Capítulo 58

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Abro os meus olhos com um pouco de dificuldade. Estava cansada, com sono, meus olhos estavam pesados. Parecia que tinham me atropelado. Aí! Minha cabeça está doendo. Coloco minha não na cabeça. Espera, eu dormi? Mas... eu lembro de estar na festa... brincando de eu nunca eu já, mas eu não estou mais lá. Está tudo quieto. Calma...
Olho o lugar que eu estou atentamente. Mas, essa não é a casa do Jake... é a do... me sento na cama assustada e olho o quarto; Luka! Eu não acredito! O que eu estou fazendo aqui? E por que essa dor de cabeça enorme? Aí! Parece até... enxaqueca, ou... ressaca.
Impossível! Eu não bebi. Tá, só um pouco, mas fazia parte da brincadeira, não é o suficiente para eu ficar bêbada, não é? Será que eu fiquei bêbada?
Infelizmente, nenhum flash de lembrança da festa vem em minha memória depois daquelas doses de bebida. É como se ela tivesse sido apagada... então, não há outra explicação a não ser: eu fiquei bêbada, e, apareci no quarto do Luka. Mas, o que fizemos? Olho para lado e grito dando um pulo ao vê-lo dormindo ao meu lado. Como eu não vi ele antes?

  Puta que pariu! digo espantada. Não pode ser, eu não acredito, não, não, não! Não pode ser o que eu estou pensando, eu não posso ter...
Olho minhas roupas, eu estava com uma blusa branca de estampa. Espera, por que eu estou com uma blusa dele? Quer dizer... que ele me vestiu? Não, aposto que fui eu. Olho por baixo da blusa. Eu ainda estou com meu biquíni. Pelo menos isso.
Tiro devagar a coberta de seu corpo lentamente tentando não acordá-lo e o vejo de pijama. É um bom sinal; eu acho. Mas... e se ele tiver trocado após...?
Bom, isso não faz sentido. Mesmo bêbada não iria querer isso. A não ser... não! Ele não é assim!
Mas, se eu estou na cama com ele, com sua blusa, após eu ter bebido mais do que eu lembro, quer dizer que eu e ele...

Bom dia ratinha. Luka diz um pouco rouco me tirando dos pensamentos. Olho para ele, ele estava lindo, essa voz rouca foi meu ponto fraco... espera, não! Ele estava com cara de sono, parece que não dormiu direito, acho que isso não é um bom sinal... e ele também estava com um machucado no nariz, o que me deixou curiosa.

Vai ficar aí me olhando?— ele me tira de meus pensamentos novamente e saio do transe.

N-não.—olho para frente e ele se senta na cama.

— Está melhor? —ele pergunta.

— Por quê? Eu estava mal?

Bom... na verdade não estava mal, estava bem até demais.— ele diz sem jeito.

Como assim?— o olho assustada.

— Hanna... você bebeu demais, e acabou fazendo umas coisas...—ele estava totalmente sem jeito, o que me deixava mais nervosa. Meu coração acelera com as possíveis possibilidades de coisas que eu poderia ter feito. Principalmente com ele...

—Luka...- olho para ele assustada.- Nós não...? — eu não conseguia nem completar a frase de tão nervosa. Eu estava com vergonha. E parecia um pimentão de tão vermelha. Eu não queria pensar naquela possibilidade, é inaceitável que isso possa ter acontecido.

Não. Não transamos, se é isso que quer dizer. — suspiro aliviada ao ouvir sua resposta. Menos mal. Eu ficaria maluca se tivesse perdido minha virgindade com ele, ainda mais bêbada!

— E como eu sei que posso confiar em você?— o olho desconfiada. Ele poderia facilmente mentir para mim, eu não iria descobrir mesmo. E sei que ele quer isso há muito tempo.

— Confiando. Eu não tenho como provar, mas apenas acredite em mim. E se não fizemos nada, não foi porquê você não quis.

—- O quê?— sorrio sem acreditar.—Olha Luka, eu sei que você quer me fazer acreditar nisso, para me fazer acreditar que eu sou a vilã aqui, e você sair como o mocinho defensor dos bêbados, mas não vai rolar. Eu nunca iria querer fazer esse tipo de coisa, ainda mais com você.

Eu e Você- Entre amor e ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora