Capítulo 94

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Meu trabalho já havia acabado, e o Luka já tinha vindo me buscar para irmos sei lá aonde. Mas confio nele, então deixo ele me levar nesse lugar misterioso que ele está tanto empolgado para irmos. Após um tempinho ele para o carro e diz para eu colocar uma venda nos olhos para eu não ver de começo o lugar. Eu só queria saber onde ele achou essa venda vermelha. Mas fiquei com vergonha de perguntar. Apenas pedi para ele mesmo colocar e assim ele faz.

Depois de colocar, ele anda mais um pouco e para segundos depois. Ele sai primeiro do carro, e um medo dele ter me deixando plantada percorre meu corpo, mas essa ideia sai da minha mente assim que ele abre à porta em meu lado.

Ele pega em minha mão e me guia para fora do carro. Ainda bem que não vi a reação das pessoas em volta, devia ser assustador.

— O que você vai fazer? Eu já tô nervosa!— digo andando junto dele.

— Calma, confia em mim. Você vai gostar.

— A chave senhor.— ouço um homem falar seguido de um barulho de chave.

Aí meu Deus! O que ele fez?

— Obrigado.

— Chave? Que chave? Pra quê?— pergunto sem entender nada e ele apenas diz para eu relaxar enquanto me leva ao elevador. Ótimo, estamos num prédio. E o Luka tem uma chave. E um homem o deu então deve ser algum empregado. Já temos esses pontos, agora só falta ligar.

— Nós dois sozinhos nesse elevador, e você com essa venda está me tentando.— ouço sua voz em meu lado.

— Não pense nisso! Não tô conseguindo nem pensar com esse troço tampando minha visão.

— Relaxa eu não vou te sequestrar.

— Aí eu sei, mas é assustador perder a visão por uns minutos!— digo nervosa.

— Relaxa amor.— ele diz e em seguida ouço o barulho da porta do elevador ser aberta. Ele segura minha mão me levando para fora de lá. Andamos mais uns quinze passos e finalmente ouço o barulho da chave na porta. Ótimo ele deve estar me levando em um quarto. Espera, um quarto? Não me diga que—

— Chegamos amor.— ele me interrompe pegando minha mão e me induz para dentro desse lugar. Ouço o barulho da porta sendo trancada e sinto um medo percorrer meu corpo. O que vamos fazer que ele teve que fechar à porta?

Sinto sua mão na minha e ele continua me levando pelo lugar misterioso que imagino ser um quarto de motel!

Finamente paramos, e ele diz para eu abrir os olhos. Tensa, respiro fundo levando minha mão até a venda. Ao abrir os olhos sinto meus olhos ficarem com alguns pontinhos pretos e em seguida ele volta ao normal.

Consigo notar o local em que estamos agora. Luka estava com um sorriso empolgado em minha frente enquanto atrás dele havia uma mesa enfeitada com velas e folhas de flores vermelhas. Havia duas taças em cada lado da mesa pequena e dois pretos com talheres. Na frente da mesa havia uma janela de vidro enorme muito chique que dava visão a cidade linda e os prédios altos. O céu já estava alaranjado e combinava perfeitamente com o clima da mesa. Aí meu Deus! Isso é um jantar romântico! E eu pensando que ele tinha me levado ao motel!

— Eu não acredito, amor!— sorrio boquiaberta o olhando.

— Gostou da surpresa?— ele sorri esperançoso.

— Óbvio! Isso tá perfeito!— digo ainda surpresa.

— Que bom meu amor, porque esse é o nosso novo apartamento, eu comprei.— ele mostra a chave em seu dedão com um sorriso.

— Não! Mentira. Isso aqui é nosso?— olho a sacada super espaçosa e chique.

— Sim! Eu sei que eu posso estar me precipitando, mas eu não aguentei. Precisava arranjar um cantinho para nós sem que nossos pais atrapalhem— o beijo antes que ele possa falar mais alguma coisa. Em reflexo, ele pega minha cintura cedendo.

Eu e Você- Entre amor e ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora