Além das Aparências - Veja além das suas Aparências

Capitulo 29: " Um jeito nisso"

—Louis onde o Sr. vai? —perguntou Luiza me olhando enquanto passava furioso por ela.

—Vou resolver um problema, por favor, fique com Cassie até que eu volte. —disse pegando a chave do carro e descendo em direção ao estacionamento da empresa.

Eu estava furioso, meu sangue inteiro fervia, como aquele cara podia fazer aquilo com ela? E será mesmo que ele achava que ela estava sozinha? Eu deveria ter ido junto com ela. Entrei no carro, e bati a porta com violência, se achou que ela estava só, ele achou muito errado. Agora, Cassie tinha a mim e eu faria o impossível para protegê-la.

Estacionei freando na entrada da empresa, a atendente vendo a minha expressão se colocou de pé e disse:

—O que o Ser deseja? —perguntou ela em estado de alerta.  

—Gostaria de falar com o Erick, ele se encontra? & perguntei a ela, ela me olhou do alto a baixo e disse:

—Tem hora marcada? —perguntou ela me olhando com receio.

—Não, mas eu juro que o que eu vou falar com ele não demorará nenhum segundo. — disse cerrando o punho. 

  —Como se chama? — perguntou ela sentando lentamente e pegando no telefone.

—Louis. — disse firme.  

Ela discou o número no telefone, e conversou algumas palavras com alguém e colocou o telefone no gancho e disse:

—Pode subir. — disse ela indicando o elevador para mim.

Eu assenti com a cabeça em forma de agradecimento, e subi no elevador.

Assim que o elevador abriu as portas, a atendente me olhou com o mesmo olhar desconfiado, e disse:

—Louis certo? —perguntou ela me olhando: — Sobre o que gostaria de falar com Erick? — perguntou ela anotando o meu nome e eu disse:

—Tratar sobre negócios, sou de uma empresa de fotografia. — disse mantendo a raiva baixa.

—Só um instante. —disse ela discando outro número no telefone, e depois, colocando no gancho disse:

—Erick pediu que você entrasse, por gentileza. — disse ela indicando a única porta do ambiente inteiro.

   Eu assenti, e então, bati na porta e ele disse um “entre” arrastado.

Assim que eu abri a porta, Eric estava com um gelo no olho, e assim que me viu, colocou sob a bandeja e disse:

—Peço desculpas pela cena inconveniente, eu acabei sofrendo um acidente. —disse Erick me olhando de cima a baixo.  

Eu dei uns passos a sua frente, e me sentei na cadeira.  

Olhei ao redor, e imaginei Cassie sentando nesse mesmo lugar, olhando para os mesmos olhos, animada, esperançosa, cheia de vida.

Aquilo aumento a minha fúria, e então, ele disse:

—Minha secretaria informou que seria para uma parceria certo? — perguntou ele dobrando a perna direita na esquerda.

—Com certeza. — disse com a voz baixa e rouca.

—E como seria a sua empresa? Devo lhe informar que nós só fazemos parcerias com base no que precisamos. Com sujeição. —Disse Erick e eu abri um sorriso pelo canto da boca e disse:

—Curioso, eu já ouvi falar muito sobre você, sobre a sua empresa. E fiquei chocado com o fato de não obter nenhum reporto de cancelamento de parceria. — disse a ele, e ele se aproximou de mim, colocando os cotovelos na mesa e disse:

—Onde quer chegar? —perguntou ele desconfiado.  

Como se fosse uma presa no matadouro, eu avancei em Erick ficando de pé, ergui ele pelo colarinho e disse:

—Da próxima vez, que encostar o dedo em qualquer mulher que queira fazer parceria com você. Eu juro que faço você de um homem morto! — disse me aproximando bem da sua boca, e senti a respiração dele com a minha.  

Erick com os olhos arregalados, me olhou e disse:

—Ora só, você veio proteger Cassie é?! —Desdenhou ele de mim e abrindo um sorriso maléfico: —Não me admira. —disse ele com desdém.

Bruscamente, joguei Erick por cima da cadeira rotatória dele, e ele caiu cm tudo no chão por cima da cadeira, fui em cima dele, e deu um soco no seu rosto, o outro olho machucado e disse:

—Se acha o homem boa pinta, não é?! —disse suspirando: —Mas na verdade, é um covarde! —gritei e Erick começou a gritar por socorro, a secretaria entrou na sala desesperada, e vendo a cena, chamou os seguranças: — Dá próxima vez que tocar em um dedo ou se aproximar de qualquer mulher, eu caço você e acabo com a sua raça, está me entendendo? FIQUE LONGE DELA! — Gritei e dei outro soco, a porta se abriu, e os seguranças chegaram indo em minha direção.  

Eu ergui a mão como se estivesse rendido e disse:

—Não encosta em mim! — gritei vociferando: — Já estou de saindo! — disse e os seguranças deram um passo para trás.  

Erick dei uma risada debochada e disse:

—Ela faz assim com todos... —disse ele debochando e rindo, limpando a boca do sangue.

Eu me virei e disse:

—O que? —perguntei furioso.

—Ela vai te dispensar como fez comigo! Você vai ver. Aquela lá não vale nada! —gritou Erick tentando se colocar de pé.  

Eu olhei medindo-o do alto a baixo e disse:

—Você não sabe do que está falando. — disse avançando em direção a porta.  

—Não? Pois pague pra ver. Um dia, verá quem ela é de verdade! — gritou ele para mim, mas eu já havia saído pela porta.  

Ao invés de aliviado, eu estava mais furioso, meus dedos doíam, pulsando e se não fosse pela raiva, até chutaria que havia quebrado algum dedo. O que ele queria dizer com aquilo? Tinha que perguntar para Cassie, explicações.

Cerrando os dentes, fui em direção ao carro, bati a porta e me olhei no espelho retrovisor, eu estava suado, trêmula e suspirando. Fiz um exercício de respiração, e liguei o carro e dei a partida, dirigindo de volta para a empresa.  

Eu não sei o que tinha rolado entre Erick e Cassie, e sinceramente, pouco me importava. Mas, lá no fundo, eu estava incomodado. Lógico que eu não esperava que Cassie não se relacionasse somente comigo, ela era uma mulher incrível! Impossível não ver a sua luz, mas de certa forma, eu fiquei meio incomodado com aquela informação. Como Cassie podia se relacionar com um nojento como aquele?