93 - The Code.

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No capítulo anterior...

"Mas e o Derek? Ele já foi alfa e sabe como agir."

Agora...

São tantas coisas para pensar que fica até difícil traçar um plano para resolver todos, eu posso primeiro resolver o mistério dos números, ajudar o relacionamento de Scott e o pai e depois ajudar Theo e Malia, se é que vão dar certo, e depois encontrar um alfa que Scott confie.

- O que está pensando? - Scott me perguntou, ele disse que me levaria para sala já que estava atrasado mesmo.

- Em Ashley, agora ela é a minha prioridade. - eu comentei.

- Por quê? Ela é uma kitsune.- ele disse perdido.

- Sim, uma kitsune de mil anos, de acordo com as lendas, nessa idade, elas se tornam oniscientes e quase onipotentes. - eu respondi ainda pensativa.

- Oniscientes? - ele perguntou e rimos.

- A inteligência delas ultrapassam um nível considerado normal. - eu comentei. - posso pedir ajuda com os números. Alías, seu pai está na cidade, não é? 

- Vá para a aula. - ele aconselhou.

- Scott, me explica o por quê foge tanto dele? - eu pedi e ele suspirou.

- Ele estava aqui ano passado, tentou consertar tudo o que fez mas não ajudou muito.... Prometeu que iria em jogos, que iríamos jantar e que seria um pai melhor mas foi embora por causa de um crime que passou a ser federal... Ele disse que eu e meus amigos não nos damos com os acontecimentos do jeito que ele lhe dá e por isso quer que eu diga o que eu escondo. 

- E por quê não conta? Não confia mesmo nele? - ele negou. - E se criássemos uma história? Se ao invés de contarmos tudo o que sabemos sobre o sobrenatural, contarmos que somos acostumados com tudo isso porque nascemos e fomos criados aqui? - eu perguntei e ele sorriu.

- Será que ele acredita? 

- Tem que acreditar. - dei de ombros.

- Porque eu não vou aguentar isso aqui mais um dia. - ele mostrou o celular com doze ligações perdidas do pai dele. - sem contar com as mensagens. - dei risada.

- Se quiser conversar com ele à sós tudo bem, mas qualquer coisa sabe meu número, meu endereço e meu e-mail. - eu disse e ele me beijou. - até mais tarde. - eu ia entrar na sala mas me virei para ele e o vi se distanciar. Corri até ele.- Não vou conseguir me concentrar na aula, já perdi mais que os primeiros quinze minutos então vou para a biblioteca. - eu disse dando de ombros e ele sorriu.

- Vou com você. - me deu a mão. 

Estávamos sentados na biblioteca, eu estava lendo qualquer coisa que me dissesse algo mais sobre kitsunes de mil anos e Scott estava tentando entender algo em matemática. 

- Conseguiu entender algo? - eu questionei e ele me olhou negando.

- Eu não sei por que X deveria valer alguma coisa se é apenas uma letra. - ele disse coçando a nuca e eu ri.

- Deixa eu ver se sei explicar. - olhei o livro. - Scott, isso é geometria analítica, você, basicamente calcula a área e o perímetro da figura. - eu disse e sorri para ele. - é mais fácil quando se desenha. 

- Só olhar já é difícil. - ele disse e eu ri.

- Olha, isso é um quadrado. Ele se divide na linha horizontal, X, e na linha vertical, Y, para saber a distância entre N e O, basta ver em que altura da linha elas estão. - eu disse e foquei no desenho.

- Alyssa? Era só isso? - ouvi Scott perguntar mas a minha suspeita nos números do exercício estava incrivelmente chamativa. - Aconteceu alguma coisa? Você está bem? - Scott perguntou apressado.

- Scott, olha os números. - eu disse e ele respirou fundo, aliviado.

- Eu pensei que estivesse passando mal. 

- Scott, N equivale a quatorze.- eu disse e ele concordou. - O equivale a quinze mas estão distantes demais um do outro. - eu disse com a respiração acelerada.

- Eu esqueço que você é parte banshee. - ele bateu de leve na mesa.

- Eu acho que sei o que os números querem dizer. Fica aqui, já volto. - levantei, o mais rápido que eu pudesse chegar no armário, era o que eu queria. Peguei meu caderno e meu estojo e voltei rápido para a biblioteca. - Se copiarmos os números do meu caderno e substituirmos por letras?

- Em que ordem? - Scott questionou e pegou meu caderno já que eu tinha arrancado uma folha para escrever.

- Alfabética, N é a décima quarta letra do alfabeto, então A só pode ser um. Pode ditar os números para mim? - ele concordou.

- 14-21-14-3-1 22-15-12-20-1 5-13-2-15-18-1 14-1-15 20-5-14-8-1 9-4-15. - ele ditou.

- Eu sei o que isso pode significar. - eu disse e me assustei com o sinal. - vamos para a sala, já perdemos uma aula.

Nos levantamos e fomos até o meu armário.

- Alyssa, eu sei o que os números querem dizer, eu estava na classe e notei que os números são uma mensagem. - Lydia chegou dizendo rápido.

- Eu sei, eu fiz a mesma coisa agora na biblioteca com o Scott. - eu respondi.

- Ela fez, eu ainda não estou entendendo. - Scott respondeu.

- Eu traduzi, eu sei que conheço isso mas não sei de onde e nem como. - eu comentei e passei a mão no rosto.

- Se chama Cifra A1Z26, é mais usada para quem trabalha com computação e codificação textual. - Lydia explicou.

- Se o meu está traduzido corretamente, é mais uma charada. - eu disse e ela concordou.

- E não é das mais fáceis... Se Deaton não souber, talvez ninguém saiba. - Lydia respondeu e eu concordei.

- Se quiserem eu levo para o doutor. - Scott se ofereceu.

- Agradeço mas eu realmente preciso ir lá, quero conversar com ele sobre a minha quase morte. - eu disse e sorri.

- Está sentindo alguma coisa? - Scott se aproximou.

- Só que minhas pernas tremem sempre que tenho que fazer algo e parece que vou desmaiar.

- Por que não contou isso antes? - Scott perguntou surpreso.

- Porque não é de se preocupar. - eu dei de ombros.

- Alyssa, o corpo avisa quando algo está errado. - Lydia comentou.

- Eu sei, por isso vou falar com o Deaton. - dei de ombros e fechei o armário.

- Eu vou com você. - Lydia se dispôs.

- Não a deixe dirigir. - Scott avisou para Lydia. - Vou para a sala, até mais meninas. - ele me deu um beijo rápido e saiu apressado.

- Agora fala, por que não contou isso antes? - Lydia perguntou séria.

- Porque não quero ser mais um problema. - eu disse e saí andando em direção à sala. - até mais Lydia. - gritei.

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