DIA SEGUINTE
Narração: Michele
Fiz o que meu cunhado pediu, aluguei uma casa no morro e coloquei algumas coisas da casa da Mônica, parece que ele sente. O caveirão branco está aqui em cima e um deles estacionados de frente a casa da minha irmã, em choque!
Com ajuda de um chaveiro abriram o portão da garagem e na mesma não tinha nenhum carro e nem moto, eu fiquei linda e bela olhando, euhem. Mais de vinte homens entraram lá fortemente armados, ficaram por bastante tempo lá dentro e quando vieram voltaram só com um laptop. Eu não acredito que esqueci de tirar isso, mas eu tirei foi tantos eletrônico que devo ter esquecido disso, espero que não tenha nada demais ali dentro.Presenciei tudo de camarote, prestei atenção em tudo e quando eles foram embora, eu fui para casa também. Minha irmã não está perdendo nada, essa favela está cada dia pior, tudo pelo marido dela, para conseguir pegar o marido dela, incrível. Guerreira ela de suportar tudo isso ainda sorrir e posar para fotos... Que nem no baile ontem d'ontem, vi ele de cantinho com uma loira aguada demais e logo sumiram, e na hora da correria quem estava segurando pepino, sendo humilhada? A fiel dele. Isso que é revoltante, isso se chama ingratidão, safadeza! Eu conto? Conto nada. Nem me meto, foi-se o tempo, que quem sai como errada depois sou eu, saio como a destruidora de lar, fofoqueira, x9, línguaruda. Tô fora!
Contei pra ela essa situação da casa e quando desliguei fui para a casa da minha mãe. Já cheguei contando pra ela.
Suzane: Tadinha da minha filha, olha o que o amor faz com as pessoas... Não criei nenhuma de vocês para isso... -Falou tristinha.
Michele: Ela escolheu mãe, acontece.
Saí logo de perto, antes que ela fique se lamentando até chorar, em quanto a Mônica está linda e bela fora do estado, curtindo à beça com o marido e a filha.
Queria eu uma vida dessa.
Ia curtir muito, sem limitações. Cada evento em todas as favelas acompanhada do bofe bem luxuoso, bem poderoso nos ouros, pesadíssimo, haha mamãe ia ficar forte!Por um lado vejo que não é vida para mim, só começamos a sentir na pele quando os malefícios aparecem. Não suportaria nem um terço do que minha irmã passa. Porta de cadeia? Custódia? Ah, nem conte com a minha presença, não tenho vocação pra isso.
O bom de ser amante é que essas coisas mais grave a gente deixa tudo para elas, as poderzão que acha lindo assinar papel com o sobrenome do cara mais sujo que chiqueiro, para o resto da vida.
Deus me livre!
Eu quero é mais, tô fora dessas responsa. Meu bagulho é outro, mas é aquilo né se o bofe gamar de se amarrar fodeu! Elas não dão a atenção devida, não satisfaz o cara na hora h, num faz nada novo aí quando pula a cerca a gente faz trabalho lindo e os bofe fica babando, elas querem vir de gracinha. Ao invés de ficar bancando a porradeira no meio da favela devia aprender a reconquistar o cara com a xota, com o cu, sei lá caralho, algo novo, usa a cabeça!
Aí sou obrigada a representar e ter um chicletinho no meu pé que não sai nem com reza braba. Mas a gente gosta, no fundo no fundo a gente se amarra nos perigosos.
Adoro essa vida!!!
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REALIDADE NA PENHA. 💒💖 CONCLUÍDA
Teen FictionA vida do tráfico mesmo eu sendo apenas mulher de membro dessa vida maldita, que nos proporciona tantos momentos sendo eles bons e ruins, eu também sofro. Digamos que eu contribuo com isso e faço parte também; quem está a mercê de tudo que essa vida...