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 Narrado por Dulce

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Narrado por Dulce.

— Eu já disse que estou bem, Chris — rolei os olhos ao repetir milésima vez a mesma coisa.

— E eu já lhe disse que não vou embora — bufei irritada e saí do quarto em direção a cozinha.

Estava completamente irritada com ele. Tudo bem que eu tinha ligado e pedido que ele viesse, mas eu já estava bem e agora ele devia ir ficar com seus pais. Meus olhos pinicaram por causa das lágrimas que queriam sair e um nó se formou em minha garganta. Estava quase chorando e não entendia o motivo daquela minha súbita mudança de humor.

— Dulce? — o ouvi me chamar e tratei de respirar fundo, abrindo a geladeira para que não me visse daquele jeito — Estou começando a ficar com fome, o que acha de pedirmos algo? — sem perceber acabei fungando — Dulce, está chorando?

— Claro que não, Chris — minha voz saiu embargada e assim que fechei a geladeira o senti me virando para ele.

— Por que está chorando, Dulce? — ele me olhava preocupado e senti meus lábios tremerem — Vamos, Dulce... Me diga — não conseguia falar nada, apenas o agarrei e cedi as lágrimas que queriam cair — Oh, minha pequena, o que aconteceu?

— Eu não sei, Chris... Só me deu vontade de chorar — respondi em meio a soluços

— Meu amor, pare de chorar — pediu passando as mãos em meu rosto, limpando minhas lágrimas. Meu coração dói quando te vejo chorar assim, ainda mais quando não sei qual é o motivo — vê-lo tão carinhoso comigo só me fez chorar ainda mais e voltei a enterrar meu rosto em seu peito.

— Pare de me dizer essas coisas ou nunca vou conseguir parar de chorar

— Isso é a famosa TPM pequena? — perguntou me apertando em seus braços.

— Acho que sim, está próximo de minha regra. Me desculpa? — perguntei algum tempo depois, quando consegui controlar minhas lágrimas.

— Pelo que, amor? — segurou meu rosto entre suas mãos e sorriu. Meu coração disparou, como sempre disparava quando ele sorria para mim.

— Por ser tão doida e complicada — Christopher sorriu ainda mais e consegui arriscar um sorrisinho.

— Ah! Você esqueceu de chata e irritante — Arregalei os olhos batendo em seu braço enquanto ele ria ainda mais — Mas eu te amo ainda assim, desse jeitinho que você é

Envolvi meus braços em seu pescoço, puxando-o para mim e o beijei lentamente. Christopher prontamente retribuiu ao beijo, apertando-me ainda mais em seus braços enquanto nossas lingas se enroscavam. Nos separamos com vários selinhos quando o ar nos faltou e sorrimos.

— O que quer comer, bebê?

— Hum, estava pensando em pizza

— Tudo bem, vamos comer bobagens então

Comecei a discar o número já decorado e fiz o pedido, uma pizza grande. Segui para a sala, onde Christopher já estava jogado em meu sofá.

— Como você é folgado, garoto — brinquei deitando-me em cima dele, quem envolveu os braços em minha cintura.

— Me senti ofendido agora, namoramos a meses e só agora você percebeu isso? — me olhou incrédulo e comecei a rir mais.

— Como você é idiota! — mordi seu ombro descoberto.

— Como você é linda! — sorri olhando-o

— Como você é perfeito!

— Não sou perfeito

— Para mim, é o mais perfeito do mundo.

Comecei a enchê-lo de mordidas e rimos. Christopher tentou se virar por cima de mim e isso fez com que caíssemos do sofá para o chão. Bati minha cabeça com força e ele me olhou assustado. Comecei a rir descontroladamente e ele me acompanhou, mas ainda me olhava preocupado.

— Não se machucou?

— Não está doendo — respondi ofegante de tanto rir.

— Ai, Dulce! Essas coisas só acontecem quando estou contigo

— Você quem me derrubou, não me culpe — mordi sua bochecha carinhosamente. Já disse o quanto gosto de mordê-lo?

— Você quem começou me mordendo

— Quem mandou ser gostoso? Dá vontade de te morder todo. — Comecei a mordê-lo de novo e o ouvi rir.

— Acho que vou começar a te morder também

Arregalei os olhos com medo do que ele faria, mas felizmente a campainha tocou e eu suspirei aliviada enquanto ele rolava os olhos. Fui salva pelo entregado. Eu comecei a rir da cara dele, observando-o pegar a pizza e continuei deitada no chão até que ele colocar a caixa em cima da mesa de centro.

Christopher foi até a cozinha pegar os pratos e copos, mas quando voltou eu já estava comendo um pedaço com as mãos mesmo. Quando abri a caixa da pizza, senti minha boca salivar e não aguentei esperá-lo. Comemos sentados ali no chão mesmo enquanto brincávamos e riamos das gracinhas que ele fazia, roubando minha pizza e meu refrigerante.

— O que acha de vermos um filme? — olhou para mim e eu sorri, estava com a boca melada de ketchup

— E qual filme minha criança quer ver? — levei minha mão até o seu rosto e o limpei com o dedo.

— Acho que uma comédia. Qualquer coisa que preste.

Assenti e catamos as coisas levando para a cozinha, ele guardou o que sobrou da pizza e do refrigerante na geladeira enquanto eu lavava as coisas que usamos.

— Decidiu o filme? — o abracei por trás, enquanto ele guardava o último copo e distribuir beijos por toda sua costa.

— Qualquer coisa mesmo, amor — segurou minhas mãos que estavam em sua barriga — Quer ficar na sala ou no quarto?

— Quarto, vamos acabar dormindo mesmo — rimos e começamos a andar comigo ainda o abraçando por trás.

Fomos para o meu quarto eu fechei a cortina e ligar o ar-condicionado, enquanto ele procurava algo para assistirmos na televisão. Tirei minha roupa as guardei, fui para a cama onde ele já estava deitado todo coberto. Sorri e me aninhei nele.

O valor de uma vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora