REALIDADE NA PENHA. 💒💖 CONCLUÍDA

39°Capítulo

NARRAÇÃO: Mônica.

Acordei às 08h da manhã, bem disposta, abri para o caseiro e o esperei ir embora, atenção dobrada quando o marido está aqui. Fui na rua buscar o café da manhã, agilizei o almoço, minha filha acordou, cuidei dela, tomamos café, e eu fui dormir novamente.
(...)

Acordei com o Romeu me fazendo carinho, me beijando...
Romeu: Boa tarde, senhorita!
Sorrio apaixonada nesse jeitinho dele.
Mônica: Boa tarde meu rei!

Despertei e me levantei, marido vai me deixar num salão, pois disse que hoje vamos sair, curtir só nós dois. Chamei minhas meninas que estavam de bem com a vid para irem comigo no centro, Romeu nos deixou num salão; fiz uma hidratação e escova no cabelo, unhas e sobrancelhas, já a Carol pintou as unhas da mão e ficou toda boba minha neném, camilla fez só o pé. Liguei para o marido vir nos buscar, mas demorou tanto que resolvi parar para comer um camarão e tomar algo com as meninas, num quiosque próximo.

Um amor inexplicável por camarão de beira de praia, amo! Tomei um gole do suco e fui no banheiro, mandei mensagem para o Romeu e fui voltando para a mesa que tinha uma aglomeração próxima e quando me aproximei bem perto vi minha filha passando mal, num estado horrível, toda vermelha.
Mônica: O que aconteceu?? -pergunto  a Camilla, desesperada pegando ela no colo- SOCORRO, MINHA FILHA!!! ME AJUDA!!!
Era desesperador o estado dela, eu comecei a tremer, chorar, uma agonia tomou conta do cenário e nada do Romeu chegar, a filha dele precisando de ajuda e cadê ele?
Mônica: Meu amor, fala com a mãe filha, por favor?!!!
Minhas lágrimas caiam por cima dela, que estava toda vermelha, empolada, precisando de oxigênio ao meu ver.

Apareceu um carro do nada e eu entrei com a Carol no colo, o carro saiu voado, sei que em minutos eu já estava num pronto socorro, gritando demais, só me calei quando pegaram minha filha e a levaram para dentro. Me deram água, mas eu recusei, eu queria saber era da saúde da minha filha, ela sim é mais importante. Eu  chorava incessantemente, só quem tem filho sabe o quanto sofremos quando o assunto é saúde dos nossos pequenos.

O rapaz que me acudiu era novinho, eu agradeci ele demais, ele foi embora pois não podia ficar, o Romeu chegou e me abraçou, aí mesmo que eu chorei.
Romeu: Calma, deve ter sido crise alérgica. -Dizia tentando me acalmar, acariciando meus cabelos.
Eu só queria ter notícia da minha princesa, meu coração estava dilacerado. Eu estava num estado de choque, as imagens não saíam da minha mente, minha filha daquele jeito nem parecia ela. Minha bichinha alegre, toda atrapalhada... Cada vez mais eu chorava, eu estava num estado deplorável.

2 HORAS DEPOIS...

Minha bebêzinha já estava bem, foi só um susto, um susto muito apavorante por sinal. Foi horrível para mim ver minha filha daquele jeito, não desejo para ninguém. Estava na enfermaria com ela já medicada e em observação. Foi tão bom ter o Romeu, do meu lado nesse momento, dentro do hospital comigo e com a filha dele que estava na pior. Se fosse em casa, na favela eu não teria o amparo do meu marido e nem a Carol do pai... Graças a deus está tudo bem com a gente!
Mônica: Como você tá minha princesa? -pergunto acariciando seu rostinho.
Carol: Tô bem mãe. -Ela me abraçou.
Minha filha é um amor de criança! Ela quem merece carinho e olha só, ela que está me dando. Minha vida não teria sentido nenhum se caso acontecesse algo de ruim com essa criança. Deus é muito bom, mais uma vez me tirando da furada, livrando a minha família do pior.

Quando liberados fomos para casa, assim que chegamos eu fui cuidar da Carol, dei banho e deitei com ela e a fiz dormir, foi rápido pois o antialérgico é muito forte.
Romeu: Ela está bem? -Disse, me olhando enquanto se enxugava.
Mônica: Sim, só está meia lenta devido ao remédio. -Digo, a observando dormir.
Romeu: Sufoco grande, quem levou vocês?
Mônica: Um rapaz que Deus enviou. -Digo, toda contente, com os olhos cheio de lágrimas.
Não tenho palavras para descrever tamanha gratidão naquele momento, gratidão por esse cara que me prestou socorro na hora em que eu mais precisei. Se um dia eu o encontrar novamente nem sei como o agradeceria, sei que sou grata a ele por toda à minha vida.
Romeu: Tu conhecia ele? -indaga naquele ar de ciúmes.
Mônica: Não, foi um anjo! -respondo com o pensamento longe.
Romeu: Hum, estanho...
Meu semblante mudou no exato momento.
Mônica: Como é que é, Romeu? Não quero acreditar nisso, deixa...deve ser bobeira da minha cabeça. -Falo fazendo o possível para gente não se desentender.
Sem o que falar enfiou o rabinho entre as pernas ficou quietinho.

Não desgrudei da minha filha um minuto sequer, eunão conseguia sair de perto dela. Ricardo entrou no quarto para saber da irmã dele.
Mônica: Está melhor, tô observando ela. O remédio é muito forte, deve acordar só de manhã. -explico um pouco a ele.
Ricardo: Bagulho doido, Biel também é alérgico meu pai também era, ele não te contou não?
Mônica: Sim, eu sei, azar!!! Logo camarão? Melhores vidas!
Ricardo: Brabo! Se ela acordar tu me chama, quero falar com ela.
Mônica: Tá bom, filho.
Ele saiu do quarto e Camilla entrou, trocamos uma idéia, mas eu fui atrás do Romeu, deixei Camilla vigiando a irmã dela. Fui encontrar ele na beira da piscina mexendo no celular, me sentei de frente a ele, já cheguei para o problema.
Mônica: Então quer dizer que tu acha que eu dou pro cara lá né?
Meti bem séria, me sentindo ofendida.
Ele continuou a digitar com a cara no celular, zero atenção!
Mônica: O teu mal é esse, tudo que é homem acha que já me comeu... Deixa de ser um ridículo, escroto cara! Tu me perde nisso sabia? Você é muito inseguro. -Digo mesmo sem ter atenção, continuei falando.
Romeu: Coé Mônica, dá um tempo! Eu só te fiz uma pergunta filha, tu num me respondeu? Então, pronto.
Mônica: E o "estranho" -torno a dizer, gesticulando aspas com as mãos- Me fez entender isso.
Romeu: Nada haver, eu sei que tu só dá pra mim, sou seguro pra caralho pô! Tu não é nem maluca...
Eu comecei a rir de deboche e puta para cacete, me levantei.
Mônica: Hahaha, num acho não isso não.
Saí andando também, fala o quer, escuta o que não quer!! Ele me deixa de cara quente esse filho da mã...
Quando dei por mim já estava debaixo d'água, aquela água fria dessa porra de piscina, com o celular no bolso e tudo, quando levantei ele estava rindo furiso na beira, só puxei seus pés bem rápido. Revanche!
Pronto, agora os dois sem celular.
Romeu: Filha da puta! -berrou me jogando água.
Mônica: Desgraçado! -retruco- Olha o que tu fez Romeu, porra, sacanagem!
Tirei meu iphone do bolso e coloquei na beirada da piscina.
Romeu: Tu jogou o meu também, estava desenrolando uma parada séria.
Mônica: Bem feitO!
Fui para sair, mas ele me puxou.
Romeu: Vem cá, vem ô filha da puta. -Dizia me puxando pelo cabelo gostoso- Tu só me estressa na moral, mas você é minha vida, chatona! Foda-se celular!!! -Falou dando ombros literalmente; me beijou, prensando contra o azulejo.
O fogo sobe logo, dos dois.
Mônica: Não amor, para com isso...
Ele continuou beijando, mordendo meu pescoço, me deixando cheia de tesão.
Eu estava quase cedendo... O filho surgiu do nada, cricri!!
Romeu: Porra, fala Ricardo. -berrou, puto.
Ricardo: A carol acordou e quer a mãe dela.
Mônica: Vou lá, já.
Romeu: Porra, pode nem se envolver em paz. -Falou puto, dando um soco na água.
Mônica: Atura gato! -Digo rindo.
Dei um selinho nele e saí da água, entrei e subi molhada mesmo, Carolina deve está com fome.
Mônica: Oi filha, mamãe está aqui.
Tomei um banho e logo voltei para quarto vestida num roupão, estavam todos no quarto paparicando à caçula.
Mônica: Que foi meu amor, está bem? -Ela assentiu com a cabeça- Está com fome?
Camilla foi pedir um negócio pra ela comer, mas já estava tudo bem, ela riu e conversou, brincou com os irmão, mas me quer por perto. Dei sopa de ervilha para ela na boquinha e ficamos deitadinhas assim que o pessoal saiu, o papai entrou e ficou com a gente ❣

Quando se tem filhos é assim mesmo, de repente vem um imprevisto que nos prende em casa com . Marido ainda disse que a noite seria só nossa, pra gente curtir, ele ainda tentou né?
Mudança de plano, a única mudança que não reclamamos e nem nos arrependemos.