Endless Miraculous Love

Ciúme

Lohan: -Você deve ser Adrien Agreste. Creio que agora seja uma boa hora para eu ir para casa, considerando que a princesinha já está com o príncipe dela...

Adrien: -Por que você está assim, tão perto dela, Lohan? O que você quer com ela?

Lohan: -Eu? Nada mesmo! Mas você sabe que ela chama atenção aqui... Talvez devesse ficar mais alerta.

Lohan começou a se afastar descendo as escadas. Adrien o observou indo, mas não fez nenhum movimento para impedi-lo ou segui-lo.

Adrien: -Mari, vamos, Gustav está lá fora e acho que temos que conversar...

Marinette: -Agora? Eu só quero ir para casa, Adrien...

Adrien: -Agora, não vamos deixar essa confusão para resolver amanhã. Nem eu nem você vamos conseguir dormir direito pensando besteiras se fizermos isso...

Adrien segurou a mão dela como se pudesse tentar fugir dele no trajeto até o carro. Quando chegaram ao local onde estava o veículo ele abriu a porta para ela e depois entrou. Dentro do carro ele pediu que Gustav os levasse para o Jadins du Trocadero, o lugar não era próximo ao curso. Mas não conseguiram conversar na casa dela e ele não queria chegar em casa e se fechar no quarto com ela para conversar com Nathalie ali. Não depois de dela ter dormido na casa dele na noite anterior, não seria uma boa ideia. No trajeto se instalou um clima pesado e silencioso Marinette não queria conversar com ele ali, apesar de Gustav ser um homem discreto não queria divulgar ali para que soubesse sobre as fotos, ou que Adrien perguntasse sobre a cena que viu quando chegou ao curso.

Quando saiu do carro com ela em direção ao parque, mencionou ao motorista que ficariam de meia hora a quarenta minutos. Gustav não gostava das mudanças de trajeto e hoje, só aceitou a alteração, porque Gabriel estava viajando e não teria que explicar um atraso.

[...]

Eles se afastaram do carro e sentaram num canto a na escada olhando para a Torre. O lugar era movimento inclusive no final da tarde, mas era muito amplo e conseguiram conversar em privacidade num cantinho como aquele.

Adrien: -Então?... Quer falar alguma coisa? Ou perguntar?

Marinette: -Não, queria ter ido para casa, não leu a mensagem? – Ela não queria perguntar, não queria ouvi-lo contando como terminou abraçado pela Kyoko. Ou o que ela fazia ali ou se aquela foto era de hoje mesmo. Ela queria que não existisse nenhuma Kyoko que lutasse esgrima, muito menos contra ele ou na mesma escola de esgrima...

Adrien: -É? E o Lohan iria te levar? Ou você ainda não tinham combinado nada ainda?

Marinette: -Não! Ele não ofereceu, mas talvez se tivesse oferecido eu aceitasse! – Adrien já estava irado desde a hora que viu Lohan com o braço sobre os ombros dela. E agora Marinette o instigava mais falando daquele idiota. Ele sabia que aquilo que viu foi provavelmente coisa do Lohan, mas ainda assim a imagem lhe causava muita raiva.

Adrien: -Então, está tudo bem?! Eu posso pedir que Gustav te deixe em casa e você não quer conversar antes? É isso? – Ele levantou e estava na frente dela, passou a mão pela nuca, mas olhando para ela.

Marinette: -E se eu disser que está? Você vai mesmo me levar para casa? – Ela levantou também. Mas eles estavam num canto e tinha um muro de proteção ao lado, Adrien se deu um passo na direção dela encurralando-a entre o muro e ele.

Adrien: -Vai dizer que não quer saber o que aconteceu para alguém bater aquelas fotos? Que não está com raiva das fotos? Por que eu estou com muita raiva de ter visto o Lohan com o braço no seu ombro!

Ela estava praticamente presa, e ele estava muito perto. Então ele venceu a distância que faltava e começou a beijá-la, intensamente e cheio de ciúme. No começo, ela tentou afastar, mas estava encostada no muro. As mãos dele que antes estavam na cintura desceram para o quadril e se insinuavam para trás. Agora pressionava ela para frente para que colassem os corpos mais. As mãos dele se moveram para a lateral do tórax, sob a camiseta até a curvatura dos seios. Ela passou os braços por trás nas costas dele . Adrien tinha uma enorme vontade de descer os lábios pelo pescoço dela, marcando com chupões, agora ela não iria resistir, mas certamente ficaria brava. E não adiantaria de qualquer forma... Não duraria até a próxima sexta. Quando sentiu algo molhado e interrompeu o beijo.

Adrien: -Mari? Você está chorando?! – E toda raiva que sentia deu lugar a uma grande tristeza e preocupação e um pouco de remorso. Ela não tinha realmente feito nada... Ela estava no curso, lembra?

Aproveitou-se da brecha e sentou novamente em um dos degraus, encolhida com a cabeça baixa encostada nos joelhos. Adrien tentou puxá-la levemente, para olhar em seus olhos.

Marinette: -Não... Não quero que me veja chorando. – Ele sentou então no degrau de cima, colocando uma perna de cada lado, enquanto encostava-se levemente as costas em um gesto carinhoso.

Marinette: -Você sabe o que foi ver aquela foto e imaginar o quão recente era? Ela entrou para as aulas de esgrima. – Não era uma pergunta. E cada frase era separada quando ela puxava o ar enquanto chorava e falava. – Ela é forte, decidida, bonita, boa no que faz e foi atrás do que queria até conseguir... E eu... Sou a Marinette, a filha do padeiro... Que chance eu tenho se ela quiser você?!

Adrien: - Mari! Coloca uma coisa na sua cabecinha confusa: Eu. Amo. Você! Forte? Quantas vezes esse ano a Chlóe fez algo para te derrubar e você simplesmente levantou, bateu a poeira e seguiu em frente? Sem deixar de ser assim, carinhosa, meiga e doce... Decidida? Boa no que faz? Você desenhou e fez com que seus desenhos fossem vistos e reconhecidos num festival anual, convenceu seus pais que o estágio era uma boa ideia encantou meu pai com as suas criações! Ele é muito rigoroso e um grande estilista e aos olhos dele, seus desenhos são fantásticos, você acha mesmo que isso é pouca coisa?! Se ela quisesse ficaria querendo. Eu. Amo. Você. E isso não vai mudar!

Ele abraçava forte e ela parecia mais calma. E ela ainda nem tinha falado nada sobre a noite anterior, e nem tinha perguntado nada e ele ainda se perguntava quando ela iria perceber... Eles ainda tinham muito a conversar e já começava a escurecer.