Capítulo 20: "Nova Fase"

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promoção no trabalho, e a novidade, ela estava namorando, finalmente com um homem só e o melhor, ele era sóbrio. Eu considerava aquilo um milagre, até porque, nenhum homem da cidade era sóbrio, e era por isso que ele não era daqui. Coloquei o meu jantar para cozinhar no micro-ondas, quando, o meu telefone tocou e era o meu pai:

—Oi minha querida, como você está? — perguntou e com atenção. 

-—Oi pai, estou bem e o Sr? — perguntei a ele e ele deu uma risada leve e disse:

—Com saudades. Desculpa não te ver depois do hospital, estamos agilizando o casamento. Falando em casamento, já fez o designer do vestido? — perguntou ele com atenção.

   —Claro, claro. Vou te enviar por e-mail, coloquei recomendações de tecido para a costureira, acho que ela acerta o tecido. Sua futura esposa ficara linda! — exclamei.  

—Não sei o que faria sem você Cassie querida. E aí novidades? —perguntou ele e eu suspirando disse:

—Abriu as inscrições da faculdade pai, aquela que eu te falei, a faculdade dos meus sonhos. Porém, estou com medo de não passar. —disse, me sentindo nervosa por confessar aquela coisa para o meu pai.

  —Filha, querida, você é a pessoa mais capaz e inteligente e talentosa que eu já vi. Por essa razão sei que você vai se sair bem. Lembra do que a terapeuta disse é?! —Perguntou o meu pai e eu repeti a frase da doutora Hellen.

—“A vida, Cassie, vai muito mais além das Aparências.” Eu sei, eu sei pai. Eu só, estou nervosa. —disse e ele disse carinhosamente:

—Você vai consegui, acredito no seu potencial. É só fazer aquilo que mais ama, é só focar nisso. — disse ele me acalmando, e de fato, fiquei mais calma. 

Assim que desliguei o telefone, peguei o meu jantar, e subi para o meu quarto. Abri o notebook, e pesquisei a faculdade dos meus sonhos, no site, estava escrito:” Faça sua inscrição aqui”, e ali eu cliquei, e senti a gota do suor descendo na minha testa.

Assim que terminei de me inscrever e fazer o vestibular, corri para baixo porque minha mãe e Fernando haviam chegado para jantar. Passamos uma noite muito agradável, e Fernando pediu a mão da minha mãe em noivado, o que foi uma baita alegria. Júlia me mandou uma mensagem perguntando se eu havia feito a inscrição e eu dissera que sim, e ela me enviou um áudio explodindo de alegria e felicidade. 

15 dias depois: 

Júlia pegou folga naquele dia, muita sorte, e eu fiquei cobrindo a hora dela, quando chegou no período da tarde, ela entrou na lanchonete toda alegre e feliz:

—Cass, você não vai acreditar! — comentou ela me mostrando um envelope fechado. 

—O que foi? o que tem ai? —perguntei limpando a mesa.  

—Parece que é a carta da universidade! —cantarolou ela me mostrando o envelope. 

—Como você pegou a carta? — perguntei desesperada e puxando da mão dela.  

—O carteiro me deu, ele ia entregar na sua casa. Agora, abre! —disse ela batendo palmas.  

Eu abri a carta com o coração na mão, e quando li as primeiras palavras, eu chorei.

—O que foi? O que foi? —repetiu ela me olhando com atenção: —Não passou? Passou? O que foi mulher! — comentou ela puxando a carta da minha mão e lendo ela mesma. 

—AI, MEU, DEUS! —exclamou ela me olhando surpresa: — CASS VOCÊ CONSEGUIU!
VOCÊ PASSOU! _ Gritou ela no meio do restaurante.

Eu estava trêmula, as passagens, a faculdade tudo iria ser pago. Eu havia conseguido 100% de bolsa.

  —Eu não estou acreditando! — exclamei sorrindo para ela e ela me abraçou e começou a pular no meio da lanchonete. 

—NÓS VAMOS PARA CALIFÓRNIA! — Disse ela gritando e todos em nossa volta nos olhando.

  Depois daquele dia, até o dia da viagem, ficamos o dia todo planejando e escolhendo um apartamento para dividirmos, e quando finalmente entramos em contato com a proprietária e ela disponibilizou o imóvel e a papelada, começamos a ir para a companhia aérea.

Pegamos o voo depois de dois dias de despedidas, nossos pais reunidos chorando e desejando Boa sorte, e na manhã seguinte, pegamos o avião e voamos rapidamente para Califórnia, a cidade coberta de turistas, mar e sol radiante. A faculdade, ficava 10 minutos de distância do apartamento, e por essa razão, decidimos ficar com ele. Eu havia prometido aos meus pais que ligaria todos os dias assim que embarcasse, e apesar de Júlia e eu acharmos um exagero chegarmos de avião de Chesterville até a Capital, queríamos chegar com estilo e bons ares na nossa nova cidade. 

Assim que colocamos o pé direito na nossa nova casa, eu me senti renovada e cheia de esperança, o ano letivo da faculdade não havia chegado, ainda tínhamos o resto do fim de ano, até fevereiro para enfim, estudarmos. O nosso novo apartamento era bem pequeno, com poucos moveis e dois beliches em dois quartos. E a dona do imóvel deixou que pagássemos o aluguel depois das festas de fim de ano, e ficamos gratas por essa generosidade. 

—Muito bem dona estilista de renome. &e eu dei risada com Júlia dizendo aquilo: —Agora, temos que ir fazer compras no mercado para não passarmos ofme. —disse ela me olhando e eu assenti.  

&Duro é que não conheço nada daqui, trouxe um mapa? — perguntei e Júlia sorrindo disse:

—Bem, veja bem querida, eu morei aqui por um bom tempo. Ou seja, sei essa cidade de cor, logo, aprenderá também. É molezinha. —disse ela dando de ombros. 

—Eu realmente espero, eu estou nervosa com tudo isso. E ainda temos que desfazer as malas, comprar artigos para o apartamento, fazermos uma bela faxina, e pintarmos esse local porque está bem acabado. —disse olhando ao redor.

  —Ei teremos todo o tempo do mundo para fazer isso bonitinha, temos todo o tempo do mundo! — disse Júlia se jogando no sofá coberto com o lençol branco, e a poeira saltou-se por cima do móvel e ela soltou um grande e desjeitoso espirro. 

—Acho melhor começarmos pela limpeza então. — disse sorrindo, e eu peguei a cartela de remédio e tomei o meu para a ansiedade.

Além das Aparências - Veja além das suas AparênciasOnde histórias criam vida. Descubra agora