85 - Useless

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No capítulo anterior...

"- Eu não posso. - eu disse já sentindo minha bochecha queimar, não, eu não vou chorar com eles aqui."

Agora...

- Por quê? - Scott perguntou e se aproximou.

- Eu só não quero mais perder aula por motivos idiotas. - eu disse firme, sem mudar a direção do meu olhar, o teto era o que deveria atrair a minha atenção.

- Isso não é um motivo idiota, Aly. - Lydia se aproximou.

- Claro que é, Lydia! Percebeu que desde que eu cheguei aqui, os maiores problemas saem da minha vida e acabam afetando vocês?! - eu disse e uma lágrima escorreu.

- Eu percebi mas é isso o que fazemos, ajudamos quem nos ajuda. - Stiles respondeu.

- Eu ajudei vocês... Ajudei vocês ficarem de babá de uma menina com o busto rasgado por causa de um ataque de um lobisomem assassino, ajudei Scott se matar por causa do meu padrasto sem noção e... - Isaac me interrompeu.

- Chega Alyssa. - ele disse firme. Isaac era sim a bomba relógio que nunca sabíamos quando iria explodir, mas ele sabia quando precisávamos da bomba e quando precisávamos de um amigo.

- Agora eu estou aqui, deitada em uma maca sem poder nem fazer um mínimo movimento para limpar uma lágrima que desce pelo meu rosto. - eu disse prendendo as lágrimas como se fossem criminosos perigosos.

- Alyssa, nós não vamos te abandonar porque algo deu errado, nós vamos ficar e te ajudar com o que for necessário. - Theo disse se aproximando da maca.

- Isso é para indicar que alguém chegou, não é? - Stiles disse ao ouvir o sino avisar a entrada de alguém na clínica.

- Levem ela para o carro, qualquer coisa eu chamo novamente. - O doutor disse rápido e logo Scott me pegou no colo.

- Meu carro está estacionado aí. - eu disse e eles entraram assim que Lydia destravou as portas com a chave que estava no bolso da minha blusa. - inútil. - eu disse somente para mim depois que estava no carro.

- O quê? - Lydia perguntou e eu disse que não era nada. - Não mente para mim, Alyssa Vitale.

- Sabe o que é?! Não estou querendo me vitimizar, sei que tem problemas muito, muito maiores por aí e eu só estou passando por uma fase, pelo menos espero, mas eu não posso nem mexer um braço e... - eu disse assim que senti meus músculos da perna se contraírem como câimbras. - Lydia, talvez temos um problemas. - eu disse cerrando os dentes.

- O que está acontecendo?! - Isaac entrou no carro do motorista.

- Cadê os outros? - Lydia perguntou apressada. 

- Eu não sei, eles se separaram. O que está acontecendo?

- Eu não sei, ela começou sentir dores. - ela explicou.

- Estão piorando. - eu disse sentindo a dor se espalhando pelo corpo.

- Vamos entrar! - Isaac começou sair do carro.

- Claro que vamos entrar! Temos uma pessoa lá dentro do consultório que não sabe que ela é um lobisomem mas vamos levá-la e dizer que ela é apenas uma adolescente com o corpo paralisado mas que está tendo dores e que devíamos levá-la para o hospital mas estamos em uma clínica veterinária porque podemos escolher entre um médico de animais e um médico de humanos! - Lydia disse irônica fazendo-o parar.

- Então chamamos o Scott. - ele disse parado no banco do motorista com a porta aberta... Se eles não se decidissem logo, eu entraria andando, isso é, se eu pudesse andar.

- Vai lá, diz que temos uma emergência aqui. - Lydia se deu por vencida e Isaac saiu correndo.

- Lydia, acho que é assim que os atropelados se sentem antes do resgate chegar... - eu disse e ela sorriu. - o problema é que o caminhoneiro que me atropelou estava mais que embriagado, pense como uma metáfora. - eu avisei e ela concordou com um aceno de cabeça.

- Tudo bem, está melhorando? - ela questionou.

- Eu só parei de gritar para não chamar a atenção. - eu disse ainda com os dentes cerrados.

- O que está acontecendo? - Scott chegou apressado. - Porque ela está suando desse jeito?! - ele questionava, parecia apavorado.

- Calma. - eu disse simples.

- Por quê calma se você não está?! - ele disse se sentando ao meu lado e tirando minha blusa de frio.

- O Deaton por acaso, não tem relaxante muscular? - eu disse e após essa pergunta, a dor quase que triplicou de tamanho e então eu não pude conter os gemidos de dor... Se essa fosse a minha morte, eu não queria morrer dentro de um carro.

- Nós vamos entrar. - Scott avisou.

- Não. O animalzinho que estiver lá é preferência. - eu disse mas eu sabia que se aquela dor chegasse na coluna, seria difícil suportar em silêncio.

- Vamos esperar aqui então? - Isaac questionou e eu confirmei.

- Scott, você pode ir ver como está lá dentro? - eu pedi e ele confirmou.

Ele entrou mas provavelmente Deaton tenha pedido ajuda, já que ele demorou voltar, quando voltou, o que eu mais desejava que não acontecesse, estava acontecendo: a dor já parecia estar esmagando meus ossos da coluna.

- Vai demorar, é um gato atropelado. - Scott avisou, ele estava nervoso demais para ficar parado e eu estava concentrada demais em não morrer para segurar o uivo que escapou pela minha boca. 

- Ou o gato sarou para correr ou morreu de susto. - Isaac disse tirando a mão dos ouvidos.

- O gato está muito mal? - eu questionei.

- Uma pata quebrada. - Scott respondeu.

- Então ele ainda é preferência. - eu disse e fechei os olhos tentando pensar em outra coisa, mas não foi por tempo suficiente, Deaton nós chamou em seguida. E novamente lá estava eu, sendo carregada de volta para dentro.

- Eu consegui analisar a amostra sanguínea dela e tem uma taxa muito elevada de Matricalia Chamomilla, uma planta calmante e que se usada em doses muito grandes pode afetar o sistema nervoso... Eu não sei como isso aconteceu mas depois que ela passou pelo estresse da agulha, o pó da planta entrou em contato direto com o sangue dela o que causou uma queda repentina da adrenalina no corpo. Os músculos dela reagiram como o computador reage quando algo dá errado, digamos que eles entraram em pane.

- Mas porque ela está assim agora? - Scott questionou.

New Life :: Teen Wolf (revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora