7° Capítulo

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Chorei, chorei, chorei...
Arrependida.
Derramei lágrima horrores.

Tá vendo, como a gente vive? Eu não consigo entender, olha a situação em que eu vivo...que eu escolhi viver...
Camilla: Calma, mãe -Diz ao me abraçar.
Mônica: Ele ia me matar, tudo por culpa de piranha.
Meu mundo estava desabando pela 9026813 vez.

Passei à tarde toda mal por dentro, que por fora eu precisa manter à postura. Avisei minha mãe que tinha acontecido alguns probleminhas em casa e que remarcaria o almoço.

Eram quase oito da noite quando fui me deitar, ainda não tinha dormido, estava fazendo nebulização quando o outro entrou no quarto, já chegou no alvoroço infernal dele.
Romeu: Mônica, vamos conversar... -Falou, se posicionando na minha frente.
Mônica: Não tenho nada para conversar com você. -Falo desgostosa, viro a cara.
Romeu: Para com isso, mô... Poxa! Quero te pedir desculpas, eu errei e tô reconhecendo. -Falou, na maior careta ele diz isso; ele acha que eu tenho sangue de barata né?! Só pode.
Mônica: Romeu, dá um tempo! Volta lá para casa da piranha que você estava. -pensei em voz alta.
Romeu: Eu quero você, porra! Só amo você! Só tenho você mô.
Ele veio tentar me beijar e só subiu aquele cheiro da química, horrível.
Meu coração ficou mais dilacerado do que já estava, as lágrimas escorreram na hora.
Mônica: Vai tirar esse cheiro agora, sai de perto de mim... -Falo com nojo, sem nem o olhar; elebabaixou a cabeça, mas permaneceu ali- Some daqui, você vai acabar com a minha vida fazendo isso, pelo amor de Deus, não acredito... De novo não... De novo isso? Eu não vou aguentar, não vou!
Comecei a passar mal, pressão cai na hora.

Ele levantou e foi para o banheiro, eu só ouvia as fungadas, provavelmente limpando a porra do nariz. Já sofri tanto com essa química na vida dele será que isso vai voltar de novo, para infernizar nossas vidas?

Após ele ter tomado banho e eu ter tomado um calmante sentamos para conversar, acendi as luzes e o encarei, sem coragem, mas enfrentei.
Mônica: Por que você fez isso? Para me atingir? Conseguiu! -falo gesticulando.
Romeu: Eu te amo Mônica, para de ser assim... Não tem porque ficarmos assim nessa, tu me ama também, porra tô no meu pior momento e caralho, olha o que tu faz... -Falava jogando a culpa toda para cima de mim.
Mônica: É claro que eu te amo e amo muito! Mas você faz coisas surreais, até quando tu acha que eu vou aguentar isso? Larga essas vadias cara, quando você vai enxergar que só tem eu por você? Hein? -Digo, ele permaneceu calado- Se for para ser otária, eu prefiro ficar solteira, homem para mim não é vai faltar.
Romeu: Para de falar isso, único homem para você sou eu, sou o único homem que te quer de verdade e você já é minha, está doidona?
O efeito da droga chegando... Ele iria querer conversar a noite toda, mas eu não vou alimentar isso. Não mesmo. Me alugar por horas para depois fazer o oposto do que combinou?
Mônica: Tô, você está me fazendo pirar mais uma vez... -confessa; ele me abraçou tão forte parecia está com medo de algo, quanto mais reações ele tinha mais eu chorava e me sentia culpada.
Romeu: Desculpa, você não me merece, eu sou o pior homem do mundo para você! -Dizia amargurado, parecendo infeliz.
Mônica: Não, não é! Você é o melhor homem que eu já tive, minha vida gira em torno da sua, você é o meu homem! O homem da minha vida! Mas, agora já chega né!? Vamos ficar de boa. -Digo emcerrando esse momento; dou um beijo em sua mão e deitei sua cabeça em meu colo.
Ele falava algumas coisas, mas eu não dava atenção, demorou mas ele dormiu.
(...)

Saí dá concercionaria já com o carro novo e dirigindo, troço cansativo à beça. Fui para casa, ainda estava de manhã, saí cedo para resolver uns negócios e aproveitei para buscar um carro. Às vezes -nem sempre- é o homem que agrada, que dá presente, aqui em casa eu faço diferente...eu também presenteio meu marido, embora que às vezes ele não mereça, sempre faço o possível que está ao meu alcance.
Guardei o carro dentro da garagem e desci, eu sou foda para escolher carro r dessa vez peguei um Ford Edge linda, na moral! Olha, e não comprei com o dinheiro dele não hein, foi com o meu!!!

Graças a Deus eu me formei em esteticista quando estava ficando com ele ainda ainda, fiz diversis cursos e segui faculdade, montei o meu negócio e com o dinheiro dele fui mantendo até chegar aonde eu queria estar e hoje tenho uma pequena clínica de procedimento na Zona sul e outra em Bonsucesso, que te falar, é su-ces-so!!!

Entrei no quarto e ele ainda estava dormindo, exausto. Eu não iria acorda-lo, entrei no banheiro e tomei um banho, saí vestida num roupão e fui ver minha princesa que também estava dormindo e a arrumadeira limpando.
— Bom dia dona Mônica! – Falou baixinho.
Mônica: Bom dia! -respondo, saí de lá e desci.
Pedi a cozinheira para que preparasse um sanduíche natural pra mim e fiquei na sala lendo meu livro. Ouvi passos na escada e olhei rápido, era o meu maridão descendo de óculos, quando ele põe óculos fica a coisa mais linda, quem vê até pensa!
Romeu: Bom dia! -Falou ao se aproximar e me deu um selinho, como se nada tivesse acontecido ontem.
Mônica: Bom dia! -respondo; voltei a olhar para o livro.
Romeu: Saiu cedo né, foi aonde?
Mônica: Fui resolver umas pendências -respondo, olhando para o livro ainda.
Ele foi para a vozinha e quando voltou já veio comendo, me ofereceu, mas eu não quis.
Logo menos o Ricardo chegou.
Ricardo: Bom dia! -Disse animado, me deu um beijo e sentou no sofá em frente- Caralho aí, arrebentou no carro lá fora em pai. -maior bobão, diz impressionado.
Romeu: Pergunta quem fez isso, me fodeu, acabou com meu carro. -falou de boca cheia.
Ricardo: Se isso é acabar com um carro, puta que pariu! Acaba com o meu aí também Mônica. - Disse rindo.
Romeu: O que tu fez? -perguntou curioso.
Mônica: Vai lá pra tu ver. -
Ricardo: Ele não sabia não? -neguei com a cabeça- Vish, o que tu fez com o outro, falou que tu acabou, nem vi ali.
Mônica: Arranhei todo, tá lá atrás ver a obra de arte.
Não demorou nada paro o Romeu entrar todo bobo, com um sorriso que me trás tanta felicidade; no rosto.
Romeu: Você quando quer ser a melhor tu consegue!
Me beijou.
Mônica: Sei ser a pior também, cabe a você qual lado despertar. -Disse, bem serena.

Conversamos um pouco nós três até as meninas descerem.
Romeu: Ainda está aí maluca. -Falou para Camilla, e abraçou Carol.
Ricardo: Tá esquecida não hein, Camilla.
Ela abaixou a cabeça. Romeu quis logo saber o que era, fofoqueiro à beça.
Carol: Mamãe, não quero ir para a escola. -resmungou baixinho, pra ninguém ouvir.
Mônica: Tem que ir minha filha, quer que a mamãe te leva? -Ela assentiu, toda boba.

Deu à hora e foi cada um para o seu canto e eu fui levar a Carol para a escola.

REALIDADE NA PENHA. 💒💖 CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora