Termino de comer e subo para o quarto. Provavelmente não vou sair hoje. Então me sento na mesa e começo a escrever o meu livro que fazia dias que não escrevia. Os dias da minha personagem estão cada vez mais monótonos, mas, ela está cada vez mais feliz. Fico chocada só de saber que sou eu. Isso é como uma auto-análise. E segundo meu livro, está tudo sob controle.
Agora só preciso focar em uma coisa: provas finais, campeonato, faculdade e trabalho. É tão chato ter que crescer. Mas preciso disso para meu futuro.
Já estou perto do final do ano, então tenho que fazer redações para já ir estudando para as provas. O campeonato só posso treinar na escola, e está tudo indo bem por enquanto, só preciso contar com os meninos para ganhar. A faculdade, já decidi o que quero fazer, faculdade de letras. Só preciso achar uma universidade boa, e que seja barata para eu estudar. E por isso, que tenho que trabalhar bastante. Para conseguir pagar com meu próprio dinheiro.
Agora o que eu posso fazer é trabalhar e pesquisar sobre as faculdade. Inclusive, vou dar o dinheiro para Pri antes que me esqueça.
Levanto e vou até seu quarto.
Quando ia bater ouço barulhos de conversa e me inclino na porta para ouvir. Sei que é errado, mas eu pedi para Pri conversar com mamãe sobre a festa do pijama, então pode ser isso que elas estão falando.
— Você precisa parar de superproteger a Hanna. Ela já é grande, sabe o que faz. Você não vai poder esconder pra sempre sobre o papai. Uma hora ela e a Lunna vão descobrir.
Espera... o quê? O que o papai tem haver com tudo isso? Descubrir o quê? Como assim me superproteger?
— Eu sei, mas eu não quero que elas saibam. Não estou preparada para isso. Elas vão ficar muito bravas.
— Mas tirar elas do colégio não é a melhor opção!
Tirar a gente dá escola? Como assim? Mamãe não está pensando em nos tirar não né? Por quê?
— É sim! É a única maneira delas não encontrarem com aquele homem!
Que homem? O diretor?
— Mas esse homem é o nosso pai!
Paraliso. Só consigo ouvir o barulho do envolope caindo no chão. I-impossivel. Meu pai não pode estar vivo. Ele está morto! Mamãe mesmo que nos disse. Como assim ele está na escola? Eu nunca fiquei sabendo disso. Como nunca reparei? Se eu estive na mesma escola que meu pai eu saberia! Mas não é o caso, já que ele está morto. Ou será que mamãe mentiu para mim esses anos todo? Ela não seria capaz, seria? E por quis motivos seria isso? E se for verdade, quem é meu pai?
Flashback
— Esse colar! Quem te deu?
— Minha mãe, por quê?... Na verdade, meu pai, mas isso foi há muito tempo, eu só tinha 4 anos, mas, mamãe me devolveu do conserto.
— Quatro anos?... Co-como assim?
— É, eu não lembro muito dele, mas eu ainda tenho um flahsbak dessa época.
— Impossível.
Sinto uma lágrima escorrer sobre minha pele. Não será isso que eu estou pensando...
Flashback
— Papai!— corro até ele e ele me abraça me pegando no colo.
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Eu e Você- Entre amor e ódio
Romance"Eu não sabia que podia sentir amor e ódio por alguém, até sentir por você" Hanna Gasffid é uma adolescente de 16 anos. Ela tende enfrentar os desafios de seu colégio particular Helvitoon Balls. Desde seu primeiro ano ela estuda nesse colégio como b...