Narração: Mônica.
Subi o morro mesmo e ele vai tomar no cu!!! Se ele não pode vir para casa, ele não vai curtir baile com piranha, mas não vai mesmo!!! Ele acha que eu não sei das piranhagem dele não né!?
Filho da puta, desgraçado!!!Eu vou chegar numa hora boa, a hora que está bom o negócio, comprei uma Budweiser só para dar uma disfarçada, é muita gente me vendo, já não basta a cara de louca, psicopata... Essa piranha vai me pagar também, quer ficar tirando onda com bandido a tira colo, ah, mas não vai mesmo, bandido macho dos outros.
Palmeei por todos os cantos que ele tem costume de parar, mas não o encontrava ele, chega dava raiva, ódio!!!
— Perdida, perigosa? — Tomei um susto, mas quando olhei era minha comadre.
Mônica: Mais achada e perigosa que bala perdida. -Falo no ódio.
Amanda: Que houve cuma?
Mônica: Esse filho da puta do Romeu, está aqui com piranha, se tiver ele vai ver o show que eu vou dar e que se foda o resto, foda-se tudo!!!
Ao mesmo tempo que eu estava com raiva, eu estava nervosa, querendo muito que fosse mentira.
Amanda: Para de bobeira, sua louca! Vamos marcar dali com a gente, tá eu e as meninas, vamos, daqui a pouco tu ver a tropa passando, vem.
Realmente ficar andando procurando eu nunca iria achar, ficar de canto seria a melhor coisa.
Se ele estiver com mulher ele vai ver, eu vou parar esse baile, vou fazer as coisas que fazia antes quando não tinha maturidade para conviver com a realidade de um traficante.Parei com ela aonde estavam e fiquei normalmente, alguns passavam e me olhavam, como estava para poucas metia logo um bico e fechava a cara.
Era quase à hora dele está saindo do baile e eu ainda não o encontrei, desisti. Me despedi da minha comadre, dizendo que iria embora.
Amanda: Não vá fazer doidice, vocês estão tão bem...não estrague isso amiga... Se cuida, tá bom!? -Mesmo bêbada disse de coração, eu pude sentir- Te adoro! Dá um beijinho na Carol.
Mônica: Eu vou embora só, eu sou uma imbecil mesmo, tô sempre querendo destruir meu casamento... Enfim, pode deixar cumadre.
Dei dois beijos em seu rosto; dei 'tchau' para as meninas que estavam com ela e saí dali.
Chateada.
Injúriada.
Arrependida!Tô sempre querendo estragar meu relacionamento, sempre caio no papinho dos outros, mas que inferno!!!
O Romeu tem razão, enquanto eu não quebrar a minha cara eu não vou aprender e sossegar. Fui saindo daquele meio lotado, aff, um calor dos infernos, ahh... Sou acostumada a curtir baile com ele, mas quando vou sem ele é estranho, parece que venho de fora, sei lá, é o costume. Vida complic...
O quê? Minha vista embaçou...
A CENA. . .
Ia ser agora.
Na boca ainda por cima??
FILHO DA PUTA!!!!! DESGRAÇADO!!!Os atividades e seguranças que estavam ali ficaram com uma cara de sem graça, tentando avisar o poderoso chefão da minha presença, mas não tinha como, cheguei muito na surpresa, foi só virar a transversal que já saí por trás deles.
Mônica: Bonito né!? -Falei num tom bem calmo, por em quanto.
Romeu estava conversando com uma piranha, os segurança tentaram esconder o chefinho, mas meus olhos de águia que ele vai sempre destacar. A puta que eu tenho a sede de encontrar ficou espantada ao me ver, a bonitona lá do complexo.
Romeu: Ôh, nem começa! Vamos embora agora. -Falou, numa só.
Já vindo na minha direção, pegando no meu braço bem forte para machucar, ele sabe bem que se não me segurar firme eu faço estrago.
Desviei dele, soltando sua mão e fui indo na dela.
Mônica: Não precisa de ninguém me segurar não, eu não vou fazer nada. -Digo tentando raciocinar o que fazer.
Não deixei transparecer minha raiva por ela e por ele também não
Uns cinco segurança dele saíram escoltando ela, o que mais me deixou pê da vida. Me deixaram de cara.
Mônica: Não acredito nisso que eu tô vendo. -Digo, com o ódio começando a aparecer em meu rosto.
Tinha uma caixa de lança perfume, próximo de mim, enfiei minha mão ali pegando nuns três bicos e jogando contra a mesa, fora da caixa.
Mônica: Você me paga seu desgraçado. -Digo furiosa, o encarando bem firme, sem medo algum.
Deslizei meu braço sobre a mesa jogando por fim, a caixa toda no chão com todos aqueles lança.
Mônica: VAGABUNDA! -berrei, já indo na direção dela.
Alguns dos seguranças vieram me segurar. Ranço desses pau no cu do caralho.
— Pobre coitada! Otária. Não pode ver uma vergonha que quer passar. —retrucou, debochada.
Mônica: AHHH!!!
Gritei, arranhando o braço do Romeu, com toda minha força, desgraçado me segurava me impedindo, eu sei que ele não iria deixar ela chegar perto de mim e nem eu perto dela, e nessa de ofensa eu que iria me foder, é mais uma vez eu saindo como a otária.
Mônica: VADIA, DESGRAÇADA!!! Eu queria que você fosse mulher de me enfrentar, eu não passo vergonha não, eu luto pelo o que é meu, mas vocês insistem em querer compartilhar coisa dos outros. -dizia numa calmaria, talvez era de nervoso.
— VOCÊ É CHIFRUDAAA, ACEITA ISSO! NEM TEU MARIDO TE RESPEITA, SEJA MULHER E NÃO FIQUE SE HUMILHANDO NA RUA NÃO, AINDA MAIS HOJE UM DIA DE BAILE COMO ESSE, MÔ! VAI PARA SUA CASA DE LUXO CUIDAR DA SUA FILHA QUE É O QUE VOCÊ FAZ DE MELHOR. -Disse, em alto e bom som, para quem quisesse ouvir.
Com o Romeu eu não sei que porra tinha acontecido porque ele não fazia nada, só tiraram ela da minha vista.
Mônica: VOCÊ NÃO VAI FAZER NADAAA?? -Falei, incrédula- ELA FALOU DA MINHA FILHA, ELA CITOU A MINHA FILHA NESSA PUTARIA SUA!!! SEU MERDA!
Minha voz já não era a mesma, falou da minha filha, eu mudo na hora.Só ele me segurava drogado aparentemente, dei um empurrão nele abaixando no chão rápido e corri, mas me seguraram, só ouvi ele falando que era para deixar. Eu fui atrás dela que estava entrando no beco, saí empurrando um dos caras e consegui chegar nela. Longe dele ninguém me segurar, esse é o bom.
A minha mão foi direto em sua blusa, puxei a mesma com tudo, rasgando-a na hora.
Mônica: TU NÃO METE MINHA FILHA NESSA SACANAGEM NÃO. -Encurralei ela na parede, dando um soco em sua cara- NÃO FALA DA MINHA FILHA!!!!Encravei minhas unhas em seu rosto e arrasteo para baixo, rasgando a porra toda. Ela segurou no meu cabelo e dava alguns socos na minha cabeça, já estava sentindo dolorir, com o vidro que estava na minha mão do lança perfume que peguei rapidamente, pressionei ele na direção do seu abdome, desci rasgando sem dó. Ela começou a gritar e segurar no meu cabelo, movimentei bem a minha mão, rasgando ela toda, aonde minha mão alcançasse. Quando viram sangue me seguraram por trás, os seguranças, cheguei a deslizar no ar tentando me soltar deles.
Mônica: Tu nunca mais, nunca mais meta meus filhos nisso, munca mais se atreva a falar da minha filha. -Digo, baixo; ela encontrava-se abaixada com as mãos na barriga.
— Vem dona Mônica, vamos, chega! — Um dos meninos me levaram, me abraçando.
Mônica: Com aquele marginal eu resolvo em casa, infeliz, desgraçado!!!
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REALIDADE NA PENHA. 💒💖 CONCLUÍDA
Teen FictionA vida do tráfico mesmo eu sendo apenas mulher de membro dessa vida maldita, que nos proporciona tantos momentos sendo eles bons e ruins, eu também sofro. Digamos que eu contribuo com isso e faço parte também; quem está a mercê de tudo que essa vida...