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Narrado por Christopher

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Narrado por Christopher

Quando saímos da clínica, olhei para trás e a mulher da recepção me encarou seriamente e balançou a cabeça negativamente. Achei aquilo estranho, mas não comentei nada com Dulce e nem voltei para saber se tinha acontecido algum problema. Eu queria deixar toda essa história para trás.

Seguimos em silêncio para o hotel, Dulce encarava a rua e nem mesmo olhava em minha direção. Isso me deixou chateado, mas sei que agora é uma questão de tempo para que tudo volte ao normal. Quando chegamos ao hotel, ela saiu do táxi praticamente correndo, paguei a corrida e a segui tentando acompanhá-la, mas a vi no elevador que já se fechava.

Ela não queria falar comigo, então decidi procurar pelos outros e os encontrei na piscina. Me sentei junto a eles, que estavam conversando, querendo me distrair um pouco.

— Cadê a Dulce? — Christian perguntou.

— Foi para o quarto

— Não se acertaram? — neguei com a cabeça — Deixa ela esfriar a cabeça mais um pouco

Ficamos ali durante toda a tarde, entre conversas e risos, o que me distraiu o suficiente para não pensar mais nos problemas. Quando começou a escurecer, subimos para nos arrumarmos, já que teríamos mais um show ali, antes de partimos para Los Angeles.

Depois que fiquei pronto, desci para onde Pedro nos esperava, Dulce era a única que ainda não tinha descido. Esperamos mais algum tempo e Pedro começou a ficar impaciente, andando de um lado para o outro, ele odiava atrasos. Comecei a me sentir nervoso, será que ela teria forças para fazer esse show depois de ter feito um aborto? O medo começou a me dominar, Pedro surtaria se ela não conseguisse fazer esse show.

Dulce apareceu quase meia hora depois, Pedro nem a esperou se aproximar para começar a brigar, ela apenas baixou a cabeça e escutou tudo calada.

— Agora pode me dizer por que demorou tanto? — perguntou, ainda irritado.

— Claro, primeira briga e depois pergunta — Anahí a defendeu.

— Porque não estava me sentindo bem, Pedro. Me desculpe.

— Acha que pode fazer o show? — seu tom se tornou preocupado e a olhei ansioso.

— Posso sim, Pedro. Era só uma dor no estomago — olhou para mim rapidamente e desviei a mirada, sentindo-me culpado.

— Tem certeza, Dulce?

— Sim, Pedro — respondeu confiante.

Seguimos para o carro que nos levaria ao local do show novamente. Hoje não teríamos coletiva de impressa, então ficamos aguardando no camarim, depois que cada um colocou seu figurino. Christian e Dulce estavam abraçados em um sofá e me sentei em outro, observando-os.

Os dois viviam grudados porque já se conheciam desde que gravaram Clase 406 juntos, eu sabia que tinham criado uma amizade muito forte e já estava acostumado a vê-los tão carinhosos um com o outro. Nem Alfonso, que sentia ciúmes até da sombra dela, se incomodava com eles, mas nesses últimos dias eu estava morrendo de ciúmes deles. Talvez por ela não estar nem mesmo me olhando direito enquanto vivia grudada nele.

Droga! Eu estava ficando maluco!

Pedro nos chamou quando o show estava prestes a começar e antes de subirmos no palco, unimos nossas mãos e gritamos RBD como sempre fazíamos antes dos shows.

***

— Caramba! Esse show foi demais! — Dulce disse animada enquanto íamos para o carro que nos levaria de volta ao hotel.

— Não demorem muito para se arrumarem quando voltarmos ao hotel, porque o avião já está nos esperando para imos a Los Angeles. Lá vocês descansam

— Pode deixar, Pedrinho — Maite respondeu por nós.

Quando chegamos ao hotel, cada um foi para seu quarto rapidamente. Eu tomei um banho rápido, depois arrumei todas as minhas coisas e saí do quarto com minha mochila nas costas e entreguei minha mala para alguém da produção. Desci e fiquei aguardando os outros com Pedro e Alfonso.

O valor de uma vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora