Eu e Você- Entre amor e ódio

Capítulo 92

Chego na escola, e já entro na biblioteca. Espero os alunos entrarem enquanto pego um livro para ler. Os sonhos de Gemini. É um livro do Brasil que tem aqui na biblioteca. Tem uma seção de livros de outro país, principalmente do Brasil. Lá tem grandes escritoras.

Começo a ler o livro até os alunos chegarem e tirarem minha atenção para eles.

Não foram muitos alunos, mas também não foram poucos. Eu até ajudei um aluno do quinto ano levar os dicionários. Mas, o melhor daqui, é que você virá amiga dos alunos. Pois já estou conversando com uma menina do sétimo ano super simpática de cabelos louros. Ela está enrolando para ir para aula, então estou ajudando ela indicando os melhores livros segundo minha visão. Só depois de um tempo que vi que ela não ia embora tão cedo, que liberei ela para não me causar problemas. E assim ela foi não muito contente.

[...]

Meu turno estava quase no final, e já tinha lido grande parte do livro, quando vejo Luka adrentando a biblioteca.

— Oi minha princesa!— ele vem até mim e levanto

— Oi meu amor.— sorrio. Ele vem até a mesinha e me dá um beijo.

— Você está divina amor— ele me olha de cima a baixo—, trouxe pra você.— ele me mostra uma flor vermelha.

— Obrigada amor!— sorrio surpresa pegando a flor. A cheiro e noto que ela era real, e muito cheirosa.— Mas qual o motivo flor?

— Nenhum, só queria te agradar.— ele coloca uma mexa de meu cabelo atrás da orelha.

— Ah! Obrigada, não precisava.

— Precisava sim! Só não te trouxe um buque porque vamos ver seu pai.

— Ah é! Esqueci de se detalhe.— sorrio e olho no relógio em meu pulso.— São cinco e vinte cinco. Eu já posso ir embora.

— Tá bom, então vamos.

Guardo o livro na seção dele, depois fechamos a biblioteca e saímos. Assim que entro em seu carro sou surpreendia por ele abrindo à porta para mim. Depois, fomos até o lugar que combinamos para o ver.

Confesso, cada vez que o carro andava eu me sentia mais nervosa ainda. Minhas pernas estavam bambas, minhas mãos soando, minha barriga embrulhada e só de pensar que ele é meu pai e traiu minha mãe, meu coração fica sem resposta. Estou com medo da nossa conversa, tenho medo de odiá-lo para sempre, ou perder mais uma vez meu pai.

Quando finalmente chegamos meu coração para junto. Eu estou tão nervosa que acho que vou desistir desse encontro. Sei que é mancada, mas não sei se consigo.

— Ei, vai da tudo certo.— Luka segura minha mão e em seguida me dá um selinho.— Me liga depois e eu te busco.— ele diz por fim.

— Esta bem.— digo assentindo nervosa.

Em seguida, descobri do carro com passos lentos. Cada passo parecia que meu coração ia sair da boca. Eu nunca tive momentos de pai e filha, nunca fiz homenagem de dias dos pais, nunca soube o que é ter um pai se não fosse pela relação de Matthew e Luka nunca iria saber como são os pais com os filhos. Isso é muito estranho, eu estou indo ao encontro de meus pai. Aquele que me fez, que era para ficar comigo desde que nasci. O mesmo que traiu minha mãe e a machucou tanto. Será que isso merece perdão?

O vejo sentado em uma mesa me esperando e vou até ele. Pensei em correr, mas ele já tinha me visto e seria marcada deixá-lo plantado.

Me sento em sua frente e espero ele inicar o assunto. Eu não sei o que dizer, então se depender de mim vamos ficar nos encarando que nem bobos aqui.