Capítulo 78

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Ele repete as notas novamente e assim treino por um bom tempo. Quando finamente consigo pegar o jeito, peço para parar um pouco e descansar. Era cansativo treinar algo que nunca pratiquei antes, mas queria deixá-lo feliz. Se é importante ele se sentir útil e ensinar algo a mim, não posso perder a oportunidade de aprender. Gosto de ver ele feliz, principalmente quando ensina algo que gosta, para alguém que gosta. Dá de ver o brilho em seus olhos quando fala do piano. Além de ele ser sempre atencioso e cuidadoso para que eu aprenda rápido, e com paciência. Digno de um verdadeiro professor de piano!

— E aí? Fui bem professor?— sorrio o olhando ao acabar de tocar.

— Muito bem!— ele sorri de volta e me dá um selinho.

— Obrigada.— agradeço.

— Pelo quê?

— Por me acalmar, e por aparecer na minha vida.— seguro sua blusa e o puxo para um beijo.

— Quer fazer outra coisa agora? — ele pergunta ao nos afastarmos.

— Tipo?

— Não sei. Apenas ficar em silêncio com você já basta!

— Mas eu não posso ficar, mamãe nem sabe que eu estou aqui. E se ela descobrir eu tô ferrada.— digo nervosa.

— Ah...— ele coloca um fio de cabelo atrás de minha orelha e segura o meu queixo.— Vou cobrar amanhã.

— Pode cobrar.— sorrio e olho em seus lábios indo o beijar. Após nos afastarmos ficamos um tempo nos encarando em silêncio.— Eu já disse que amo os seus olhos?— digo hipnotizada com seu olhar.

— Eu já disse que amo o seu sorriso?— ele sorri bobo me fazendo sorrir.— Eu já disse que amo você toda?— ele me beija.

— Seu olhos são como o mar cristalino, sabia? E eles me trazem a sensação de paz, e de lar.

— E os seus são tão marrons quanto à terra. Que me traz a sensação de conforto e de casa— ele sorri. Sorrio boba com suas palavras doces e selo nossos lábios com um selinho demorado. Que logo se transformou em um beijo lento e sincero. Ambos não queria que aquilo acabasse. Mas para meu azar, eu precisava ir. Sacrifícios são necessários às vezes.

— Eu preciso ir.— levanto e pego minha mochila.

— Ah! Eu não quero que você vá. Meu mundo fica cinza sem você sabia?— ele diz emburrado. Rio.

— Então sua vida era cinza antes de ficamos juntos?— sorrio com as sobrancelhas erguidas. Não acho que ele estava triste sem mim.

— Era, não sei como eu aguentei até aqui, acho que se você tivesse me rejeitado por mais um tempo eu morreria— ele faz um biquinho triste fazendo um drama imenso que me arrancou um riso frouxo. Ele é muito dramático. Vou até ele dando um selinho.

— Você é muito fofo sabia?— sorrio olhando em seus olhos.

— Ah! Que nada, eu sou safadão.— ele sorri ladino e segura minha cintura me puxando para perto dele.

— Ah!— dou um gritinho surpresa.— Você é perfeito, só isso.—  sorrio. Ele sorri de volta colocando uma mexa de cabelo atrás da orelha e segura meu rosto indo me beijar.

Nos afastamos enquanto ainda nos encaramos. Eu queria muito ficar ali, com ele, mas se a mamãe descobrir vai sobrar para mim. E não quero arrumar mais brigas.

— Agora eu realmente preciso ir.

— Ah tá bom! Nos vemos amanhã?

— Sim.— sorrio dando um selinho.

Eu e Você- Entre amor e ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora