Depois do hospital com Cassie e Júlia, retornamos para a casa de Cass, e ficamos a noite inteira vendo filmes de terror. Foram vários seguidos, um de cada vez, e não sei como, mas, Júlia acabou dormindo no sofá. Ficamos apenas eu e Cassie, e decidimos então, trocar de filme, quando o filme começou Cassie, apoiou a cabeça em meu ombro, e eu suspirei.
Ela então, disse:
—Acha que eu devo aceitar o convite da confecção do vestido de noiva? — disse ela realmente parecendo estar confusa.
—Sinceramente? eu acho sim. É uma oportunidade rara, e sabe-se lá Deus quando vai tê-la de novo. —disse a ela, e realmente estava sendo sincero.
—Eu penso nisso também, você viu como minha mãe estava. Fico preocupada em como ela vai reagir com tudo isso. — disse ela confessando.
—Eu entendo que esteja pensando em sua mãe, mas, pense na sua carreira. Você tem potencial para produzir esse vestido. —E ela me olhou nos meus olhos, e eu devolvi esse mesmo olhar.
—Às vezes eu penso no futuro sabia? — perguntou ela e eu ergui a sobrancelha curioso.
—É mesmo? E o que você pensa? — perguntei realmente querendo que ela desabafasse comigo.
—Em como será, e as vezes, bate um medo sabe? —disse ela suspirando.
—Eu sei bem como é Cass, eu também tenho a mesma sensação. Ao mesmo tempo que me sinto alegre e inspirado para viver sobre o futuro, eu fico com medo do que ele possa me proporcionar. — disse sorrindo e Cassie sorriu de volta.
—Seja sincero tá? —disse ela olhando para a tv.
—Sempre. — disse e ela deu uma risada.
—Bem, você gosta de mim? — perguntou ela e o meu coração disparou, o que eu poderia dizer? Negar? Seria uma baita mentira.
—Sinceramente? Gosto muito de você. —disse a ela, e ela surpresa me olhou e disse:
—Porque? —perguntou ela baixinho.
Eu parei, e então, disse:
—Quando estou perto de você, posso ser quem eu de fato sou. Posso gritar e sei que você vai me ouvir, posso chorar e sei que você vai me dar consolo. Vai muito além de uma simples reciprocidade, eu vejo beleza em seu olhar, vejo sinceridade quando eu preciso. Você é linda Cassie, uma musa para mim. — disse e ela negou com a cabeça e disse:
—Então, porque eu não me sinto assim? — perguntou ela baixinho
—Porque? Porque ainda não teve ninguém que te fez sentir assim. —disse baixinho próximo dos lábios dela, ela sorriu, e então, eu coloquei a mão em seu rosto.
Ela me olhou nos olhos, e eu não pude me conter. Dei um beijo em Cassie, no primeiro momento, ela me olhou surpresa, como se, realmente não soubesse o que viria a seguir. E então, algo surpreendente aconteceu, ela devolveu o beijo. E ali ficamos, nos beijamos por horas. E eu senti, cada molécula do meu corpo saltando de alegria, aquele de fato, seria o melhor momento da minha vida, e nenhum outro conseguiria me fazer sentir da mesma forma como eu me sentia.
Foi então, que deixamos de nos beijar, ela deu um sorriso bobo, e o seu olhar brilhava mais do que as estrelas, ela encostou a cabeça no meu peito, e adromeceu ali mesmo. Demorei para pegar no sono, mas quando dormi, eu me sentia nas nuvens.
Acordei e olhei no relógio, era umas 4 da manhã, eu estava com Cassie ainda deitada sob o meu peito. Era impressionante o como ela ficava linda até mesmo dormindo.
Olhei no meu celular, e vi 5 chamadas perdidas da minha mãe, era óbvio que eu estava encrencado, mas, para mim não fazia tanta importância. Se o meu pai era controlador, já minha mãe era o oposto, e por vezes, me pegava pensando em como pessoas tão diferentes, poderiam estar juntas. Meu pai dizia que era perseverança, e já minha mãe, dizia que era sorte de principiante, e era engraçado como eu achava que era os dois.
Pensando nisso, acabei sendo tomado por um sono, e novamente adormeci.
Quando acordei, Júlia estava rindo na cozinha, e Cassie já não estava mais encostada no meu peito.
—Bom dia dorminhoco. — disse Júlia rindo e pulando no sofá.
—Céus! eu estou quebrado. —disse bocejando.
—Dormir no sofá é horrível né? — perguntou Júlia me olhando com um olhar animado.
—Nem me fale, é péssimo. Que horas são? —perguntei olhando no celular, eram 9:30 da manhã.
—Cassie subiu, foi tomar um banho. O dia ontem foi uma barra para ela. —disse Júlia suspirando.
E eu assenti.
—Ela me contou que vocês dois ontem se beijaram, eu achei um máximo. Finalmente pararam de frescuras. —disse ela sorrindo.
—Isso não tem graça. Estou faminto! — comentei e a minha barriga roncou.
—Sua sorte é que tem pão fresquinho que eu fui buscar, se não morreria de fome. — disse Júlia tranquilamente.
—Muito obrigada pelo conforto. — disse eu suspirando e levantando em direção da cozinha.
Assim que eu preparei o meu pão, Cassie chegou, sorridente, e me deu um abraço pelas costas.
Eu sorri, e então, disse:
—Bom dia, princesa. — disse e ela sorriu e me deu um beijo.
O telefone de Cassie tocou, era sábado, e não tínhamos nenhuma pretensão de sairmos. Porém, aquele telefonema, mudou o nosso dia completamente.
E a voz que Cassie fez, foi de partir o coração:
—Eu entendo pai, eu entendo. — disse ela rouca.
Júlia me olhou confusa, e eu dei de ombros sem entender nada.
—Porque não é da sua conta! — exclamou ela com fúria:
— Vocês nem estão mais casados, porque o Senhor se importa?! — questionou ela com desdém.
Mais silêncio e então, ela disse:
—Estou indo aí. —disse por fim.
—O que houve Cass? —perguntou Júlia confusa.
—Meu pai! — exclamou ela para mim e para Júlia: —temos que ir ao hospital. — disse ela por fim, e colocando o sapato.
Quando saímos pela porta, meu telefone tocou, era o meu pai e então, tive que atender:
—Oi pai. — disse tranquilamente.
—Onde você pensa que está? sumir assim? sem avisar. —disse o meu pai com uma voz de fúria.
—Bom, eu avisei a mãe que estaria com Cassie. — disse tranquilamente.
—Estaria e não passaria a noite. virou um vagabundo?! _ Perguntou ele com um tom de voz que eu já conhecia.
_Pai, não precisa para tanto. — disse rapidamente.
—Venha para casa! — ordenou ele: — Te quero aqui! —disse ele e desligou o telefone.
Cassie e Júlia, se viraram para mim, e então, eu disse:
—Reunião com o prefeito. —disse dando os ombros.
Cassie assentiu, e me deu um beijo, Júlia fez o toque e saiu em disparada com Cassie.Eu peguei a bicicleta, e fui em direção a minha casa. Já sabendo da bronca que eu levaria.
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Além das Aparências - Veja além das suas Aparências
RomanceVocê já parou para pensar que suas palavras podem interferir na vida de outra? Não acredita nisso? Tem certeza? Pois eu vou te contar uma história de uma garota normal, que ela me fez pensar duas vezes antes de responder alguém ou até mesmo fazer um...