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Narrado por Christopher

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Narrado por Christopher

Quando acordei e não encontrei Dulce em meus braços, suspirei profundamente. Mais uma vez sonhei que tinha dormindo ao seu lado e tudo não passou de uma doce ilusão. Passei uma mão suavemente por meu tórax e ombros e pude sentir alguns arranhões ali.

Sorri satisfeito ao ter uma prova marcada em minha pele do momento em que a tive em meus braços na tarde anterior. Tinha sido algo tão selvagem e intenso, queria que tivesse durado mais.

Levantei na intenção de preparar o café da manhã para ela e meu filho, e me dei conta de que eu estava no quarto de hóspedes. Então eu não tinha sonhado, Dulce dormiu comigo, mas onde ela estava agora?

O relógio na mesa de cabeceira indicava que eram oito da manhã. Dulce tinha o costume de acordar cedo, mas pensei que dormiria mais depois de um voo longo e um dia cansativo. Pelo silêncio da casa, Thiago ainda dormia.

Saí do quarto para procurá-la e a encontrei deitada ao lado da cama de Thiago, que ainda dormia profundamente.

— Vão falar muito mal de mim, meu pequeno. Eu só quero que você se lembre sempre que eu te amo e tudo o que fiz nessa vida foi para proteger você.

Ela murmurava baixinho e senti um aperto no peito. Porque estava dizendo algo assim a nosso filho? O que estava acontecendo?

— Dulce? — arregalei os olhos quando ela me encantou. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, estava chorando bastante — Meu amor, o que aconteceu com você?

Dulce levantou-se com cuidado, caminhou em minha direção e me abraçou com força, desabando em lágrimas. A apertei em meus braços, tentando dizer palavras de consolo, mas estava muito preocupado com seu estado. Não sabia o que tinha acontecido para que ficasse desse jeito e meu coração estava apertado.

A guiei para fora do quarto, para não acordar nosso filho e continuei guiando-a para cozinha, na intenção de fazê-la beber uma água e se acalmar um pouco. Quando chegamos a sala, algo em cima do sofá chamou minha atenção. A soltei irritado quando entendi o motivo do seu choro.

— Chris...

Várias revistas de fofoca estavam espalhadas sobre o sofá. Em todas tinham fotos minha e de Dulce nas capas, algumas tinha até fotos nossas com o Thiago. A maioria dos títulos embrulharam o meu estômago e senti meu sangue ferver de raiva. "Dulce Maria admite ter escondido filho de Christopher Uckermann", "Dulce Maria fugiu do México grávida do cantor Christopher Uckermann para se casar com outro", "A verdade sobre a traição e fuga de Dulce Maria"

— Porra!

Gritei e joguei aquelas revistas no chão. Algumas se abriram e pude ver mais fotos nossas com Thiago, fotos de Dulce com Matheus e Thiago. A raiva só crescia cada vez mais dentro de mim.

— Se acalma, por favor. Thiago não pode te ver assim.

Olhei para Dulce e a vi sentada no outro sofá. As lágrimas ainda escorriam por seu rosto e me sentei ao seu lado.

— Eu prometo a você que as coisas não vão ficar assim. Não vou deixar te tratarem desse jeito, quando eu sou o culpado disso tudo.

— Christopher, você não vai fazer nada. Eu sabia que isso podia acontecer e...

— Não. Não. Não, Dulce! Não vou deixar isso acontecer, está bem?

Sem deixar que ela contestasse, a beijei desesperadamente até que parasse de chorar e se entregasse ao beijo, então diminuí o ritmo, deixando-o lento e carinhoso.

Com a calma que não tivemos na tarde anterior, a peguei em meus braços e a levei para cama que dormimos juntos. Dessa vez nossas roupas não foram tiradas as pressas ou rasgadas, foram tiradas sensualmente, enquanto nós beijávamos com calma.

Dulce estava precisando sentir-se amada, então a amei com toda calma e carinho que tinha em meu ser. Beijei cada centímetro do seu corpo, acariciei todos os seus pontos sensíveis, a fiz suspirar e gemer meu nome baixinho enquanto se contorcia. Eu a amava com lentidão, a fiz esquecer da dor que sentia dando-lhe vários orgasmos seguidos enquanto fazia juras de amor.

Quando Dulce estava exausta, a fiz tomar um banho quente, vestir uma calcinha e minha blusa, então a deitei na cama outra vez e fiquei fazendo cafuné em seu cabelo e beijando todo o seu rosto até que dormisse. Sem que ela percebesse, coloquei algumas gotas de um calmante natural em sua água, para que descansasse bem. Passei um bom tempo observando-a dormir até a porta se abrir devagar e Thiago entrar.

— Papai? Você dormiu com a minha mamãe? — perguntou confuso enquanto coçava os olhos e eu sorri timidamente tentando pensar em algo.

— Sua mãe teve um pesadelo terrível essa noite, então vi protegê-la para que dormisse outra vez.

— Ah! — disse subindo na cama com dificuldade, engatinhou até ficar entre nós dois e beijou a testa da mãe carinhosamente — Então é melhor deixarmos ela dormir mais — sussurrou e eu sorri concordando.

— Vamos tomar café da manhã?

Levantei da cama com Thiago em meu colo e quando chegamos a sala e vi as revistas, fiquei com raiava outra vez. Deixei meu filho no chão e catei aquelas porcarias, fazendo questão de rasgar as páginas. Thiago deve ter pensando que era uma brincadeira porque começou a fazer o mesmo e acabei rindo. Cantamos todos os pedaços de papel e jogamos no lixo.

— O que você quer comer?

— Cereal!

Coloquei seu cereal e percebi que tinha um caixa de sonhos em cima da bancada da cozinha, com um saco de pães frescos. Dulce deve ter saído para comprar aquelas coisas e encontrado a banca de revistas no caminho.

Coloquei o cereal com leite de Thiago e comi alguns sonhos. Depois o deixei assistindo desenhos enquanto fui para o meu quarto e me arrumei.

Eu sairia em turnê em alguns dias e minha agenda estava lotada durante a semana, eu teria que resolver essa situação agora mesmo. Engolindo todo o meu orgulho, liguei para a pessoa que mais me odiava no mundo.

O que você quer me ligando, Ucker? — Christian disse irritado e suspirei.

— Você viu as revistas? — quando ele negou, expliquei a situação — Sei que a culpa é minha, Christian. Por isso estou indo resolver tudo, mas preciso que alguém fique com a Dulce e com o Thiago.

Chego em quinze minutos.

Voltei para a sala e me sentei ao lado do Thiago.

— Filho, o papai vai precisar ir trabalhar, mas seu dindo está vindo ficar com você, está bem?

Fiquei assistindo com Thiago até ouvir a campainha tocar. Quando abri a porta, Christian estava com a cara fechada para mim, mas não me importei. Sabia que o único motivo de estar ali era Dulce.

O valor de uma vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora