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 Narrado por Christopher

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 Narrado por Christopher

Quatro meses sem ela...

Nem acredito que já tem tanto tempo que ela simplesmente desapareceu. O pior de tudo é que essa droga de amor ainda continuava aqui dentro de mim, me destruindo por completo. Todos evitavam falar sobre ela em minha frente, Pedro mal olhava em minha cara, como se soubesse que a culpa era toda minha.

Culpa...

A culpa não era minha! A culpa era toda daquela droga de criança que tinha estado dentro dela. Se não tivesse sido por isso continuaríamos juntos, Dulce ainda estaria no RBD...

A quem eu quero enganar?

A culpa é minha sim!

Eu nunca devia ter feito isso com ela, mas agora não posso fazer mais nada. Não que eu sentisse alguma vontade de ser pai, mas por ela eu poderia ter feito isso. Agora tudo o que eu podia fazer era evitar ao máximo pensar nela, ocupava cada segundo do meu tempo, por isso voltei a sair com o pessoal da banda.

Íamos sempre de bar em bar, de mesa em mesa, passando de mulher para mulher. Não dormia sozinho uma única noite quando estávamos fazendo show em outras cidades, as vezes acordo acompanhado por mais de uma mulher. Eu não fazia questão de esconder isso da imprensa, queria que isso chegasse até Dulce de alguma forma, queria machucá-la da mesma forma que me machucou quando foi embora.

— Hei, Christopher! Já está na hora de irmos embora — Alfonso disse tentando me impedir de beber mais uma dose.

Ele costumava me acompanhar nesses bares, mas eram poucas vezes que realmente curtia as coisas. Tinha a sensação de que ele só estava ali para tomar conta de mim, sempre me regulando quando estávamos no México. Sempre dizendo que eu estava "Bêbado demais para ir sozinho." "Bêbado demais para dirigir." "Bêbado demais para ficar em pé." "Bêbado demais para continuar bêbado" "Bêbado demais para ficar em um bar." "Bêbado demais para tudo."

Eu não me importava com isso, porque o que buscava indo aqueles bares era apenas estar "Bêbado demais para sentir falta dela." "Bêbado demais para pensar nela." "Bêbado demais para lembrar que ela existiu em minha vida." Às vezes eu conseguia, mas as vezes quando Alfonso me tirava do bar, eu chorava...

— Vamos embora, Christopher! Já são cinco da manhã — insistiu, mas ignorei. Ainda não estava bêbado o suficiente para esquecer o nome dela e comecei a virar o copo.

Além de Alfonso, os outros que estavam comigo não eram meus amigos de verdade, apenas companheiro de bebida e enchiam meu copo cada vez que eu o baixava vazio. Alfonso negava com a cabeça, mas eu o ignorava completamente, precisava tirar o nome dela da minha cabeça.

Minha cabeça doía, minha boca estava seca e quando tentei me levantar, tudo rodou. Merda de ressaca! Voltei a deitar e fiquei olhando para o teto, esperando que tudo parasse de girar quando ouvi uma voz feminina falar algo.

— Vejo que acordou, garotão — uma morena maravilhosa disse caminhando até mim. Ela sorriu largamente e senti meu coração perder uma batida. O sorriso era lindo demais.

— Me desculpe, nós dois... — ela riu negando com a cabeça e me perdi ainda mais em seu sorriso.

— Não se preocupe com isso, garotão! Eu sou vizinha do Poncho e sou enfermeira, vim apenas dar uma olhada em você a pedido dele — piscou para mim, me deixando um pouco sem graça.

— Me desculpe, é que eu estava bêbado demais...

— Para se lembrar de algo. Poncho me disse

— Ele sempre me fala essas coisas — rolei os olhos.

— Ele só está preocupado com você, Christopher. Me diga, como está se sentindo?

— Dor de cabeça, sede, dor no corpo. Ressaca de sempre, estou quase me acostumando — ri baixo ao vê-la rolar os olhos.

— Isso não é tão bom assim, garotão! — pousou sua mão em meu rosto e o acariciou lentamente — Eu tenho que ir trabalhar, você vai ficar bem logo

— Obrigada... — a olhei confuso e a vi sorrir outra vez.

— Me chamo Mariana — assenti ao vê-la se levantar. Mariana... Que nome mais lindo! Aliás, que mulher linda!

— Quer sair comigo qualquer dia desses? — perguntei ao vê-la se aproximar da porta.

— Por tanto que nenhum de nós dois beba...

— Claro, quando pode ser?

— Eu pego teu número com o Poncho e te ligo ok? Tchau, garotão! — disse antes de sair e me deixar suspirando feito um idiota.

Mariana...

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Acho que já perceberam que os caps vão narrar uma pequena passagem de tempo antes do reencontro, certo? 

Querem conhecer o bebê vondy ainda hoje?

O valor de uma vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora