Endless Miraculous Love

Golpes

Chat Noir subiu para o telhado e a transformação se desfez e ofereceu camembert para o kwami. Ouviu quando Ladybug usou o miraculous e olhou para baixo vendo os garotos deixarem de ser estátuas. Transformou-se novamente em Chat Noir. Ladybug estava consolando a akumatizada pelo menos não era a Marinette, aquilo não tinha sido culpa dele. Ele não conseguia ouvir o que ela dizia e as duas estavam no segundo andar, longe dos demais, então era praticamente uma conversa apenas entre as duas.

Ladybug: -Olá você! Não sei o que te deixou tão mal, mas ... bem ... é uma festa, você pode se juntar aos seus amigos lá embaixo e aproveitar mais um pouco antes de ir para casa! – Ela mesma não se sentia assim, sua festa já tinha acabado e queria voltar logo para casa...

Melissa: -Amigos? Que amigos? Nós transamos, Ladybug, eu confiei nele e ele contou para todo mundo no dia seguinte! E nessa festa ele está com outra... Estão todos rindo de mim pelas costas! – Ela abraçou a garota. Não queria se lembrar de quem era, pois o que ouviu era para ser falado para uma Ladybug desconhecida, e não uma do mesmo colégio. Não conseguiu evitar reconhecer a aluna do terceiro ano.

Ladybug: -Hei, o ano letivo está no final e nos próximos dias todos precisarão se preocupar com provas e notas. E sexo é algo normal, você pode fazer com quem quiser. Se tem alguém falando algo, deveria cuidar da própria vida! Não foi de um jeito bom, mas pelo menos, você descobriu logo que esse garoto não vale sua consideração. – Ela se sentiu estranha falando isso, ela, a Marinette que corava para falar com um garoto só porque gostava dele! Melissa aceitou suas palavras e se acalmou. Ela se afastou usando o ioiô para subir para o telhado. E deu de cara com Chat Noir.

[...]

Ladybug: -Hei gato, hoje não é um bom dia, melhor eu ir para casa logo!

Chat Noir: -Vai fazer essa desfeita, My Lady? Fiquei aqui só para te ver... Quer conversar?

Ladybug: -Não posso, desculpe Chat... A única coisa que eu quero fazer nesse momento é socar algumas pessoas.

Chat Noir: Por que não soca então? Isso é... se conseguir me acertar. Rsrs.

Ladybug: -Não vou fazer isso. Você não tem nada a ver com isso...

Chat Noir: -Não tenho? Como você sabe? Nós pisamos na bola às vezes também... Lembra-se da Volpina?

Ela lembrava, mas não queria lembrar. Adrien! Suas piores escolhas o envolviam! Será que Chat tinha algo a ver com a Melissa? Será que era algum dos "amigos" da garota que ficou ali, rindo dela pelas costas?

Chat Noir: Por que a garota de hoje foi akumatizada, hum? Foi um cara, não foi? Sempre tem um cara idiota! O que ele fez? Traiu a confiança dela? Brincou com os sentimentos? O que fizeram para você, hum? My Lady? Alguém conseguiu fazer de idiota a incrível Ladybug? Quem foi?

Ladybug: -Cala a Boca Chat! Você não sabe o que está falando!

Chat Noir: -Não sei? E se eu souber? E se eu for a causa dela ter sido akumatizada? – Não era, só a conhecia de vista, mas e se fosse a Marinette e não aquela garota?

E ela imaginou se ele poderia ser... Ele não faria isso! Faria? "Sempre tem um cara idiota!". Pensou no tempo que levou para fazer sua roupa e no trabalho que teve e como sua festa acabou. E pensou na Melissa outra vez "...ele contou para todo mundo..." mas naquele momento pensou no Chat contando algo assim para todo mundo. A raiva tomou conta dela e ela avançou para cima dele dando dois socos no meio do peito.

Ele foi pego de surpresa pelo movimento, mas não é como se não esperasse esse tipo de reação, estava provocando isso. Desviou do próximo golpe, mas levou alguns outros, era esse o propósito, não era? Mas em um momento de distração ela acertou um golpe mais forte e ele bateu as costas com força na mureta divisória. E depois do momento de ira Ladybug notou o que fez.

Ladybug: -Chat! Você não deveria ter me provocado! O que foi que eu fiz?! – Disse indo na direção dele.

Chat Noir: -Não foi nada de mais, My Lady. Você sabe que estou acostumado com uma boa briga de gato! – Estavam próximos e ambos ouviram o bip dos brincos dela, era a última bolinha antes da transformação.

Ladybug: -Droga! Parece que eu tenho que ir, mas não quero deixar você...

Chat Noir: -Até mais, My Lady, sei que se você não for embora logo, vai querer me matar mesmo, aí sim terei problemas! – Ele estendeu o bastão e se afastou alguns telhados para frente para dar algum espaço para ela sair dali. E sentou um pouco num canto escondido. O último golpe o pegou de jeito, sentia-se dolorido. Quando voltou a olhar o ponto de onde havia saído já não a via em lugar algum, menos mal, seu segredo estaria seguro.

Ficou ali alguns instantes pensando no que deveria fazer. Talvez devesse voltar para a festa e procurar a Marinette e pedir-lhe desculpa de alguma forma. Mas sem a ajuda do Nino, não conseguiria nem chegar perto dela, nenhum dos colegas da sala que o visse deixaria ele se aproximar agora. Mas a Marinette morava do lado da escola, então se estava toda molhada e a festa havia acabado para ela, por causa dele, talvez já tivesse até voltado para casa. Isso é, se ela não virou estátua, durante a luta. O jeito mais fácil era checar a casa dela. Depois teria que voltar para escola de qualquer forma, tinha que sair de lá com o segurança por ordem do pai...

[...]

Marinette chegou em casa e assim que os pés tocaram a sacada sua transformação se desfez. Ela entrou pelo alçapão descendo para o andar de baixo para não molhar sua cama. E quando acendeu a luz se viu no espelho, seu vestido todo molhado, do jeito que todos da sua sala a viram momentos antes da luta. Virou o rosto para não lembrar-se de como tinha acabado sua noite e deu de cara com diversas fotos de revista de Adrien, todas olhando para ela. Sentiu-se ridícula, idiota. Começou a arrancar as fotos com ira, rasgando e jogando no chão.

Marinette:- Tikki, apaga a luz, por favor! – A pequena kwami voou na direção do interruptor acionando o mecanismo e desligando a luz.

Tikki: -Marinette, se acalma! Deve ter uma explicação! Hoje foi um dia complicado, o akuma surgiu no pior momento, mas... – A pequena kwami ouviu um barulho vindo de fora então se escondeu.