Capítulo 13: "Liberdade" - parte 2

20 2 0
                                    

Com a mente lá no céu cheios de pensamentos, nem percebi que já tínhamos feito a metade do caminho na estrada.

E quando eu vi a placa que indicava Ohio, eu me surpreendi com a rapidez:

—Muito bem Louis, é o seguinte: Eu sou a Júlia Thompson, e você é o Louis Jackson. — disse ela tranquilamente.

—Porque está me lembrando os nossos nomes verdadeiros, eu sei o meu nome. —disse sem compreender. 

  —Porque eu estou tão nervosa que tenho vontade de gritar. —disse ela confessando: — Bem, você entra com a ideia do seu pai, aproveitando o fato deles já estarem presentes.
E sua mãe, terá que ser o foco de uma matéria então não se esqueça de usar a sua competência de persuasão, igual você usou pra convencer Cass a te beijar está bem? —falou ela e eu revirei os olhos.  

—Pode deixar, usarei o meu CHARME para convencer Kim, como eu nem usei quando beijei a Cass. —disse, contrapondo.  

—Até parece. — comentou ela debochando e então, acelerou em direção ao nosso destino. 

  Assim que estacionamos em frente do enorme prédio escrito com letreiros espelhados:

”Famous LTDA.” o meu estomago se revirou, eu estava totalmente aos nervos, em pânico e certo de que, algo daria errado nessa missão.

Minha mãe me telefonou assim que chegamos e o papo foi meio rápido:

—Filho, deu tudo certo. Cassie saiu daqui cheia de roupas para fazer, coitada. Nem imagina que seja para o desfile. —disse ela sorrindo: — E como estão as coisas por aí? — perguntou ela com atenção.  

—Chegamos agora em frente à empresa, e mãe, estou nervoso. —disse confessando.  

Minha mãe deu uma risada abafada e disse:

—Não esperava reação melhor, vá com calma e seja tranquilo. Não quero que você haja precipitado entendeu? — perguntou ela e eu sorri e de repente, me senti calmo.
Confiante. 

  Júlia fez um sinal para entrarmos, e eu desliguei o telefone, e respirei fundo. 

  —O que houve com o papo de irmos apresentáveis? — perguntei cochichando em frente a porta da empresa. 

  —Pensei melhor, acho que, se chegarmos lá com a sinceridade, podemos ser mais convincentes do que irmos cheios de coisas. — disse ela e eu gemi baixinho de nervoso:

—Vai dar tudo certo, só sorria e confia.   Entramos no enorme prédio, cheio de luzes, música eletrônica de desfile de moda, e todos os funcionários vestidos de Rosa Pink. Os olhos chegavam a arder de tanto rosa, nunca havia visto tanto rosa assim em toda a minha vida. Caminhamos então, em direção ao balcão, e uma moça sorridente e gentil nos atendeu, na placa onde ficava o nome estava escrito: Rosalind.  

—Olá, posso ajudá-los? — perguntou a Rosalind com gentileza.

—Oi. Falamos com a secretária da dona Kim e gostaríamos de conversar com ela pessoalmente. — disse Júlia com simplicidade.  

A atendente, olhou para Júlia e disse:

—Vocês têm hora marcada? — perguntou ela e Júlia me olhou e eu coloquei a mão na testa, era tão óbvio.

—Ah não, não temos. Porém, é um assunto bem importante e necessário e é sobre o desfile em Chesterville. —disse meio afobado.  

Nessa hora, o elevador se abriu, e uma moça japonesa, com rabo de cabelo e cabelos pretos, saiu desfilando, chegou até o balcão e disse:

—Rosalind, temos uma reunião para hoje? —perguntou ela olhando diretamente para a atendente, e ignorando a nossa presença.  

—Para hoje não Sra, mas, esses jovens estão querendo conversar com a Senhora.
Poderia atendê-los? — perguntou a atendente. A dona nos olhou, de cima para baixo e então, disse:

—O que vocês desejam? — perguntou ela me olhando e depois olhando para a Júlia.  

—Bem, é sobre o desfile de Chesterville. O desfile beneficiário. Sei que farão uma cobertura importante sobre o desfile na revista e portal online de vocês no site. —disse Júlia apressada, como se estivesse com medo de esquecer alguma coisa.

—Sim, e daí? — perguntou a Sra Kim.

—Bom, e daí que temos uma sugestão de quem vocês poderiam entrevistar e que estará impecável no dia do desfile. —disse eu falando com calma, mas, desesperado por dentro.  

—Hm mm... — disse ela parando e então, disse: — Muito bem, vamos até a minha sala. —disse ela por fim, indicando o elevador. 

  Júlia soltou um assobio bem baixo, e eu solte ia respiração como nunca tivesse feito por toda a minha vida. Subimos no elevador, minhas mãos estavam trêmulas e suando frio, e o segundo andar era muito mais luxuoso do que o primeiro: Com um enorme lustre no meio do ambiente, uma música mais calma, e o um carpete preto que dava um charme em toda o parecer de forro que parecia de madeira. Uma janela que dava a vista mais bonita que eu já vi, refletia a beleza de Ohio sem dúvidas.

A sra Kim então, entrou na sala dela e segurou a porta, indicou as cadeiras e então, fechou a porta e disse:

—Então, querem beber alguma coisa? — perguntou ela indicando o frigobar.

—Não, não. É muita gentileza sua. — disse Júlia e eu assenti.

  —Bem, então, o que tem em mente sobre essa pessoa do desfile? — perguntou a Kim, sentando em sua cadeira chique de escritório de gente rica.  

—Bem, eu sou o filho dessa mulher. Ela é a esposa do prefeito. Ela estará usando uma roupa bem bonita para o evento, e gostaríamos que existisse uma coluna falando sobre a sua roupa. —disse com simplicidade. 

—Interessante. Mas, vocês não são muito jovens para se importarem com assuntos sobre moda? — perguntou a Sra Kim desconfiada.

  —Bem, na verdade, queremos ajudar a nossa amiga: Cassie. Ela trabalha muito bem, e o sonho dela é ser reconhecida. —disse Júlia com simplicidade.

   —Muito legal da parte de vocês. — disse Kim simplesmente. 

—Sim, e depois do tratamento péssimo que o meu pai deu para ela. Fiquei revoltado. E soubemos que a Sra tem uma empresa incrível e cheia de reconhecimentos. — disse por fim, tentando usar um charme, e Júlia revirou os olhos.

  —Eu fico lisonjeada com a proposta de vocês, seu pai, o prefeito se comunicaram comigo. E como nossa empresa precisava de um evento beneficente anual para cobrir, decidimos dar uma chance para Chesterville. Mas, porque Cassie não está aqui com vocês? —perguntou Kim curiosa.

Júlia e eu demos uma olhada e eu abri um sorriso.

Era hora de pôr a Sra Kim, a par da situação por completa.

Chegamos até aqui, e não custava nada contar toda a verdade.

Além das Aparências - Veja além das suas AparênciasOnde histórias criam vida. Descubra agora