Capítulo 89

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— Hanna, até que enfim! Achei que tinha largado o emprego.

— Desculpe. Ouve um imprevisto e—

— Não precisa se explicar. Se você preserva seu emprego você não vai mais faltar. Correto?

Achei que ele estar mais bravo, mas está tranquilo. Que estranho...

— Certo.

— Ótimo. Então Hanna, queria que você falasse com sua mãe, para ela vir aqui na escola, amanhã depois da aula.

Que estranho, ele não atende pais de alunos depois do horário de aula. E por qual motivo ele quer falar com minha mãe?

— Por quê? Eu fiz algo de errado?

— Não exatamente, só quero falar de uma coisa.

Estranho. Ele nunca pediu para falar com ela antes, mas, acho ,melhor eu não me preocupar com isso. Não deve ser nada, eu acho...
Mas é melhor eu não perguntar e acabar sendo inconveniente.

— Como quiser senhor diretor. Se me der licença, tenho que abrir a biblioteca.— digo.

— Está bem, depois vai na minha sala para acertar o salário.

— Está bem.— digo e entro. Ele sai em seguida.

Nem lembrava que já era hora do meu salário, não verdade, esqueci desse detalhe. Como trabalho meio período é só meio salário, e com a Pri é o mesmo. Mas, como as duas mora na mesma casa, é como se você um salário inteiro.

Assim que entro na biblioteca, sento-me na cadeira de sempre e abro meu caderno para verificar quem devolveu ou não.

Os alunos já estavam na escola, só falta virem aqui. Mas eles vêm mais no recreio, ou no meio da aula, quando com certeza mentem que é algo importante. Bom, eu já dei essa desculpa uma vez, quando eu não queria ir para a educação física fazer dupla com o Luka no vôlei duplo. Só voltei cinco minutos antes de acabar a aula.

[...]

Enquanto eles não vem, vou pegar um livro para ler. Qual vou escolher hoje...

Observo cada livro passando meu dedo sobre as lombada coloridas. Eu sinceramente queria ler todos, mas vou ficar com um clássico que já deveria ter lido a muito tempo: A Elite. Eu li o primeiro e esqueci de ler o resto. Sou assim mesmo, me distraio com as capas de outros livros e esqueço das sequências.

Assim que o pego volto para minha mesa. Cheiro o livro e a admiro e a capa antes de ler. Assim que abro vejo à porta abri e olho para lá. Leitor não tem um dia de paz! Era aquele menino que vi há um tempo, onde ele pegou aquele livro lá que não lê, bronze. Está anotado aqui. O menino dos olhos verdes.

— Oi, eu vim devolver o livro.— ele diz timidamente.

— Claro, você é o?— sorrio confusa.

— Renan Asddiny, do segundo ano.

— Ah é mesmo!— procuro seu nome e o risco.

— Pode deixar o livro aqui.— pego.— Vai pegar outro?

— Vou.

Ele sai e eu arrumo o livro da mesa para ele ficar reto e depois abro o meu livro para ler.

— Com licença.— ele diz timidamente me fazendo tirar a atenção do livro.

— Ah! Desculpe. Qual o nome do livro?— pergunto pegando a caneta olhando para o caderno.

— Quer sair comigo?

— Quê?— olho pra ele.

— É... As Vantagens de ser Invisível.— vejo que ele estava vermelho e que olhava para baixo. Ele não estava mesmo me chamando para sair né? Confesso que deixei um riso escapar.

Eu e Você- Entre amor e ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora