REALIDADE NA PENHA. 💒💖 CONCLUÍDA

70°Capítulo

NARRAÇÃO: Mônica

Fui para a sala e me sentei tomando o café, pensando em tudo o que aconteceu nessa madrugada, chega estou cansada fisicamente e mentalmente.

Como um homem pode ser assim tão baixo a esse nível? O Romeu não tem jeito, nunca vai deixar de ser assim, para mim é um homem falso, hipócrita, que a cada dia faz crescer um sentimento ruim dentro de mim, me faz ter nojo de mim mesma... Às vezes me dói saber que foi eu quem escolhi essa vida para mim, de ser desrespeitada perante os outros, de viver na boca do povo, ficar me trocando por essas mulheres sem nível nenhum, rampeiras. Já sou uma mulher com uma idade avançada para ficar me prestando a isso, tem certas coisas que nem você saindo da favela elas mudam. Eu estava sentindo uma sensação de coisas ruins dentro de mim, coisas que me fazem mal, meu peito chega a doer.

Senti o cheiro do perfume dele se exalando, apareceu na sala tendo a cara de pau de me dar bom dia. Cafajeste, discarado, isso que ele é.
Mônica: Bom dia? -Falei, indignada- Você ainda tem coragem de me dar bom dia? Você é sem noção, Romeu!
Eu estava sem voz nenhuma, rouquinha.
Romeu: Não começa.
Sentou na parte do sofá distante de mim.
Mônica: É isso mesmo né!? Por que você não vai viver de vez com ela? Com elas, e não me esquece? Eu não aguento mais ser tua mulher!!! -Digo me  empolgando- Eu tô tendo raiva de você, pelas coisas que você me faz passar, umas mulheres baixa que ainda põe uma criança que não tem culpa de nada no meio.
Ele não deu a mínima para o que eu estava falando, resolvi berrar, num é assim que ele escuta, então
Mônica: ACABA COM ESSA PORRA DE CASAMENTO E ME ESQUECE!!! FICA COM A TUA PROTEGIDA LÁ DE VEZ!!! -Dei um show, plena luz do dia.
Romeu: PARA DE GRAÇA, PORRA! -Falou se aproximando, bolado- Já resolvi esse caralho, vai continuar falando?
Mônica: VOU. -retruco, peitando ele, ficando em pé no sofá- Você é um lixo, você é imundo!!! Eu odeio ser casada com você, eu me odeio por deixar de me amar e sofrer por você que não vale a pena, não merece nada, disso tudo que eu faço por você, por nós.
Eu on empurrei, já sabendo que não seria legal essa atitude, e que as coisas iriam complicar ainda mais após isso.
Romeu: Qual é a parte que eu já resolvi isso,você não tá entendendo? Eu não quero te machucar, Mônica.
Mônica: RESOLVEU O QUÊ? amanhã está lá com piranha de novo, e toda vez que eu descobrir eu vou atrás, eu vou bater, eu vou quebrar o que eu ver na minha frente... SOME DA MINHA VIDA, SAI DAQUI! Vai morar com ela.

Como eu não o me contento com pouco, peguei o vaso de rosas vermelhas que ele me deu no início da semana e voeei contra ele, na mesma ele veio pra cima de mim. Lutei com ele, uns puxoes de cabelo básico, dei alguns socos no peito dele com toda a minha raiva, até eu cair no chão, mas me levantei rápido indo para cima dele novo e só senti aquela pressão no pescoço, forte, era ele me conduzindo té o quarto segurando com uma mão só.
Romeu: Você vai parar com essa gracinha agora ou eu vou ter que te meter a porrada também? ACABOU! Eu não quero te machucar... ACABOU PORRA! -Disse, olhando nos meus olhos, letra por letra, com a cara fechada.
Assim que terminou de falar me empurrou na cama, eu já tinha perdido toda a minha força, me desarmei completamente. Ele saiu do quarto e batendo a porta.

Foi aí que eu chorei, chorei bastante como nos tempos antigos. Eu odeio esses momentos, mas sou obrigada a passar, não sei até quando vou aguentar...

Tomei um banho, no box todo de vidro reparei as marcas em meu corpo, no pescoço tinha os cinco dedos dele marcado certinho.
Desisto.
Não tenho mais nada para fazer com esse homem, é caso perdido mesmo...

Eram 18h quando terminei de me arrumar, vou buscar minha filha e dar um passeio com ela para distrair a minha mente. Na sala ele estava assistindo o finalzinho do jogo.
Romeu: Vai pra onde? -interrogou logo.
Mônica: Buscar a minha filha. -respondo seca,  já saí saindo para não ter outra briga.

Peguei meu carro e pela linha amarela cheguei rapidinho na casa da minha mãe.
Michele: Fala aí mana, está melhor? -perguntou, preocupada.
Mônica: Tô, está tudo bem.
Fui logo pegar a Carolina, não quero papo com ninguém hoje.