O impacto sobre a madeira fez um som alto que ecoou pela sala do Conselho.
Os Hetar se encolheram com a repentina exibição de força e raiva do Senhor Negro, mesmo que aquilo ocorresse quase todas as vezes.
Alguns cruzaram o olhar dizendo silenciosamente Aí vem ele.- Vocês estão ao menos me escutando?
Um dos conselheiros se levantou.
- Meu príncipe, se for verdade...
Ele apontou o indicador na direção do Hetar.
- Discutiremos isso depois da noite de fogueiras. Então eu posso escuta-los. Mas vocês também devem me escutar.
Os homens se entreolharam. O senhor negro virou as costas para eles, algo que mais ninguém o fazia. Steve olhou para o mestre das armas, do outro lado da sala.
Os conselheiros tinham começado suas discussões. Já planejavam todo o futuro de Elari e do Senhor. Como se fossem peças de um jogo que estava parado e iria finalmente continuar.Steve fechou as portas e seguiu mais atrás dos dois homens. Kah Sung andava apressada e pesadamente resmungando e xingando.
Um dia havia passado e a última tinha chegado. A nova Hetar tinha feito bastante estardalhaço e feito questão de se apresentar. Cinco horas no castelo e ela já tinha até mesmo trocado de quarto duas vezes, reclamando do tamanho.
Ela era de Marir, filha de Hetar. E como haviam anos que uma mulher Hetar não surgia já se dizia nobre. Steve prendeu o riso quando a viu brigando com o mestre das armas para se encontrar com Kah Sung.Ela sabia fazer uma cena.
Naquele instante tudo que Steve queria era terminar seus afazeres e ser liberado para ir ver Elari. Tinha a deixado sozinha desde a chegada, quando foi vê-la na noite anterior ela já havia se recolhido e ele não poderia mais entrar no quarto dela.Craz parou à porta ficando na frente de Steve.
- Vá. Eu cuido dele.
Que idiota. Tinha deixado transparecer a ansiedade.
- Obrigado, mestre.
- Aproveite enquanto pode, general.
Ele mostrou seu respeito ao abaixar a cabeça com a mão esquerda sobre o externo e saiu. As portas da sala do Senhor se fecharam e Steve se segurou para não correr. Seria um grande bobo se chegasse a esse ponto.
Sejamos sinceros, ela estava completamente impressionada com aquele lugar. Era tão grande e bonito que as vezes assustava. Mas Elari não tinha medo de construções, por isso depois do banho e da noite na melhor cama que já pudera chegar perto e de amanhecer com o desjejum na cama ela saiu do quarto e começou a andar. Não tinha saído do andar superior antes de escutar o estardalhaço. De cima a cena toda se desenrolou à sua frente como um espetáculo de comédia.
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Os Eternos
FantasyO que fazer quando seu destino é se tornar aquilo que mais teme? A vida de Elari é regida pelo medo, medo dos seus iguais, dos vizinhos, dos irmãos e parentes e, temendo seu destino cruel de se tornar um deles, um monstro, ela se vê dividida entre d...