Capítulo 109

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— Não! Queria, mas não.

Queria?

— Então... o que é?

— É meio difícil explicar, eu nunca mais entrei aqui, Matilde sempre vem limpar, mas eu nunca quis voltar.— ele apóia sua mão na porta como se uma memória ruim voltasse em sua mente.

— Então por que quer me mostrar?

— Porque eu confio em você.— ele me olha e gira a chave a abrindo.

Assim que entro o local supera minhas expectativas. Havia uma tenda beje em forma de barraca no centro, e um pano branco em baixo com umas almofadas brancas e travesseiros. E também havia um pisca-pisca em volta da tenda. As paredes eram beje do lado, e na frente eram brancas.

Havia vários quadros da mesma cor nas paredes. Do lado esquerdo, havia duas prateleiras brancas com alguns livros infantis. E as outras duas haviam brinquedos como: carro, boneco de robô, soldado, boneco, Ben 10, dado, dinossauro. Todos os brinquedos estavam organizados que pareciam de enfeite. E, uma janela ao lado da prateleira, ela estava aberta e uma cortina branca estava amarrada.

Havia apenas isso no quarto. A barraca era o centro. Isso com certeza era o quarto de alguém criança, mas não um quarto de dormir, de brincar, sei lá, não entendo dessas coisas de ricos.

— É lindo.— digo ao explorar todo o quarto— Por que não venho mais aqui?

— É... minha mãe e eu brincávamos aqui. Era o nosso cantinho favorito.— ele para e suspira para poder continuar. Ele, chamou ela de mãe...— E depois que... ela foi embora, eu nunca mais voltei aqui.— ele diz tudo sem olhar para meus olhos, estava focado nas lembranças do local. Seguro sua mão e vou em sua frente.

— Meu amor, não fica assim , são águas passadas. Você conseguiu voltar aqui, não conseguiu? Esquece o que passou. Você não precisa mais lembrar disso. Se quiser, podemos redecorar esse quarto e fazer nossas lembranças.

— Não... eu prefiro ele assim. É difícil me desfazer de algo que faz parte da minha vida.— ele olha para o quarto— Mas, eu quero mudar as lembranças desse lugar, com você.— ele segura meu queixo.

— Tudo bem, se é o que quer. Mas se não se sentir confortável aqui, me fala e saímos. Ok?

— Ok.— ele sorri fraco e me dá um selinho demorado.

— O que quer fazer agora?

— Bom, o que acha de dormimos na barraca hoje?— ele olha para a barraca e eu olho em seguida.— Ainda não está na hora de dormir, mas podemos ficar comendo doces e lendo enquanto isso, ou sei lá, você que sabe.

— Adorei!.— sorrio e fomos até lá.

Tivemos que nos abaixar para poder entrar, era grande, mas não o suficiente para cabemos de pé.

— Uau!— olho para todos os detalhes. Os travesseiros e almofada eram lindos. Tinha duas almofadas de pelúcia branca, e os travesseiros tinham o nome do Luka com uma cor escrito com letras douradas, e tinha um babado branco com dourado. Foi personalizado para ele, simplesmente lindo. Ser rico tem suas vantagens. Havia dois travesseiros com seu nome.

— Nossa esses travesseiros ainda estão aí!— ele pega e cheira— Estão cheirosos, Matilde deve ter passado por aqui.

— Desde quando tem isso?— pego o travesseiro e o cheiro. Tinha cheiro de amaciante de coco.

— Desde que eu tinha uns 6, 7 anos. Quando eu era bebê eu tinha um pequeno desse. Mas não esta aqui, já devem ter jogado fora.

— Nossa! Que legal.

Eu e Você- Entre amor e ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora