Capítulo 76

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Quer saber? Acho que vou na casa do Luka. Ninguém melhor que ele para me ajudar. Não quero ir para casa com essa cara de choro, mamãe vai me encher de perguntas, e não quero respondê-las.

Após um tempinho, acelerando os passos, finalmente chego na casa de Luka. Como sempre, aperto a companhia e espero alguém atender. Seco minhas lágrimas e ajeito minha postura seguida de um lindo e falso sorriso. Logo em seguida, Lilly fala pelo negócio chique.

— Residência dos Simpheton's, quem é?— ela pergunta formalmente.

— Oi Lilly, sou eu a Hanna, eu queria ver o Luka. Posso entrar por favor?

— Ah! Oi querida, como está? Claro que pode entrar, você já é de casa!— ela responde animada e à porta se abre. Entro em seguida. E em alguns segundos Lilly aparece da cozinha vindo até mim.

— Oi minha flor, como está?— ela abre um sorriso animado.

— Estou bem obrigada.— sorrio gentilmente. Mesmo estando mal por dentro.— E você?

— Ah! Que ótimo! Eu tô aquelas coisas né, sabe, trabalho demais, aquela correria, mas nada fora do comum.— ela diz sorridente.

— Que bom, fico feliz.— sorrio.— Agora se me der licença vou ver o Luka. Sabe onde ele está?

— Ah! claro! Ele está no quarto dele, como sempre. Esse menino não sai para nada, só para comer ou sair.

— É o jeito dele, mas obrigada.— digo sorrindo com seu jeito estabanado de falar.

— Nada, agora eu vou indo antes que a Ma venha atrás de mim com uma vara de pesca.— ela sorri e rio. Seu jeito alegre melhorou um pouco o meu humor, mas ainda estou chateada com o que houve.

Assim que ela se retira, subo até o quarto de Luka. Consigo ouvir uma melodia de piano fora de ordem e muito agitada atrás da porta. Fico alguns segundos parada ouvindo a melodia. Ele parecia botar tudo o que sentia para fora apenas com algumas teclas. Não queria o atrapalhar, mas queria saber o que estava acontecendo para ele tocar assim.
Assim que a música acaba, bato na porta suavemente e entro.

Ele olha para trás tirando a atenção do piano e fica surpreso ao me ver. Em seguida, ele se levanta e se vira para mim.

— Meu amor? O que faz aqui?— ele pergunta confuso.

— Eu precisava conversar.— ando até ele.

— O que aconteceu?— ele pergunta nervoso.

— Eu contei para a Manu e para a Amélia sobre a gente.

— Menos mal.— ele suspira aliviado colocando a mão no peito.— Mas, que cara é essa? Elas não gostaram?— ele volta a ficar preocupado.

Eu estava tentando não desmoronar em sua frente para não ficar mal, mas isso estava me machucando muito. Tudo o que eu queria era que elas aceitassem nosso namoro.

— Não.— murmuro indo até ele o abraçar. Ele cede o abraço em seguida.

— Eu já esperava...— ele responde com uma voz triste.

— E agora amor? Eu não quero perder minhas amigas.— meu olho lacrimeja.

— Você não vai meu amor, eu vou falar com elas.— ele acaricia meu cabelo tentando me consolar.

— E se elas não te ouvirem?— ele fica em silêncio por uns instantes e respira fundo.

— Elas vão.— ele responde. Olho para seu rosto ainda abraçada nele.

— Promete?

— Prometo.— ele limpa minhas lágrimas e segura meu pescoço e me beijando calmamente.

Eu e Você- Entre amor e ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora