72°Capítulo

4.3K 308 13
                                    

SEMANAS DEPOIS // 23 DE DEZEMBRO

NARRAÇÃO: Mônica

Saí da Zyver com minha roupa de amanhã comprada e da minha filha também e também dei aquela moral para o Romeu, embora ele não mereça. A nossa relação está naquelas falando somente o necessário, ainda sinto muito pelas coisas que aconteceram.

Fui para a Penha, estou aqui desde ontem a pedido do Romeu, é certo passarmos o Natal aqui no morrom Deitei com a minha bê na mesma cama, estou exausta.

Acordei no dia seguinte com o Romeu num abre e fecha de porta fodido, que porra!!! Nem dormir mais se pode... Me levantei e fui no banheiro, senti um leve enjoo acompanhado de uma tontura, tomei um banho quentinho e me arrumei, fui para a cozinha, fiz um café etomei acompanhado de uns biscoitos integral.
Romeu: Bom dia! Cadê o bagulho que tu comprou?
Mônica: Está no armário ué. -respondo sem dar muita confiança.
Me sentei no sofá e liguei a tv.

Sinceramente eu estou muito desanimada, muito mesmo. Natal para mim não é mais como antes que tinha minha sogra na correria o dia inteirinho e só parava na hora de se arrumar quase onze da noite, mas meia-noite ela já etava pronta comprimentando todos presente, ela fazia a alegria da casa, ela sim fazia nosso natal feliz, e para mim, hoje em dia, não faz tanta diferença, sem ela é tudo incolor! Uma tristeza imensa, deixou um buraco enorme na nossa vida.
Saudades eterna minha estrelinha ☆

Limpei meu rosto e suspirei pesado, não demorou muito Romeu veio e sentou do meu lado.
Mônica: Não precisa nem falar nada.
Ele sofre muito e eu juntinha, confortar o coração desse homem é difícil pra caralho, mas eu posso dizer que EU CONSEGUI! Fui a única e serei para sempre uma só.
Romeu: Não vamos ficar pensando nisso, ela não queria nos ver assim... -Falou me abraçando.
Mônica: Não mesmo. -Digo limpando o rosto, dando um risinho- Vou fazer o que ela sempre fez pela nossa família.

(...)

Voltei do mercado com tudo que eu precisava e coloquei a mão na massa, fiz uma ceia agradável e convidei um pessoal que todo ano estavam com a gente, depois do acontecido essa será a primeira festa natalina que a gente faz, primeira de muitas.

Me arrumei e arrumei minha filha, marido também já estava arrumado e foi chegando o pessoal. Umas tias dele, uns amigos aqui do morro, uma galera maneira e minha tia, à mais querida por mim, a que me trouxe para o Rio e acreditou em mim. Era muita garrafa de Whisky numa mesa e a outra só comida, o freezer abarrotado de cerveja. Tirei uma foto com a minha família, nós três e fui para a sala. Falei com a minha mãe que veio também com minhas irmãs, até a nojenta da Kauane, veio.

Quando deu 00h meu marido foi o primeiro a vir falar comigo.
Romeu: Feliz Natal amor. -Falou me abraçando- Mais um Natal contigo, em liberdade e vivo! E assim será até quando Ele permitir, te amo!
Mônica: Será assim eternamente! Feliz Natal! -Digo bem seca mesmo, agora tô assim.
Falei com a minha filha e logo fui na minha tia.
Mônica: Feliz Natal titia, Sayonara! Gratidão eterna, se não fosse a senhora nem aqui eu estaria. -Digo com todo me meu carinho e amor- Te amo muito, muito mesmo!
Sayonara: Feliz natal minha filha, eu só fiz o que devia ser feito. -Dizia com olhos com lágrimas por de trás do óculos.
Falei com todos, comi e a casa foi esvaziando. Minha tia tem a casa dela aqui na Vila, então fiz questão de leva-lá de moto, peguei a maquia do Romeu e a levei na porta de casa, na volta avistei Michele com o Marreta, num local bem exposto, esses dois aí não têm jeito não... Ou vai ser morte separando os dois ou a relação definitiva.

Quando voltei só estava o bloco da cachaça mesmo e meus filhos do coração passaram lá e falaram comigo primeiro.
Mônica: Feliz natal meus filhos, eu amo vocês independente de qualquer coisa!!! -Digo emocionada os abraçando ao mesmo tempo; muito grata de tê-los em minha vida.

Eram 03h e pouca quando subi na moto para irmos ao baile lá na chatuba. Romeu hoje estava armado até os dentes, fuzil atravessado, duas pistolas no coldri, pentes, pesadão de ouro cordão, dedeira, até no dente ele inventou de pôr ouro mês passado.

REALIDADE NA PENHA. 💒💖 CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora