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 Narrado por Maite

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Narrado por Maite

Estávamos na sala de Pedro para ele nos passar os próximos compromissos da banda, quando Christian entrou com um sorriso enorme.

— Acabei de falar com a Candy — nós o olhamos curiosos.

— Fala de uma vez, traste — Anahí reclamou.

— Ela está oficialmente fora do México. Comprou uma casa e já está morando lá.

— Para onde ela foi?

— Isso ela não me disse. Fui ao apartamento dela, queria vê-la, mas o porteiro me contou que tinha se mudado. Dulce me disse que já está morando fora a alguns dias e não tem planos de retornar.

O clima ficou bem triste, mas Pedro voltou a falar sobre nossa agenda, nos tirando a tenção de Dulce. Olhei para Christopher, que mantinha seus olhos baixos e um semblante triste.

O primeiro mês sem Dulce foi difícil para todos. Era estranho não ela não estar no camarim e nos bastidores, sentíamos saudade das brincadeiras e piadas que ela costumava fazer. O público gritava seu nome, fazia questão de cantar suas partes nas músicas e a imprensa estava enlouquecida, já que ela simplesmente parecia ter sumido do mapa.

Depois daquele show ela não assumiu nenhum outro compromisso com a banda, mas apareceu com um sorriso tímido no lançamento de uma revista em que fomos capa quatro dias depois e a recebemos de braços abertos. Foi nesse dia que nos contou que iria sair do país para seguir o tratamento. Fizemos uma despedida em minha casa no dia seguinte, onde Christopher não aparece e Dulce pareceu não se importar com isso.

Em uma das reuniões, Christopher propôs que fizéssemos um concurso para colocar outra em seu lugar e eu e Anahí quase voamos em seu pescoço, mas Pedro nos garantiu que isso não iria acontecer. Ninguém poderia substituir Dulce e Christopher era o único que não concordava com isso.

Sei que ele estava tentando lidar com isso do seu jeito e fingia não se importar e não sentir falta dela, mas era nítido que as coisas não eram bem assim. Para viver sem Dulce, ele voltou para sua vida de antes, vivendo em bares e aparecendo com diversas mulheres diferentes. Até tentamos conversar, brigar, mas nada adiantava. Apenas uma pessoa o tirou dessa vida e ela o tinha levado de volta.

O segundo mês foi mais fácil que o primeiro, o público ainda cantava suas partes na música e gritavam seu nome, mas a mídia perguntava menos por Dulce e isso era bom para nós, que não sabíamos explicar por que ela simplesmente desapareceu.

O valor de uma vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora