NARRAÇÃO: Romeu
Mulheres, sempre mulheres, minhas mulheres...
Já deu essa briga de Mônica x Patrícia, chegô pô.
Toda vez é isso e eu tô farto e não é possível que vai ser assim sempre.Patrícia já vacilou de mais e eu já dei crédito o suficientes, dessa vez passou dos limites escrever meu nome é o dela no capô do carro da minha mulher, foi esculacho.
Romeu: Você acha que é o que, ou quem para fazer isso? -pergunto puxando ela pelo cabelo, até uma viela. Ela estava meia dopada, bêbada sei lá que porra.
Patrícia: Está me machucando merda, me larga.
Ela lutava comigo, mas se arrasava, eu controlava ela pelo cabelo.
Romeu: Você ficou maluca? Você não tem direito nenhum de fazer isso, quantas vezes eu já mandei tu ficar na sua e deixar a Mônica na dela? Tu acha que eu não palmeei vocês duas não né, a noite toda, e quem começou foi você! Então, hoje tu vai pagar para deixar de ser otária, vacilona! -ela arregalou os olhos.
Patrícia: É!? Qual foi, vai fazer o quê? Você é um doente! Tem como me soltar fazendo o favor?
Romeu: Eu sou doente mas sempre te dei uma chance, mas dessa vez acabou. Vai tomar o teu para aprender, é cada uma pro seu canto! Não tenho mais nada contigo, além do meu filho, minha mulher é ela e tu já está cansada de saber disso, espero que dessa vez tu aprenda! -a empurro para o meio da rua e o pau quebrou. Botei um homem só para bater nela, mais de um seria covardia. Independente dos vacilos ela é mãe de um filho meu, tenho consciência disso.Foi só a lei do miojo, espero que ela aprenda e deixe a Mônica quieta a partir de hoje! Mandei levar ela pra casa, dessa vez ficou fodida! Já dei muita liberdade, muita confiança dar nisso, uma hora eu cobro.
A porra da minha cabeça já está cheia de problema aí me vem problema de mulher para me complicar mais?? Vai se foder!O dia foi caindo eu resolvi ir embora, fui para minha casa, agora o acerto era com a Mônica, acha que passa batida também, levantando a voz para mim na rua, quem é ela? Se liga, rapá!
Já cheguei na dela e por incrível que pareça ela ainda estava acordada.
Romeu: Vou te falar uma coisa só... -Digo me aproximando dela, pegando em seu maxilar fraco- Acabou você brigando nessa porra, acabou, escutou? Já chega porra, toda vez é isso caralho! Já dei um trato na Patrícia, o teu é aviso e é o último, escutou?
Mônica: Se não mexer comigo eu não mexo com ninguém, elas que vêm até à mim acabar com a minha paz... Se elas não são felizes que se foda!!! Deviam era me esquecer um pouco, esquecer que eu existo nesse caralho!!! Mas hoje, acabou mesmo isso.
Parecia mesmo convicta disso, e me deixava mais calmo saindo da boca dela.
Romeu: Isso aí, melhor forma para vocês.
Mônica: Bem melhor mesmo, eu não vou mais ficar aqui, eu vou embora desse inferno, não quero mais ficar aqui dentro, chega!
Eu que estava indo para o banheiro, voltei na hora,
Como assim? Gelei papo reto, nem entendo...às vezes ela fala umas parada meia doida que eu entendo logo outra coisa, surto logo.
Romeu: O que você está falando? Tu está largando o que? -pergunto meio nervoso.
Mônica: De uma coisa eu tenho certeza, não quero mais ficar aqui e nem a minha filha. -insistiu nesse assunto.
Romeu: A Carol não vai sair daqui para lugar nenhum, a casa dela é aqui mano e acabou esse assunto. -dou minha última palavra.
Mônica: EU SEI QUE EU VOU, se é sozinha ou não, eu já não sei. -rebate me deixando puto já.
Romeu: E vai deixar sua filha aí? Olha só cara, porra Mônica, na moral... fica quietinha na tua pra gente não se aborrecer, valeu?! Tu num vai pra lugar nenhum.
Ela quer é perturbar minha mente, isso sim.Quando tirei ela da favela ficou toda impaciente, que não queria morar em lugar nenhum a não ser aqui no morro perto de mim -assim dizia ela-, colocou a porra da faca no meu pescoço e eu montei a casa dela em pouco tempo aqui, e agora ela quer bater de frente comigo falando que vai sair daqui? Ela não é nem louca.
Só estresse...
É em casa, é na rua e eu nunca tenho paz...Saí do banho e me vesti, ela estava deitada inquieta, se batendo toda, tá que nem doida ultimamente. Haja paciência com essa minha esposa, puta que pariu!
Patrícia dessa vez ficou fodida, sempre disse à ela para parar com esse afronta dela de querer chamar atenção da Mônica, dessa vez ela estrapolou e eu cobrei sem pena e nem tô arrependido, se teve disposição de escrever nosso nome no carro da minha mulher cheio de coração, é sinal de que ela também tinha disposição de aturar a consequência disso.
Pica encontrar o carro pixado com o nome do cara e da mulher que já teve uma parada com ele, é ruinzão, eu não quero que isso aconteça nunca comigo, tá maluco...mato os dois, pô! A culpa é minha, tô ligado que eu vacilo, mas porra essas mulher também não dão uma dentro, tem sempre que mexer com a fiel do cara para deixar ciente da parada. Tão fodida comigo, nada muda a minha mulher é uma só, é que elas conhecem e vão ter que respeitar isso.
Me deitei e puxei minha morena bolada para mim, ela ficou toda dura lutando contra.
Romeu: Para com isso minha rainha, eu já cobrei dela, num já? Ninguém toca em você! Você é meu diamante! -Falo como, do fundo meu coração e ela nem aí; o mal dela é esse.
Mônica: Sou teu diamante que fica a mercê dessas vagabundas e eu que saio errada, isso porque sou teu diamante, imagine se eu fosse lata...
Romeu: Para mô com isso.
Mônica: Por favor Romeu, deixa eu ir? Pelo menos por um tempo, eu não estou bem aqui... -pediu quase que implorando; não vou deixar, o lugar dela é aqui do meu lado.
Romeu: Mônica, eu já falei que tu não vai e ponto e morreu esse assunto.
Ficou puta e bolada, saiu do quarto, ah ôh, vai na fé, eu quero paz pelo menos para descansar, ficar dando ideia a maluco não.
Fé.
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REALIDADE NA PENHA. 💒💖 CONCLUÍDA
Novela JuvenilA vida do tráfico mesmo eu sendo apenas mulher de membro dessa vida maldita, que nos proporciona tantos momentos sendo eles bons e ruins, eu também sofro. Digamos que eu contribuo com isso e faço parte também; quem está a mercê de tudo que essa vida...