Capítulo 55: Instinto Assassino.

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Na entrada do Corredor dos Deuses uma pequena e relativamente amigável conversa acontecia.

- Tome cuidado... Seu oponente é perigoso... Se eu já não soubesse do que os outros humanos desse Torneio são capazes... Eu diria que esse cara iria ser o único Representante da Humanidade que realmente possuiria chances de vencer um Deus.

- Uau... Que assustador... Não esperava isso vindo de você... Já encontrou esse humano antes?

- Uma vez, é uma história um pouco antiga.

- Você acha que ele pode me matar?

- Hmmm... Sendo você o adversário, acho que é impossível!

- Um pouco decepcionante... Mas ainda acho que dá para tirar algo de útil de sua união com a Valquíria escolhida.

- Valquírias... Elas são bem impressionantes, eu tenho que admitir...

- É, bastante interessantes...

- Antes eu achava que elas eram servas e assistentes do topo do Panteão Nórdico.

- Como as ninfas que habitam o Olimpo?

- Mais ou menos... Mas voltando ao assunto principal, não fique brincando com o oponente... A Arena vai acabar ficando parecendo ainda mais uma cena de carnificina se você fizer isso.

- Tá... Tá... Vou apenas descobrir do que a Valquíria é capaz antes de terminar com a luta.

- Ótimo... É mais uma coisa, não esqueça do nosso...

- Não precisa se preocupar... Quando a luta terminar, provavelmente tudo já estará pronto para a gente finalizar nosso pequeno experimento!

- Não é um experimento... Experimentos tem chances de dar errado.

- Tá... Você está certo, aquilo vai ocorrer totalmente bem. Mesmo que alguns não fiquem muito felizes com isso.

- É... Mas eu cuido disso depois.

Essa conversa era entre duas Divindades poderosas:

Hades e Belzebu.

...

..

.

Göll e Brunilde caminhavam para a entrada do Corredor do lado Humano da Arena a passos firmes.

- Me desculpe... Brunilde Nee-san. - Dizia a pequena Valquíria um pouco ressentida, mesmo que não totalmente arrependida, do que havia feito em seu encontro com o Senhor Das Moscas, quase colocando ela e sua irmã mais velha em perigo. - Eu não devia ter me deixado levar pela raiva assim.

Brunilde parava de andar naquele momento, surpreendendo Göll que também acabava parando, e se abaixava no chão para ficar na altura de sua irmã enquanto segurava o rosto dela gentilmente com as mãos.

- É normal deixar a raiva te cegar nessas situações... - Dizia a Valquíria calmamente enquanto sorria para a irmãzinha. - Mas...

A face da Valquíria ficava irritada enquanto suas mãos iam até as bochechas de sua irmã mais nova e beliscavam ambos os lados com os dedos.

- Quando for ofender alguém... - Dizia a Valquíria mais velha enquanto sorria de maneira um pouco assustadora e puxava as bochechas de Göll. - Tente escolher alguém que não possa, ou seja louco o bastante, para te matar com um único movimento... Minha querida e tolinha irmã.

Brunilde parava sua repreensão e se levantava enquanto via as bochechas agora um pouco vermelhas de sua irmã.

- Mas olha pelo lado bom... - Dizia a Valquíria enquanto bagunçava um pouco o próprio cabelo e sorria levemente. - Você insultou Beelzebub e sobreviveu... Isso é um feito que poucos tem.

Shuumatsu No Valkyrie. ( GAMES)Onde histórias criam vida. Descubra agora