Prólogo.

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Sentado em uma espécie de banco de concreto e iluminado por uma tocha pressa a parede estava um homem pensativo.

Esse homem era o epítome de um guerreiro; Alto, forte a ponto de poder esmagar um crânio com as mãos nuas e cheio de cicatrizes no tronco e nos braços.

Sua pele era branca e pálida, uma tatuagem enorme e vermelha passava por seu braço e peito e terminava abaixo de seu olho esquerdo e uma cicatriz que parecia ter sido causada por uma lâmina de tamanho incomum estampava seu abdômen. Em seu colo repousava um Machado afiado com runas nórdicas incrustadas no cabo de madeira, o machado emitia um certo frio; Em suas costas estavam presas duas lâminas curtas e grandes que apresentavam estranhos desenhos em seu centro e estavam ligadas por correntes amarradas aos antebraços do homem, as lâminas gêmeas e suas correntes apresentavam um calor incomum em sua superfície e no antebraço do homem prendia um estranho pedaço de metal que parecia ser um escudo não completado.

Ele usava uma ombreira de couro em um dos ombros, um pedaço de pele amarrada em seu tronco por um cinto que era semelhante a uma túnica, calças marrons, calçados de couro e rudimentares e proteções feitas de pele perto das mãos.

Uma vasta barba negra cobria parte de seu rosto, a ausência de qualquer cabelo em união com sua altura e olhar sério o deixava extremamente intimidador, rugas e marcas do tempo estavam presentes em sua pele envelhecida, suas grossas sobrancelhas sobrevoavam um par de olhos marrons que encaravam um corredor longo e iluminado por tochas que terminavam em um grande portão de madeira fechado.

Esse era o Kratos, O Fantasma de Esparta.

- Está pronto Senhor Kratos- Disse uma voz feminina e suave e então uma jovem mulher andou até perto dele enquanto sorria gentilmente. - Sua luta deve estar prestes a começar.

A mulher próxima a Kratos era bonita, possuía um longo cabelo castanho, olhos verdes grandes e pele clara. Seu corpo era magro e fino assim como suas mãos, porém ela emitia uma certa força e aura.

Ela usava um vestido de manga comprida branco e azul claro com detalhes em um azul escuro, uma joia azulada prendia em seu pescoço, havia um botão em cada ombro da roupa, um pedaço de metal dourado circundava a sua cintura e ela usava botas brancas.

Ela sorria de maneira acolhedora e gentil.

Kratos continuou olhando para o corredor em suas frente enquanto pensava em algo. Ele parecia  impaciente com algo.

- Seu nome é Randgriz, não é? - Perguntou o Fantasma de Esparta sem olhar para a mulher.

Randgriz acenou com a cabeça.

- Isso mesmo. Eu sou Randgriz, a quarta irmã valquíria. - Disse a mulher e fez uma pequena reverência. - E serei a sua companheira em batalha.

Kratos ouviu a valquíria com atenção  e então perguntou:

- Por que vocês, as Valquíria, querem lutar contra os deuses em prol da humanidade? - Kratos estava curioso sobre essa questão.

O Fantasma de Esparta sabia melhor do que qualquer um o quanto os humanos podem ser cruéis, malignos e horríveis e o tão perigoso era enfrentar os Deuses e as consequências que isso poderia trazer para o mundo e para os próprios seres viventes do mesmo.

Randgriz olhou para o Kratos por alguns segundos e então sorriu:

- Acredito que pelo mesmo motivo que você aceitou lutar nesse torneio. -  Respondeu a Valquíria gentilmente. - A humanidade já errou muito; Porém, ainda há esperança para ela. Eles não merecem a extinção completa.

Kratos olhou para frente enquanto pensava sobre a resposta da mulher.

Era possível ouvir vozes vindas de longe, vinda de atrás do grande portão de madeira.

Shuumatsu No Valkyrie. ( GAMES)Onde histórias criam vida. Descubra agora