New Life :: Teen Wolf (revisão)

86 - We have a problem.

No capítulo anterior...

"- Mas porque ela está assim agora? - Scott questionou."

Agora...

- Os músculos estão reagindo e voltando a atividade de uma vez. - Deaton respondeu.

- Estão com força total. - eu respondi. Meu maxilar já estava doendo mas era automático, eu não conseguia soltar.

- Não podemos interferir, qualquer remédio mataria ela. - Deaton avisou, bom, não morrer seria uma boa notícia.

Não sei quanto tempo passei sentindo aquela dor mas quando percebi estava acordando e não estava sentindo mais nada. Olhei para os lados na esperança de encontrar alguém e encontrei Deaton, óbvio.

- Deaton. - o chamei.

- Finalmente. - ele sorriu se virando para mim.

- Há quanto tempo eu estou aqui?

- Dez horas. - ele respondeu e eu engasguei.

- Todo esse tempo?! - eu questionei e ele afirmou.

- Como está se sentindo? - se aproximou de mim.

- Bem, eu acho. - eu tentei me levantar mas ele me impediu.

- Ainda não, nunca levante rápido assim que acorda. - ele avisou, e eu concordei.

- A dor passou, o que fez? - eu questionei.

- O que seu corpo fez, nós podemos dizer. - ele disse sorrindo.

- E o que ele fez?

- Sabe quando um computador se sobrecarrega? - eu confirmei. - ela se desliga, certo? - confirmei novamente. - foi isso o que aconteceu, seu corpo desligou tudo para poder restaurar a normalidade. - ele explicou e eu confirmei.

- Mas você já sabe por quê isso aconteceu? Digo, não só por ter tido algo em contato direto mas como essa coisa estava ali? - eu questionei e ele fez uma cara de quem não sabia como explicar. - Vamos lá, você é o Deaton. - eu o encorajei e ele sorriu.

- Eu não sei como tinha aqueles resquícios de uma planta calmante em um objeto que eu nunca havia usado antes, então eu comecei pensar em possibilidades daquilo ter acontecido, mas nada vinha. Só que eu lembrei de quando você gritou antes de desmaiar, era um grito de banshee, o que seria como um aviso da morte de alguém por perto, ou até mesmo a sua. Com o raciocínio da morte de alguém por perto, eu lembrei de quando Scott foi atingido por Anteros... Sabe o que mais isso me lembrou? - eu neguei. - quando Deucalion tentou matar Scott, mas você pulou na frente para salvá-lo.

- Nas garras dele tinha acônito, o que impediu que eu me curasse rápido. - eu disse já entendendo o que ele queria dizer.

- Alguém usou a ideia dele para fazer isso com você. - ele disse. Não era isso que eu estava esperando.

- Será que eu posso levantar? - eu questionei.

- Devagar. - ele disse e eu confirmei, assim que me sentei, olhei no relógio... Meia noite.

- É meia noite e você está aqui acordado só porque eu estava aqui? - eu perguntei e ele se virou novamente para a bancada.

- Na verdade, não sozinho. Scott estava quase dormindo sentado aí no chão, ele não quis ir para casa. - deu de ombros. - foi dormir lá no seu carro.

- Meu carro? - lembrei que minha mãe não sabia de nada. - alguém ligou para minha mãe dizendo algo? Porque aquele carro é dela.

- Isaac ligou e disse que você ia demorar um pouco aqui.

- Um pouco quanto? - eu disse mais para mim mesma e me levantei para pegar meu celular na bancada do Deaton. Assim que coloquei meus pés no chão, senti que minhas pernas não estavam firmes o suficiente. - Não é o que eu esperava mas dá para atravessar o consultório. - eu disse enquanto andava me apoiando nos objetos pela frente.

- O que você está tentando fazer? - ele disse surpreso.

- Deaton, minha mãe ainda exige explicações minhas. - eu disse como se fosse óbvio.

Me aproximei do meu celular e assim que o peguei, apareceu a chamada de minha mãe na tela.

"- Alyssa, cadê você?
- Houve um probleminha aqui na clínica, mãe, vou ver quando estarei liberada.
- Que problema, Aly? Eu estou indo aí!
- A pé? Deixa mãe não precisa, Scott está aqui, qualquer coisa ele liga.
- O que aconteceu?
- Posso contar quando chegar em casa?
- Se você chegar dentro de meia hora, pode.
- Se Deaton me deixar sair em meia hora, eu conto... Não, ele disse que meia hora é pouco.
- Se passar das duas da manhã e você não estiver aqui, eu vou te buscar.
- Tudo bem mãe. Tchau."

- Ela não está nem um pouco calma. - eu avisei assim que desliguei.

- Você não vai sair daqui em meia hora. - Deaton avisou e eu o olhei séria.

- Eu já estou andando, só para te lembrar.

- Alyssa, quem quer que tenha feito isso com você não vai parar, então fique aqui até estar completamente curada. - ele se virou para mim e cruzou os braços.

- Eu estou bem, sério. Eu posso esperar essas belezas - apontei para minhas pernas. - se firmarem e então levo Scott para casa.

- E você acha que vai sair daqui dirigindo?! - Deaton continuava com os braços cruzados.

- Quantas vezes você já viu Scott em uma situação pior? - eu questionei.

- Nenhuma, o seu problema foi mais perigoso.

- Certo Deaton, eu estou esgotando meus argumentos então se convença logo de que eu estou bem e que posso ir para casa dirigindo. - eu disse e me sentei na maca.

- Eu achei que tinha escutado a voz da... - Scott entrou falando e parou assim que me viu. - Por que não me avisou que ela tinha acordado? - ele disse rindo e veio até mim me abraçando e me beijando.

- Ela não parou de falar desde que acordou. - deu de ombros e se virou para a bancada.

- Sabe - eu disse olhando para minhas mãos. - Depois desses últimos momentos, eu já sei o que eu quero para o meu futuro. - eu disse e Scott e Deaton me olharam.

- Você ainda não sabia o que queria? - o Doutor questionou.

- Não, na verdade, acho que eu nunca havia parado para penar nisso... Ficar paralisado é uma situação horrível, você nunca dá tanta importância para algo até que você nota a falta que ela faria. Eu quero ser fisioterapeuta infantil. Sabe, ajudar crianças e mesmo que não seja algo que traga os movimentos para elas, eu quero mostrá-las e convencê-las de que isso não podem parar elas. - eu disse e pela primeira vez, vi que eu havia feito eles sorrirem, mas não por algo engraçado, e sim por orgulho.

- Scott, temos um problema. - Malia entrou dizendo rápido.