—Bom, vamos te contar desde o começo, acho que é melhor. — disse Júlia.
E Kim se endireitou na cadeira e disse:
—Estou toda a ouvidos. — disse ela simplesmente.
—Bem, tudo começou quando Cassie se inscreveu como voluntária no desfile beneficiário da cidade. Ela sempre quis ser voluntária, ela é cheia de talento. Porém, o meu pai a tirou da lista de voluntários depois de tanto tempo não podendo.
Justamente por ela ser gorda, e negra. Ele acha que mancham a visão da cidade e do evento que será passado por todo o país. Porém, eu tive uma grande ideia de pedir que a minha mãe fizesse as roupas com ela, e de praxe chamasse as amigas que tem um cargo importante. Assim, Cassie estaria sendo vista de outra forma, como a figurinista da minha mãe das outras mulheres. —disse tranquilamente.—Muito genial por sinal. — disse ela e Júlia continuou.
—Sim. Então, viemos até aqui, vimos o número da empresa no Google, e decidimos tentar. Deu certo, e saímos de Chesterville em busca de termos um contato mais urgente com a Sra, acreditamos que, poderíamos passar a urgência do caso. E graças a Deus deu super certo. — disse Júlia.
—Não trouxemos Cassie porque, queríamos surpreende-la. Tipo, queríamos que ela se sentisse vista e amada por todos ou reconhecida, e é totalmente justo com ela e com o talento dela. —disse e Júlia assentiu.
—Eu sei que o que estamos pedindo é uma loucura, a Sra ser quem é querendo cobrir ocaso de uma garota gorda e negra e sofrida. Mas, por favor, lembre-se de Cassie, e como a Sra começou com tudo isso. — disse Júlia quase suplicando.
Eu achei aquilo bonito, a forma como Júlia pediu me deixou comovido, então, Kim anotou algumas coisas no papel, e disse:
—Bom, ficarei de olho em sua mãe, querido. E pode ter certeza, de que Cassie estara na minha coluna desse mês. —disse Kim e Júlia sorriu e eu comemorei.
O resto eu nem me lembro mais, só percebi o que tínhamos feito quando chegamos no carro e vimos que tinha dado certo. Júlia e eu entramos no carro e nós comemoramos, com gritos, abraços, e então o nosso telefone vibrou, era Cassie, e corremos para casa.
Ela não imaginava o que estávamos aprontando, e certamente, bateria em mim quando soubesse.
Dirigimos de volta para casa, e então, eu disse:
—Eu agradeço por ter aceitado essa ideia maluca. — disse a Júlia e ela deu de ombros e disse:
—Faria tudo pela minha irmã. — disse Júlia simplesmente.
—O que diremos pra ela do nosso sumiço? — perguntou a ela que soltou um suspiro bem profundo e disse:
—Bem, não tenho a menor ideia. Eu só sei que estamos encrencados. — disse ela sorrindo e eu dei uma risada, nisso ela tinha razão.
—Acha que vamos levar um sermão é? —perguntei e ela assentiu.
—Se ela não falar com a gente por duas semanas. —disse Júlia.
—Vai valer a pena. —Conclui e ela repetiu: —Vai valer a pena. — disse ela.
E seguimos a diante, a todo o vapor em direção a estranha principal, rumo a casa.
Apesar dos pensamentos e do medo constante, até que o plano tinha saído bem e o objetivo fora concluído com sucesso Restava-nos, aguardamos até o dia do desfile, que seria próximo.
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Além das Aparências - Veja além das suas Aparências
RomanceVocê já parou para pensar que suas palavras podem interferir na vida de outra? Não acredita nisso? Tem certeza? Pois eu vou te contar uma história de uma garota normal, que ela me fez pensar duas vezes antes de responder alguém ou até mesmo fazer um...