REALIDADE NA PENHA. 💒💖 CONCLUÍDA

87°Capítulo

Esse povo está registrado tudo no meu coração, carinho imenso por cada um que esteve ali. Amei d+++ a supresa, de coração. 👏💖

Gratidão define!

Tirei foto com o pessoal e fui curtir né, já que teve festinha vamos aproveitar.

Estava tão lindo as coisas, cada detalhe, as pessoas que estavam ali todas elas tem um significado enorme na minha vida, eu adorei e não tô sabendo como lidar com tanto carinho e mimo. Meu amor me deu uma aliança nova de presente, trocamos ali mesmo.
Mônica: Essa é por mais quantos anos?
Romeu: Essa é para a vida toda, ou até quando Deus quiser!

Fui curtir mesmo a festa, fiquei meia assim de vacilar porque acabei de sair da igreja ainda pouco e não é legal isso. Mas um copinho de drink não mata ninguém.
Suzane: Gostou filha? Sua irmã arrasou!
Mônica: Ficou show!! Ela é uma cúmplice desse cunhado dela, essa traíra.
Foi uma maravilha, foi acabar tudo eram quase 04h da manhã, tropa da cachaça fica até acabar a última gota. Só tirei o salto, lavei o rosto e deitei na cama, fiquei com uma dor de cabeça do drink, estava tudo rodando.
Romeu: Gostou amor? Só para não deixar passar em branco, não aceito.
Mônica: Amei! Você é chato hein, o que eu falei? Não queria nada, caramba! Mas eu adorei! Obrigada meu amor por tudo o que você faz por mim.
Romeu: Tem que agradecer não.

Ele colocou o tenis e se ajeitou no espelho.
Mônica:  Ue, vai pra onde?
Romeu: Vou sair fora, vou amanhecer aqui com vocês não, tá maluca? A favela não está nada confiável essa semana.
Mônica: Caramba amor...
Romeu: Quer ir pra casa agora? -pergunta e eu confirmo- Vou mandar buscar um carro pra você.
Mônica: Se cuida, vida! Me promete?
Romeu: Prometo, filha... Agora me dá um beijo, vou sair logo, está na minha hora.
Dei um beijo nele, demorado e um abraço apertado gostoso.
Com o coração apertado, num sei, não senti uma coisa boa...

Acabei cochilando e acordei com barulho de porrada no portão, fui lá abrir, prendendo o cabelo num coque. Dei de cara com os amigo do bope, sete homens de preto tudo com o fuzil apontado para mim, gelei na hora. Mas não demostrei medo. Eu não pude nem fazer graça de pedir para ver o mandato, bope é bope! Se eles quiser chegar aqui me metralhando e depois dizer que eu estava armada não dá em nada para eles.
— Cade o marginal do seu marido? Ele está aí!?
Eu entrei em desespero, não conseguia falar nada.
Fui lá dentro no quarto onde minha filha estava, eu morrendo de medo desses lixo fazer algo com ela.
Mônica: Não tem ninguém aqui, só eu e ela.
Suzane: E eu, a mãe dela. -Falou surgindo, eu nem sabia.
— O que teve aqui? -perguntou, um outro deles.
Mônica: Festa, meu aniversário. -respondo de boa.
Minha mãe sentou do lado da Carol, que dormia serenamente.
— Seu marido que bancou né. Cuidado! Teu luxo tá acabando em madame... Vai economizando, guardando para o sepultamento dele porque está proximo. -Disse covardemente rindo.
Repreendi em pensamentos e fiquei calada. Não iria valer a pena eu retrucar.
 
A casa era pequena, os outros voltaram da revista e disseram que estava limpo.
Antes de sair um deles olhou para o meu dedo, minha aliança que chama muita atenção e saiu, congelei achando que ele iria voltar para tomar.

Só então fiquei aliviada quando meteram o pé, abracei minha mãe sem chorar nem nada. Só estava com medo pela minha filha dormindo, eu que se foda! Essa foi a vida que eu mesma escolhi em permanecer, já tive muitas oportunidades de me livrar de tudo isso tudo, de jogar tudo para o alto, mas por amar demais eu não consegui. Então eu sou obrigada a aturar/aceitar essas coisas.

O infeliz do carro chegou eu peguei minha filha e minhas coisas e saí fora dali, casa de fácil acesso e pixada a partir de hoje.

Por essas e outras que aqui não dá mais para eu ficar aqui no morro, não quero mais nem de visita, quem quiser que me visite lá em casa. Não é mais para mim a favela, tenho uma criança de seis anos que se presenciar isso vai ficar traumatizada porque eu com trinta e tals fico.

Cheguei em casa e só deu tempo de ler a msg do Romeu dizendo que ele estava bem e em segurança, deitei do lado da minha filha e minha mãe e fiquei pensando nos últimos acontecidos.

Uma avalanche de ora coisas boas, ora ruins. Vai entender os planos de deus...