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Narrado por Dulce

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Narrado por Dulce

Depois de três dias no hospital, finalmente, eu receberia alta. Eu estava louca para apresentar Thiago a nossa casa e ao nosso paraíso particular.

Durante aqueles dias, minha mãe e Helena se revezaram para dormir comigo, enquanto meu pai me visitava duas vezes ao dia, quando vinha buscá-las ou trazê-las. Matheus fazia questão de passar as tardes comigo e sempre trazia um presente. Flores para mim, um urso de pelúcia enorme para Thiago, caixa de chocolate... Nós passávamos horas conversando besteiras, nos conhecendo cada vez mais.

Era um pouco estranho ele estar ali apesar de tudo, porque todos pensavam que ele era o pai do Thiago, então as enfermeiras faziam questão de ensiná-lo a dar banho, troca fralda e roupas. Eu ficava um pouco constrangida com isso, mas ele não parecia incomodado e sempre era elogiado por todos com o jeito que levava. Era nítido que Thiago já o reconhecia de alguma forma.

— Pronta para ir embora? — Matheus perguntou da porta do quarto e o olhei confusa.

— Pensei que meus pais viriam me buscar — ele se aproximou da cama, colocando bebê conforto vazio ali em cima e me olhou seriamente.

— Vou te contar algo importante, preciso que preste atenção — traguei a saliva. Ele nunca tinha falado tão sério comigo antes e estranhei a situação — Seus pais estão preparando uma festa surpresa e eu não sei guardar segredos. Precisa fingir surpresa.

— Matheus! — o repreendi gargalhando. Até a enfermeira que me ajudava a arrumar as coisas de Thiago ria comigo — Você me deixou preocupada, seu chato — o empurrei pelo ombro.

— Estou falando sério, precisa fingir surpresa.

Ao ver a quantidade de coisas que tínhamos que levar para casa, incluindo o enorme urso que ele tinha trazido, Matheus achou melhor dar duas viagens até o carro. Com as mãos livres na segunda viagem, ele passou a bolsa de bebê pelos ombros, segurou o bebê conforto onde Thiago dormia tranquilamente e pousou a mão em minha cintura, guiando-me até o carro.

— Vim com seu carro hoje, porque ficou mais fácil de prender a base da cadeirinha uma única vez — explicou abrindo a porta traseira para que entrasse — espera um pouco que vou encaixar a cadeirinha do outro lado.

Matheus deu a volta do carro, abrindo a porta do outro lado e encaixando a cadeirinha habilidosamente. Com toda certeza do mundo, se eu tivesse feito teria acordado Thiago. Quando estávamos todos acomodados, deixamos o hospital para trás.

— Estou te devendo uma lavagem no carro, não é? — brinquei fazendo-o rir.

— Não mesmo, eu mereço isso por rir enquanto você estava com a barriga do tamanho de uma melancia e com uma criança querendo sair por sua vagina — debochou. Senti minhas bochechas corarem violentamente ao me lembrar de que isso tinha realmente saído da minha boca.

O valor de uma vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora