Capitulo 13: "Liberdade" - parte 3

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—Bom, vamos te contar desde o começo, acho que é melhor. — disse Júlia.  

E Kim se endireitou na cadeira e disse:

—Estou toda a ouvidos. — disse ela simplesmente.  

—Bem, tudo começou quando Cassie se inscreveu como voluntária no desfile beneficiário da cidade. Ela sempre quis ser voluntária, ela é cheia de talento. Porém, o meu pai a tirou da lista de voluntários depois de tanto tempo não podendo.
Justamente por ela ser gorda, e negra. Ele acha que mancham a visão da cidade e do evento que será passado por todo o país. Porém, eu tive uma grande ideia de pedir que a minha mãe fizesse as roupas com ela, e de praxe chamasse as amigas que tem um cargo importante. Assim, Cassie estaria sendo vista de outra forma, como a figurinista da minha mãe das outras mulheres. —disse tranquilamente.  

—Muito genial por sinal. — disse ela e Júlia continuou.

—Sim. Então, viemos até aqui, vimos o número da empresa no Google, e decidimos tentar. Deu certo, e saímos de Chesterville em busca de termos um contato mais urgente com a Sra, acreditamos que, poderíamos passar a urgência do caso. E graças a Deus deu super certo. — disse Júlia.  

—Não trouxemos Cassie porque, queríamos surpreende-la. Tipo, queríamos que ela se sentisse vista e amada por todos ou reconhecida, e é totalmente justo com ela e com o talento dela. —disse e Júlia assentiu.

—Eu sei que o que estamos pedindo é uma loucura, a Sra ser quem é querendo cobrir ocaso de uma garota gorda e negra e sofrida. Mas, por favor, lembre-se de Cassie, e como a Sra começou com tudo isso. — disse Júlia quase suplicando.  

Eu achei aquilo bonito, a forma como Júlia pediu me deixou comovido, então, Kim anotou algumas coisas no papel, e disse:

—Bom, ficarei de olho em sua mãe, querido. E pode ter certeza, de que Cassie estara na minha coluna desse mês. —disse Kim e Júlia sorriu e eu comemorei.

O resto eu nem me lembro mais, só percebi o que tínhamos feito quando chegamos no carro e vimos que tinha dado certo. Júlia e eu entramos no carro e nós comemoramos, com gritos, abraços, e então o nosso telefone vibrou, era Cassie, e corremos para casa.

Ela não imaginava o que estávamos aprontando, e certamente, bateria em mim quando soubesse.

Dirigimos de volta para casa, e então, eu disse:

—Eu agradeço por ter aceitado essa ideia maluca. — disse a Júlia e ela deu de ombros e disse:

—Faria tudo pela minha irmã. — disse Júlia simplesmente.  

—O que diremos pra ela do nosso sumiço? — perguntou a ela que soltou um suspiro bem profundo e disse:

—Bem, não tenho a menor ideia. Eu só sei que estamos encrencados. — disse ela sorrindo e eu dei uma risada, nisso ela tinha razão.  

—Acha que vamos levar um sermão é? —perguntei e ela assentiu.

—Se ela não falar com a gente por duas semanas. —disse Júlia.

—Vai valer a pena. —Conclui e ela repetiu:  —Vai valer a pena. — disse ela.  

E seguimos a diante, a todo o vapor em direção a estranha principal, rumo a casa.

Apesar dos pensamentos e do medo constante, até que o plano tinha saído bem e o objetivo fora concluído com sucesso Restava-nos, aguardamos até o dia do desfile, que seria próximo.

Além das Aparências - Veja além das suas AparênciasOnde histórias criam vida. Descubra agora