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Narrado por Christopher

Dulce estava me deixando louco daquele jeito. Cada toque de suas mãos em minha pele, cada beijo que dávamos, cada gemido que ela deixava escapar. Sentia saudades de sentir seu corpo nu debaixo do meu. Eu estava quase gozando só de senti-la se contorcendo em minha boca. Deixei que ela se recuperasse do orgasmo e distribuí beijos por todo o rosto dela.

— Chris... — sussurrou puxando meu rosto ao encontro do dela — Eu quero você dentro de mim.

— Ah, Dulce!

Beijei sua boca com desespero e pressionei meu membro ereto em sua coxa, fazendo-a gemer baixo. Ela levou as mãos ao cós da calça que eu usava e empurrando-a para baixo desesperadamente. Levantei da cama, para tirar a calça por completo.

— Espera — pediu ofegante. Eu estava prestes a tirar minha cueca box e suspirei tristemente. Tinha certeza de que percebeu o que estava fazendo e desistiu, mas quando a olhei, ela me olhava com desejo — Meu Deus! Você está tão gostoso! Senti saudades de te ver usando cueca box.

Sorri descaradamente e tirei minha cueca, jogando-a longe e me deitando por cima dela.

— Você está me deixando louco.

Sussurrei e colei meus lábios nos dela, beijando-a desesperadamente. Direcionei meu membro para sua entrada e a penetrei lentamente. Dulce cravou as unhas em minhas costas e gemeu baixinho em meu ouvido à medida que meu membro entrava. Revirei os olhos de prazer quando cheguei ao seu fundo.

— Ah, caralho!

Me movimentei lenta e precisamente para dentro dela. Além do tempo que eu tinha sem transar, só de estar fazendo isso com ela outra vez, já me deixava prestes a gozar. Dulce não me ajudava em nada, gemendo meu nome e arrastando as unhas por minha pele. Encostei minha boca em sua orelha, gemendo e a senti se arrepiar.

— Mais... Mais rápido... Chris — gemeu baixo puxando meu cabelo — Por favor...

— Se eu for mais rápido, não vou aguentar, Dul—sussurrei ofegante em seu ouvido — Caralho, você é tão apertada. É feita para mim...

— Não quero que aguente, também estou perto — cravou as unhas em minha bunda — Mais rápido, Chris — pediu manhosa. Fiz o que pediu, porque ouvi-la gemer em meu ouvido daquele jeito, era ainda pior.

Dulce passou as pernas em volta da minha cintura e com os pés me puxava em sua direção com força. Comecei a intercalar o ritmo dos meus movimentos entre o rápido e devagar, tentando me segurar ao máximo para não explodir em um orgasmo.

— Não me torture desse jeito — suplicou e eu mordi seu ombro gemendo abafado.

— Não quero gozar agora, quero te aproveitar o máximo que eu puder.

Comecei a beijar seu pescoço, lambendo sua pele salgada pelo suor enquanto minhas mãos massageavam cada rastro de pele que encontravam. Eu a enlouquecia e a fazia morder meu ombro, tentando abafar os gemidos.

Dulce não queria mais esperar, então me jogou para o lado e montou em mim. Gemi pela visão dela cavalgando em meu membro e agarrei sua cintura. Ela descia em mim com força e rapidez, rebolando o quadril e me fazendo ir fundo, até que ela jogou a cabeça para trás e gemeu alto. Senti sua intimidade se contraindo em meu membro e gemi. Dulce gozando era a visão mais erótica do mundo.

Quando seu corpo caiu sobre o meu, a abracei e virei por cima dela. Voltando a me movimentar com força e alcançando meu próprio orgasmo.

— Dulce — levantei meu rosto para olhá-la e sorri. Ela estava com os olhos fechados, beijei o seu queixo, mas a felicidade que estava explodindo dentro de mim, morreu quando ela me encarou e vi que estava chorando — Dulce, o que foi? Eu te machuquei? — perguntei com um misto de angústia e preocupação, enquanto saia de dentro dela.

— Não me machucou — sussurrou, sentando-se — Não devíamos ter feito isso, Christopher. Foi errado.

— O quê? — sussurrei surpreso. Por um momento, realmente acreditei que tudo ficaria bem.

— Eu traí o Matheus — choramingou e traguei a saliva.

— Você está solteira, Dulce. Não traímos ninguém.

— Traí sim. Traí o meu sentimento por ele... O desrespeitei transando com você na casa que dividimos — Dulce se levantou da cama, começando a catar as roupas no chão e as vestindo com pressa — Não podíamos ter feito isso.

— Vocês dois terminaram, Dulce — levantei apressando, segurando-a pelos ombros e fazendo-a me olhar. As lágrimas escorriam por seus olhos, onde estava estampado o arrependimento pelo que fizemos. Meu coração se partiu em mil pedaços quando constatei isso — Eu te amo, Dulce. Nós nos amamos.

— O quê? — perguntou surpresa.

— Matheus disse que você ainda me amava e você mesmo disse que eu ainda mexia com seu coração.

— É diferente, Christopher — se esquivou de mim — Hoje eu entendi que o que sinto por você não é amor. Eu sou grata por ter salvo meu filho e... Você é bonito, me atrai fisicamente... É só desejo — recuei com o impacto de suas palavras — Desejava transar com você outra vez, sempre tivemos uma química muito boa, mas... Agora que transamos, só consigo me arrepender disso.

Dulce chorava enquanto cuspia as palavras em cima de mim. Traguei a saliva e olhei para baixo.

— Me desculpa, Dulce — sussurrei e caí sentado na cama.

Dulce saiu do quarto sem falar mais nada, deixando-me completamente sozinho. Lágrimas escorriam por meu rosto e deitei na cama, agarrando o travesseiro que ela estava deitada segundos antes.

— Merda! Merda!

O valor de uma vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora