New Life :: Teen Wolf (revisão)

49 - "Imagination is more important than knowledge."

No capítulo anterior...

Infelizmente a prova era de química e felizmente Mason e Corey haviam me ajudado nessa matéria sem nenhum sentido. Terminei e fui para casa a pé mesmo, era perto e o dia estava claro com o tempo agradável. Pensando bem, se Lydia ainda quiser ir visitar a casa do estranho que cedeu o local para a minha festa hoje, talvez desse tempo.

Agora...

Cheguei em casa, cumprimentei minha mãe e me sentei na sala para mandar uma mensagem para Lydia.

"Cheguei em casa mais cedo do que havia previsto. Quer ir lá na casa do estranho?"

"Agora não posso, estou com Stiles. Amanhã assim que sairmos da escola, o que acha?"

"Por mim tudo bem."

Bloquei o celular e fui para meu quarto trocar de roupa... Quando terminei e me sentei na cama para ler, minha mãe bateu na porta do quarto.

— Filha? — ela chamou.

— Pode entrar, mãe. — eu respondi e ela entrou com um embrulho na mão.

— Isso aqui chegou da Itália ontem... Eu guardei e esqueci de te entregar. — se sentou e me entregou a pequena caixinha. Prontamente eu abri, era um cordão com a representação de uma mulher e um bilhete, o qual li em voz alta.

"Querida Alyssa,
Sei que seu aniversário está próximo e devido à distância de nossas residências, já mando seu presente para que ele chegue antes da sua data... Este cordão ficou guardado comigo por anos desde que seu pai se foi. Agora percebo que é com você que ele deve estar. Este cordão representa Ártemis, a deusa da lua, da caça e dos animais, seu pai era muito apegado a ele pois acreditava que o ajudava nas batalhas... Ele amava tudo o que tivesse relação à antiga Grécia. Não pude estar presente fisicamente mas estou mentalmente, me mantenha por perto quando estiver longe... Feliz dezessete anos.
Com amor, vovó Bianca."

Assim que terminei de ler, sorri para minha mãe que ainda aguardava minha reação.

— Talvez ela realmente quisesse uma neta. — eu comentei e minha mãe sorriu.

— Eu lembro desse cordão ainda no pescoço de seu pai, ele não o retirava por nada, eu odiava o risco dele morrer enforcado com isso mas ele não tirava. — ela contou enquanto o colocava em mim e sorriu.

— Algo me diz que eu devo aprender mais sobre os deuses gregos. — eu compartilhava tudo com minha mãe mas não disse que eu estava sonhando e desenhando guerreiros que, de acordo com Lydia, eram gregos.

— Então estude, "Podem tirar tudo de você menos o conhecimento." — ela levantou sorrindo.

— Já dizia Albert Einstein: "Imaginação é mais importante que conhecimento." — eu citei e ela riu.

— Não posso debater com você. — ela disse sorrindo, me deu um beijo na testa e saiu do meu quarto.

Assim que me encontrei sozinha, corri para o local onde fazia meus estudos e procurei por qualquer coisa que me dissesse mais sobre os tais deuses gregos. E encontrei. O primeiro que li foi sobre Pã...

Pã foi abandonado por sua mãe, Dríope, pois a mesma estava assustada com a forma do filho que tinha pés de bode, chifres e barba. Hermes, seu pai, o levou ao templo onde os Olimpos ridicularizaram a criança o que fez que Hermes pedisse que ele nunca o chamasse de pai. Pã era temido por todos que necessitavam atravessar as florestas durante a noite pois causava pavores súbitos que foram atribuídos à ele, então surgiu o nome "pânico".

Ele jurou nunca amar ninguém porém um dia, desejando lutar corpo a corpo com Eros, foi vencido diante das ninfas que riam. Percorrendo bosques, encontrou a ninfa Syrinx, cuja única paixão era a caça. Quando Pã tentou abraçá-la, ela foi transformada em caniços. Vendo seus suspiros agitados , Pã criou a flauta Syrinx... O cupido anunciou que a flauta atrairia qualquer criatura que o desdenhava.

Com o efeito, a ninfa Pítis mostrava-se tão encantada e se aproximou de Pã, mas Bóreas, o vento do norte que amava Pítis, soprou com tal violência que ela caiu no penhasco e se transformou em, daí o nome, pinheiro.

Certa vez, sentado no alto de um morro tocando sua flauta, Pã ouviu uma voz doce que repetia suas notas, era Eco, a ninfa do ar e da terra, ele morava em diferentes grutas pois estava sempre tentando alcançar Eco.

Uma vez, quando estava com os deuses, surgiu Tífon, o inimigo dos deuses. O medo transformou todos em animais e Pã, para fugir, mergulhou no rio disfarçando-se de peixe apenas da cintura para baixo. Zeus considerou uma atitude muito esperta e como homenagem, transformou Pã na Constelação de Capricórnio.

Enquanto lia o restante da história, me assustei com meu celular vibrando anunciando a ligação de Scott.

"— Hey!
— O que houve? Parece cansada.
— Me assustei com a ligação, estava concentrada na leitura.
— Atrapalhei?
— Nunca atrapalha.
— Liguei para avisar que amanhã quando você e Lydia forem visitar a casa, eu e Stiles iremos também.
— Sim senhor capitão. Mas e seu emprego?
— Deaton me deu um tempinho para sair... Estranhamente a clínica anda com pouquíssimo movimento.
— Isso é bom, já que se é a única clínica veterinária na cidade e está com pouco movimento, significa que os animais estão bem.
— Sim... Mas isso nunca aconteceu antes.
— Eu estava lendo uma mitologia de um deus grego chamado Pã, o deus da natureza, dos animais domésticos e dos pastores e adivinha, ele morreu enquanto se transformava em um peixe para fugir de Tífon.
— Mitologia grega?
— Sim.
— Não sabia que você tinha interesse neste assunto... Porque não faz o seminário sobre isso?
— Eu não tinha interesse até sonhar e desenhar guerreiros que a Lydia diz serem gregos e minha avó me mandar um cordão que era do meu pai com a representação de Ártemis... E eu não tenho um seminário para fazer.
— Você ainda não tem, geralmente é passado duas semanas antes do término das aulas.
— Obrigada por avisar, já vou começar a fazer.
— Por nada. Não sou muito bom, mas se quiser ajuda... Estou às ordens.
— Obrigada mas você precisa fazer o seu.
— Preciso mesmo, estou quase sem notas.
— Eu sei, senhor McCall... Dei uma olhadinha nos papéis da senhora Martín.
— Seria estranho se eu dissesse que achei sexy você me chamar de senhor McCall?
— Bem aleatório você.
— Bom, preciso desligar, qualquer coisa que precisar pode ligar... Ou vir aqui em casa.
— Qualquer coisa eu passo na sua casa. Boa noite."