Após o ensaio fotográfico de Louis, ele dispensou a modelo e disse que o pagamento seria amanhã na empresa. Ele me olhou e sorriu e disse:
—Não acredito que você está aqui. — disse ele sorrindo e eu sorri timidamente.
—Nem eu, parece uma mentira. —disse sorrindo e ele assentiu e colocou a câmera na mochila preta enorme e colocou no ombro, e me ajudou com alguns rolos de tecido.
—E então, o que está aprontando? — perguntou ele me olhando com atenção.
—Bom, eu quero abrir uma empresa de moda e costura, um ateliê. Quero trabalhar por conta própria. Depois da demissão me vi perdida, completamente perdida. E eu não soube o que fazer em uma cidade tão grande assim. Então, entrei em contato com uma empresa de fotografia, e eles marcaram um horário amanhã as 14:oo horas. — disse.
—E deve estar ansiosa para isso então. -— disse ele me olhando e dizendo: — Meu carro está do outro lado da rua. — disse ele indicando a direção, e eu segui.
Atravessamos a rua, e ele parou em frente de uma caminhonete, eu olhei e disse:
—Esse é o seu carro? —perguntei surpresa.
—Sim. Parece um exagero para a Nova York, mas, esse possante, me ajuda nos projetos e casamentos e com os equipamentos de fotografia. Basicamente é aqui onde a magia acontece, é o baú da felicidade. —disse ele sorrindo e destravando o alarme e as portas.
Ele abriu a porta traseira, e colocou a bolsa com os equipamentos.
E então, abriu a porta do motorista e disse:
—Você não vai entrar? —perguntou ele e eu assenti, e puxei a porta do passageiro.
Sentei e coloquei o cinto de segurança, e ele colocou a chave na ignição e disse:
—Pronta? me leva até a sua casa? — perguntou ele com o mesmo sorriso de sempre, eu assenti e ele disse: — Continua dizendo o que estava dizendo. — disse ele retoricamente, e o meu cérebro fez um esforço danado para relembrar do que eu estava dizendo, e fazendo isso, eu disse:
—Então, tudo começou com a Madame Hillary, uma famosa empresária e estilista do ramo. Ela chegou no meu escritório e não gostou de mim, tipo, literalmente de mim.
Eu a tratei bem, mas, ela se sentiu totalmente ofendida com a minha aparência e criou textos e colunas que me difamaram, e principalmente, a Famous. Então, meio que Kim e o conselho não tiveram outra opção a não ser me transferir. Mas, pelo jeito, Madama não ficou satisfeita e ameaçou o pessoal porque, eu fui demitida sem nem ao menos ter conversado com Kim. —disse suspirando.—Cara, que mulherzinha ruim. — comentou ele dirigindo em direção do semáforo: — E o que você fez? Falou com Kim? — perguntou ele me olhando.
—Não, de jeito nenhum. Eu quase coloquei a empresa em falência. Eu decidi seguir o meu caminho, deixando isso para lá. Famous não merece, e Kim também. — disse olhando para o semáforo mudando de cor, do vermelho para o amarelo, e do amarelo para o verde.
—Eu compreendo que de certa forma, você trouxe transtornos Cass. Mas, e o seus direitos? Está desempregada agora. — disse ele comentando.
—Bom, eu sei disso. Mas, eu guardei um bom dinheiro na conta, graças a Deus por isso.
E também, estou em Nova York, a ter onde tudo é possível. Olhe só, nos reencontramos novamente. — disse comentando e ele sorrindo assentindo.—Por essa, eu não esperava. E Júlia? Como ela está? — perguntou Louis, seguindo a minha direção.
Eu parei, olhei para a frente e disse:
—Deve estar bem. Nunca mais conversamos depois que sai da Califórnia e me formei.
Ela foi segui os seus caminhos, e eu fico feliz por ela. —disse sorrindo, mas, falar de Júlia como se ela fosse uma velha amiga, me doeu.—Eu sinto muito por terem se afastado. —disse Louis doce e sutil como sempre.
Eu sorri e disse:
—É. O destino tem dessas, não é? Quer dizer, nem sempre podemos estar do lado de quem amamos. E isso é completamente normal. — disse sorrindo: — Moramos juntas no meu primeiro ano de faculdade, foi incrível! Não conhecíamos Califórnia direito, até mesmo ela que fez intercambio. Mas, nossos caminhos se dividiram, e com o emprego na Famous, acabei me afastando e ela também. inclusive, ela mora aqui em Nova York, pelo menos, até onde me lembro. —Disse sorrindo e indiquei o prédio na minha frente:
— Aqui, eu moro aqui. — disse sorrindo e ele estacionou o carro, e segurou na minha mão, o seu toque, me fez gelar por dentro.
—Olha só como o destino nos fez nos encontrar hoje, não planejamos por isso. Então, da mesma forma como nos encontramos, vamos encontrar Júlia também. — disse ele olhando para a minha mão e fazendo carinho nela.
De repente, me senti estranha. Como se um estranho estivesse me fazendo carinho, eu olhei para a sua mão, e vi o que me fez afastar por completo. Uma aliança de compromisso.
Limpei a garganta, e retirei a minha mão e disse:
—Você tem razão, o destino nos aproximou. Mas, não somos mais os mesmos. — disse e ele abaixou a cabeça e disse:
—Cass... —como se fosse um sussurro.
—Foi muito bom te encontrar, e obrigada pela força. E também, obrigada pela carona. — disse e abri a porta do carro.
Ele ainda ficou me olhando passar pela frente do carro e abriu o vidro e disse:
—Ei! — gritou e eu olhei para ele e disse:
—Me passa seu número, quem sabe na minha empresa não pode te ajudar. —disse ele e eu aproximei do vidro dele e disse:
—Tem caneta aí? _perguntei e ele sorrindo, foi bruscamente revirar no carro um papel e uma caneta.
Assim que ele pegou, eu passei o número e ele disse:
—Eu vou te ligar. — disse ele sorrindo e eu sorri de volta e entrei no condomínio, assim que eu entrei, o meu telefone tocou, e eu atendi:
—Alô?! — perguntei curiosa.
—Foi muito bom te ver. —disse ele e eu me senti quente.
—Foi muito bom te ver também. — disse e virei para a porta, e vi o carro dele saindo pela porta e o telefone desligou.
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Além das Aparências - Veja além das suas Aparências
RomanceVocê já parou para pensar que suas palavras podem interferir na vida de outra? Não acredita nisso? Tem certeza? Pois eu vou te contar uma história de uma garota normal, que ela me fez pensar duas vezes antes de responder alguém ou até mesmo fazer um...