Capítulo 8: "Nenhum pouco Forte" - parte 4

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inspiração quando eu estava triste, ou então, chateada. E em poucos minutos, preparei os tecidos e o figurino em menos de meia hora.

Amanheceu, e eu só tive a noção, quando todos os figurinos estavam prontos e o meu telefone tocou:

—Alô? —disse sorrindo e já úmida da chuva.  

—Alguém me disse que vossa senhoria saiu no meio da madrugada, deixando apenas um bilhete como sinal de vida. — disse Louis sorrindo e ainda com a voz de sono.

  —Oi Louis, eu só precisava terminar os figurinos. —disse suspirando. 

—É... eu imaginei. E como Julia me perturbou as ideias, eu passei na padaria do Seu Manoel, e fiz uma pequena cesta para nós. — disse ele e então, eu suspirei e disse:

  —Louis.... não precisava... — disse a ele.  

E Louis desligou o telefone e então, ouvi um som de porta batendo na frente. E quando eu sai, as luzes do teatro se acenderam e lá estava ele, com a cesta de piquenique sorrindo em minha direção, e então, eu disse:  

—Não precisava fazer isso. — disse ainda em cima do palco. 

—E o que pode ser mais perfeito do que um piquenique no lugar onde sentimos mais em casa? — perguntou Louis subindo no palco e eu sorri e ele me deu um beijo na testa.

—Você está fria. — disse ele colocando as mãos na minha testa.

  —Digamos que no caminho eu recebi uma chuva forte. —disse e ele tirou o casaco e colocou sob os meus ombros. 

Eu sorri e sentamos no palco, ele abriu a cesta e o cheiro de pão fresco com geleia de Morango irradiou e despertou o meu estomago. Louis retirou o vidro de geleia, o pão, a faca e o café em uma cafeteira. Ele disse:  

—Eu preciso te confessar uma coisa. — disse ele me olhando nos olhos. 

  E respirou profundamente como se mexesse na alma.

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