Capítulo 28: "Fantasmas do Passado"

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—Sempre soube que você era forte, eu tenho tanto orgulho de você. Queria tanto estar do seu lado segurando a sua mão e fazendo você sair daquele hospital horroroso. —disse ele segurando a minha mão.  

—Eu não acreditava na minha força, mas, você vivia me dizendo isso. Hoje eu sei que sou forte, e capaz de segurar. — disse sorrindo.  

E ele sorriu e beijou a minha mão, depois da lanchonete, Louis e eu fomos caminhar pelas ruas de Nova York, Louis tinha as histórias mais loucas em cada estabelecimento.
Era impressionante como ele se lembrava de tudo, e todos se lembravam dele.

Depois, fomos para a minha casa, eu decidi fazer um almoço para nós, e Louis jurou que sabia cozinhar, mas eu pedi que ele segurasse a frigideira e ele acabou derrubando tudo no chão, o que só custou trabalho dobrado. E quando finalmente conseguimos almoçar, já era hora de Louis retornar para a casa dele e seguir para a empresa, me desejou boa sorte e saiu, logo depois de um beijo na testa, claro.  Depois que Louis se foi, a casa ficou bem vazia, mas não deixei me abalar aquela situação, fui no banheiro, tomei um banho e fui retocar os últimos detalhes para a reunião de negócios. E quando o relógio bateu 14:30, eu sai de casa e chamei um táxi, colocando os figurinos muito bem colocados e com cuidado.  

Assim que o táxi estacionou em frente a enorme empresa, eu prendi a respiração, e então, peguei os figurinos, paguei o táxi e fui de cabeça erguida em direção a empresa.
Dei o meu nome para a recepcionista, e ela me pediu que eu aguardasse um instante, e quando a minha vez chegou, eu fui de cabeça erguida confiante.

Entrei na sala, e lá estava o dono da voz familiar, Erick sorrindo para mim e dizendo:

—Cassie! Que prazer enorme te ver. — disse ele comentando para mim com os braços abertos.  

—Erick! Que surpresa. — disse sorrindo.  

—Eu não pude recusar a sua presença na minha empresa, você é uma artista sensacional! —comentou ele sorrindo e indicando a cadeira: — E pelo visto, veio preparada para o embate. — disse ele apontando para os sacos de vestidos prontos.  

—Era você no telefone? — perguntei confusa.  

—Deveras. Eu como chefe saio mais tarde, é de praxe. Mas, quando eu vi que era você, fiz questão de marcar imediatamente. E se, está pensando em trabalhar para mim eu topo. — disse ele abrindo os braços, e eu engoli a seco.  

—Não para você, mas, com você. — disse bruscamente, e ele erguendo a sobrancelha e fazendo o sorriso aparecer disse:

—Interessante, muito interessante. Quer trabalhar para mim? — perguntou ele me olhando curioso.

   —E diga-me, o que acha que eu posso fazer por você? —perguntou ele me olhando, e sentando na cadeira giratória.  

—Eu preciso de um patrocinador Erick, alguém que me dê um respaldo em cima da minha empresa. Alguém que me ajude. — disse olhando fixamente a ele. 

  —E qual seria o seu negocio? — perguntou ele se aproximando com os cotovelos na mesa.   Eu olhei de cima a baixo para ele e disse:   —Vou abrir uma empresa de moda e designer, confecção de roupas. Coisas do meu ramo. Então, preciso de um fotografo que trabalhe ao meu lado para fazer a divulgação da empresa, e vocês recebem através deles. É simples. — disse encostando com as costas na cadeira.  

—É simples? Então, você precisa da minha ajuda e quer determinar os valores por aqui?
Meu bem, a minha empresa é multe nacional, não pode se aliar com empresas pequenas e nem que existem ainda. —disse ele debochando. 

  —Erick, você conhece a minha índole. Conhece o meu trabalho, sabe do meu talento e sabe que ele vai fluir e trazer retorno. —disse a ele, e ele Debochou.

—Sinto muito querida, mas, se quiser a minha ajuda, você terá que trabalhar para mim. E com as minhas condições. — disse ele erguendo a sobrancelha. 

  —E quais suas condições? — perguntei e ele me olhou, se levantou da cadeira, e com passos firmes veio na minha direção, passou por trás de mim, e beijou o meu pescoço bruscamente.  

Quando senti o seu toque, me levantei e dei um soco no olho dele.

Ele cambaleou para trás, mas não caiu e então, eu disse:

—O que pensa que estava fazendo? — perguntei furiosa.  

—Oras, o que você merece. Além de Gorda, é negra! — comentou ele com um olhar de nojo e desprezo. 

  —O que eu fiz para você? — questionei já ficando exaltada.  

—Você?! nada. Só que você gostava de mim, não é?! Gostava do meu toque. — disse ele se aproximando, eu olhei com um nojo e disse:

—Tire as suas mãos imundas de mim, e se encostar novamente, não será o seu olho que vai ficar roxo. Posso ser gorda sim, e negra também. Mas homem nenhum vai se aproveitar de mim. — disse furiosa, saindo pela porta do escritório.  

Erick, apareceu na porta da sala dele com a mão no olho e disse:

—ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! — Gritou ele para mim.

—AH VAI PARA O INFERNO! — Gritei de volta, e a porta do elevador se fechou.

Trêmula, nervosa, sai do elevador meia tonta e meia perdida, não acreditava que Erick havia feito aquilo comigo. Peguei o telefone, e liguei para Louis, discando o seu número com mãos trêmulas. Louis atendeu e disse:

—Cass, e aí como foi na reunião? — perguntou ele atencioso como sempre.  

—Louis... —disse suspirando, e comecei a chorar.

   _Querida, o que houve? & perguntou ele preocupado.

—Louis.... —Repeti, e comecei a contar, quando terminei, só consegui ouvir Louis dizer:

_Esse filho da.... — e o nervosismos tomou conta de mim, eu nunca havia passado por aquilo antes. Estava me sentindo enojada, usada, como se alguém tivesse me usado, eu me sentia suja.  

—Aguarde aí, meu amor. Estou indo até você. — disse ele e desligou o telefone.  

Passou apenas 15 minutos, Louis chegou bruscamente com o carro, abriu a porta e com uma velocidade absurda, me abraçou e disse:

—Ele a machucou? Cassie, ele te machucou? —disse ele ferozmente, com uma pressa absurda.

Eu neguei com a cabeça, e ele me puxou para mim e me deu um abraço e disse:

—Oh meu amor, eu sinto muito. Eu prometo que vou quebrar com a cara dele, eu prometo. —disse ele me abraçando, nos braços de Louis, eu danei a chorei.  

Copiosamente, tremendo, suspirando, com medo ao meu redor. Louis me colocou no carro, e juntos ele me levou para a empresa dele.

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