O valor de uma vida

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Narrado por Christopher

Tudo tinha saído perfeito, graças a Deus. Saímos da nossa festa de casamento direto para a última surpresa que eu tinha preparado, a casa em que iríamos morar. Meus pais tentaram me convencer a passar a noite no hotel, mas eu insisti em voltarmos de helicóptero. Estava ansioso e nervoso, com medo dela não gostar do lugar que escolhi com Thiago.

— Então você conversou com o Matt? — perguntou receosa quando entramos no helicóptero. Sei que Dulce não queria me magoar falando do Matheus, mas que estava curiosa para saber sobre nossa conversa.

— Se nós três somos os pais do Thiago e vamos dividir sua guarda, nada mais justo que eu e ele tivéssemos uma conversa franca — a olhei e sorri timidamente — O convidei para o casamento, mas ele as coisas foram muito em cima da hora e ele só vai retornar da Irlanda amanhã. Thiago vai embarcar com Célia e Leonardo, já que Matheus pediu para passar essas duas semanas com ele.

Dulce assentiu e deitou a cabeça no meu ombro enquanto enlaçava nossas mãos.

— O Matt sempre foi um homem muito bom para mim e o Thiago, mas meu coração nunca foi deixou de ser seu e ele sempre soube disso. Em nossa última conversa, ele me contou que está saindo com a Jenny — Dulce suspirou enciumada e traguei a saliva — Pelo menos assim sei que ela não vai dar em cima de você de novo.

— Em cima de mim? — a olhei surpreso — Nem a conheço.

— Claro que conhece. Quando estava lá comigo e fomos ao bar, ela te comeu com os olhos.

— Meu amor, eu estava louco para te conquistar, acha mesmo que reparei em qualquer outra pessoa?

Dulce ergueu o rosto, sorrindo largamente e me beijou carinhosamente. Contei para ela a correria daqueles últimos quatro dias em que eu estava organizando esse casamento durante o resto da viagem.

Quando chegamos ao heliporto, um carro já estava nos esperando e Dulce reclamou bastante quando disse que iria vendá-la, mas aceitou no final e foi resmungando por todo o caminho.

O carro parou em frente à casa que tinha comprado e respirei fundo antes de ajudá-la a sair e levá-la para dentro. Tirei sua venda e a observei olhar o lugar atentamente.

— Onde estamos?

— Na nossa sala de estar.

Dulce arregalou os olhos. Segurei sua mão e a levei para conhecer toda a casa, começando pelo jardim, onde tinha uma enorme piscina e um parque de madeira para Thiago brincar, depois a levei para o andar de cima, mostrei o quarto do nosso filho, que já estava todo decorado e cheio de brinquedos e por último o nosso quarto.

— O que você achou? — perguntei receoso, já ela não tinha dito nenhuma palavra até aquele momento.

— É tudo muito lindo, Chris — sorriu largamente — A casa perfeita para criarmos nosso filho.

— Estava com medo de que não gostasse.

— Amor, poderíamos ir morar em um quarto e sala que eu não iria me importar, por tanto que tivesse vocês dois comigo.

A beijei apaixonadamente. Dessa vez, nada nos impedia de fazermos amor. Deslizei minha mão em suas costas nuas e abaixe as alças do seu vestido, me afastando para vê-lo cair aos seus pés, deixando-a apenas com uma calcinha branca rendada.

Dulce era linda e era o amor da minha vida. Eu sentia como se fosse explodir de felicidade a qualquer momento.

Ela caminhou em minha direção e voltou a me beijar enquanto tirava minha roupa. Apesar do desejo que tínhamos acumulado durante aquelas longas semanas separados, nós estávamos fazendo tudo com calma, porque queríamos aproveitar cada segundo.

Quando estávamos completamente nus, a deitei na cama, beijei e acaricie cada centímetro do seu corpo, assim como ela fez comigo. Nos beijávamos com paixão, amor, desejo. Queríamos recuperar todo o tempo que perdemos separados.

Sem aguentar mais nenhum segundo, a penetrei de surpresa, fazendo-a gemer em minha boca. Dulce gemia baixinho em meu ouvido, o que deixava cada vez mais perto de explodir, mas só o fiz quando ela anunciou que iria gozar.

Gozamos juntos em nossa cama. Era nossa primeira noite como marido e mulher, na casa que viveríamos por muitos anos e tudo se encaixou mais uma vez.

— Eu te amo — ela sussurrou me abraçando.

— Eu também te amo.