- Preciso falar com você, doutor. Está muito ocupado?

- Não, entre. Nesse clima poucas pessoas saem de casa, Scott só precisa terminar de vacinar um cachorro. - ele explicou enquanto entrávamos. - aconteceu alguma coisa?

- Sim, eu não sei se é algum tipo de efeito colateral do dia do exame de sangue mas eu estou me sentindo mal. - eu disse e vi o quão rápido Scott me olhou, se não o conhecesse, sairia correndo.

- O que sente? - o doutor questionou e deu passagem para que Scott levasse o cachorro até a sala de espera, onde o dono dele estava.

- Tremores pelo corpo, falta de coordenação motora, minha audição e olfato estão tão bons que me sinto presa em um cubículo. - repeti as sensações. 

- Vamos ver se é o que eu estou pensando mesmo, você já disse uma vez que seu padrasto te enfraquecia com acônito nas noites de lua cheia, não é? - confirmei. - talvez seja isso, mas os tremores e a falta de coordenação não são comuns, quando começaram?

- Os tremores não são frequentes como a falta de coordenação, sempre aparecem quando quero resolver algo. - eu dei de ombros.

- Por que não contou antes? - Scott voltou para a sala que estávamos.

- Eu não queria ser mais um problema, além do mais, tínhamos que resolver as coisas com seu pai.

- Não precisamos de nenhum exame, eu já tenho o resultado. Você está sobrecarregada, está tentando resolver muitas coisas de uma vez, precisa resolver os mais urgentes primeiro. - Deaton explicou. - agora a dica é para você, Scott. - se virou para ele. - o que acontecem com o lobisomem na lua cheia, acontece duas vezes por mês com a fêmea, aconselho que encontre um lugar afastado e seguro para ela durante a noite de amanhã. O organismo dela vai reagir como se fosse a primeira lua cheia já que nas outras o corpo dela estava ocupado se livrando da pequena quantidade de acônito... Pense como se você estivesse lidando com dois betas iniciantes, já que ela tem o dobro do tamanho de vocês. 

- E se eu fizesse a mesma coisa que meu padrasto fazia? - eu questionei.

- Não faça, isso te afetará futuramente já que seu corpo não libera completamente a toxina, um dia você vai ter que passar por isso. - Deaton respondeu.

- Tudo bem, vai dar certo. - Scott disse quando me viu, novamente, passar as mãos pelo rosto.

- Se eu não te matar, está tudo certo sim. - eu respondi e ele concordou me fazendo rir.

- Nós vamos dar um jeito.- ele me olhou e piscou. 

- Olha, eu... Eu preciso ir agora... Tenho aula de direção. - dei de ombros e sorri. - vou tentar encontrar a Ashley para falar com ela e ver se consigo falar com a Kira.

- Não esqueça Alyssa, resolva uma coisa de cada vez. - Deaton alertou e eu concordei.

- Te levo até ali. - Scott comentou e ele me levou até a porta de traz da clínica. - Aquele carro é seu? - ele perguntou e sorriu animado.

- Presente da minha mãe... O que acha de um passeio nele mais tarde? - eu comentei e me aproximei.

-Acho ótimo. - ele sorriu e me beijou.

Fui até o carro e dei partida assim que entrei, era fácil direcionar o carro, o difícil era saber controlar a força que ás vezes faltava em minhas pernas.

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