New Life :: Teen Wolf (revisão)

30 - My grandaughter.

No capítulo anterior...

"— Uma palavra irá te gerar mais dúvidas porém irá esclarecer muitas outras. A família que ficou e sofreu tudo aquilo foi a família Vitale. — a senhora disse e uma avalanche de questões me atingiu. O silêncio da noite após o atentado se fazia presente em minha mente e então... Eu precisava perguntar mais."

Agora...

— E quem foram os caçadores? — eu perguntava ansiando pela resposta.

— Os Argents. Havia uma parte da família que caçava apenas o que os caçavam mas a outra parte apenas caçava e matava tudo o que não fosse humano.... Eu sinto muito pela sua mãe, Alyssa. — ela disse com a expressão triste.

— Minha mãe? Por que sente muito por ela? — eu perguntei confusa.

— Você ainda não sabe. — ela disse surpresa. — então eu não devo contar, me desculpe. — se levantou.

— Por favor senhora... - notei que não sabia o nome dela e resolvi chamá-la apenas de "senhora" mesmo. — precisa me contar. — eu também levantei. — eu preciso saber o que aconteceu.

— Tudo bem. — ela concordou, se sentou novamente e eu fiz o mesmo. — tudo começou há quase sessenta anos atrás... Eu sempre morei aqui mas quando soube que o vilarejo vizinho estava recebendo novos moradores, eu rapidamente contei para minha melhor amiga e decidimos ir visitar. Assim que chegamos, conheci Joseph... Ele era lindo, educado, gentil, simpático e lobisomem e eu? Uma banshee. Naquele tempo, amor entre dois seres sobrenaturais entre espécies diferentes era fortemente proibido e nós dois? Meros jovens apaixonados nem pensávamos direito em nossas ações e então, eu estava com dezoito anos e uma criança no ventre. Nossa família tinha medo do que pensariam e então, eu, minha mãe e meu pai fomos morar em uma casa vizinha a dele no vilarejo Bagnone... Quando a criança nasceu, ela teve a aceitação apenas da nossa família, era um menino e colocamos o nome de Manoel, Manoel Vitale. — ela disse e deu uma pausa pois o chá que eu estava tomando havia parado na garganta.

— E então, o que aconteceu? — Scott a incentivou continuar.

— Nós nos isolamos dos outros, Manoel cresceu bonito e esperto e com o passar do tempo, começou a ser aceito em nosso vilarejo, tanto que aos dez anos, já podia brincar com as crianças na rua... E então, as dificuldades começaram, a escassez d'água... A nossa plantação parou de dar bons frutos e buscar nos vilarejos vizinhos era arriscado. As chuvas pararam e o sol quente dificultava a locomoção e então, todos foram indo embora aos poucos até que nossa família disse que ficaria pois tempos de crise não nos afastaria das terras que nos acolheu. Passamos muitas dificuldades, buscávamos água e comida uma vez por semana e isso atraiu atenções e quando Manoel completou dezenove anos, trouxe a namorada para apresentar a família e dar a notícia de que ela esperava um bebê, fomos atacados... — eu a interrompi.

— Os Argents... — ela concordou.

— Ainda me lembro que eles entraram na nossa casa e sem pedir explicações, atiraram. Joseph não sobreviveu àquele dia. — ela parou triste.

— Eu sinto muito. — eu respondi e ela sorriu fraco.

— Manoel fugiu... E lutou, mostrou ser um lobisomem muito forte e corajoso que mesmo com diversos ferimentos, ainda lutava. Corria para todos os lados para tentar salvar a vida de Grace e o bebê mas não conseguiu salvar a própria vida quando uma bala de acônito foi certeira no coração. Quando tudo acabou, ela voltou e, chorando muito, nos deu a notícia de que meu filho não estava mais entre nós. — deixou uma lágrima escorrer.

— Isso é horrível. — eu também deixava as lágrimas caírem.

— E então Grace se foi. Não nos contatou e cortou todos os meios de comunicação que podíamos ter com ela. Acredito que era medo de descobrirmos que uma humana carregava um bebê de um lobisomem. E semana passada eu soube que você viria.

— Semana passada começaram meus sonhos com a casa. — eu comentei surpresa.

— E agora eu não mais estou sozinha porque você está aqui. — ela levantou sorrindo. — sinta-se bem- vinda, minha neta.