Alya com o celular no quarto

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No dia seguinte a aula foi mais ou menos como na quarta, muito sono, e intenso esforço para prestar atenção. Marinette sentia que Adrien e Alya estavam perguntando coisas demais... E ela gostava de ficar aconchegada, mas não queria ver a expressão de apreensão de Adrien, sentia-se ultra culpada!

Marinette: -Olha, Adrien... Amanhã não precisa vir me buscar em casa antes da aula. Eu prometo que vou chegar na hora, é só que você e a Alya estão pegando um pouco no meu pé e estou me sentindo ou pouco sufocada...

Eles conversaram e claro que Adrien ficou magoado, ele não estava entendendo nada, ele não tinha feito nada de que se lembrasse ou soubesse! Mas ela não conseguiu se livrar tão fácil assim de Alya desta vez. Na semana seguinte eles teriam uma entrega de trabalho na sexta, daria para fazer no final de semana, mas Alya insistiu.

Alya: -Semana que vem você tem curso na segunda e estágio na quarta... Melhor fazer hoje depois da aula mesmo, assim ficamos livres.

Marinette: -Oh tudo bem! Então você almoça em casa, assim fazemos logo o trabalho! – Mas ela queria que Alya fosse almoçar lá, seria uma boa distração no almoço e tiraria o foco de perguntas que os pais poderiam pensar em fazer. Não iriam discutir se ela estava cansada ou dispersa com a Alya ali.

[...]

Adrien estava triste por não compreender o comportamento da Marinette, o que fazia com que ficasse mais determinado em achar o autor das mensagens anônimas. Ele viu a lista de empréstimos, várias vezes, e nenhum nome parecia fazer algum sentido, focou nos últimos, pois os primeiros seriam de pessoas que fizeram empréstimos de livros pela manhã. Ainda assim, muitos nomes sem significado algum, ninguém que conhecessem. Bem... Só tinha um nome estranho ali, e esse era realmente estranho, afinal de contas por que a Chloé Bourgeois iria pegar livros na biblioteca?!

Adrien: -Chlóe, você pode me dizer que livro tirou na biblioteca na sexta passada?

Chlóe: -Livro eu Adrikins? Você tem certeza? Você sabe que eu não gosto de ler, a Sabrina faz a parte dos trabalhos que requerem leitura e escrita para mim...

Adrien: -Oh sim, tenho certeza! Sabe... Tem alguém aprontando para mim e eu queria entender o que você estava fazendo na biblioteca na sexta.

Chlóe: -Alguém aprontando, deixa-me pensar... É, não sou eu, desde aquele dia que você defendeu a senhorita pão doce eu não estou "aprontando" nada relacionado a vocês! Se quiser, pode perguntar para a Sabrina. Tem mais, eu tenho classe, diferente da sua namorada. E quando eu faço das minhas assino em baixo você se lembra de quando liguei para os bombeiros para acabar com a aula de se sujar de farinha...

Adrien conhecia bem a Chlóe e apesar do comportamento pouco amistoso de hoje em dia dela, foram muito amigos quando eram pequenos. Não queria acreditar que ela estivesse envolvida com as fotos e mensagens, mas tinha todo o histórico de rivalidade dela com a Marinette... Ela também nunca tinha feito nada diretamente contra ele, mas depois do dia que ele respondeu para ela na sala de aula isso poderia ter mudado.

Adrien: -Então, que tal me explicar um pouquinho sobre o livro que você pegou na sexta?

Chlóe: - Química, a Sabrina faz os trabalhos, mas semana que vem tem prova. Tenho que tirar algumas notas euzinha, para poder passar de ano, você sabe... Além disso, se fosse fazer algo que minha ida a biblioteca pudesse me denunciar na sexta, com certeza não teria tirado um livro para marcar meu nome, não me subestime, eu sou melhor do que isso... Mas quando descobrir quem é, me avise, não gosto de concorrência.

[...]

O trabalho para semana seguinte era de geografia e Alya trouxe alguns livros da biblioteca para a casa da Marinette. Mari estava certa sobre os pais e o almoço, foi uma refeição muito tranquila. Depois, ambas subiram para o quarto de Marinette com os livros.

Começaram e Marinette escrevia em post its observações sobre trechos do texto que lia marcando as páginas enquanto Alya buscava algumas informações complementares no computador. Mas Mari estava morrendo de sono e as letrinhas do livro começavam a se embaralhar.

Marinette: -Alya? Estou com sono... –Alya interrompeu.

Alya: -Você está sempre com sono, e essa semana, mais ainda, aconteceu alguma coisa?

Marinette: -Não, mas vou buscar um café e cookies na cozinha, você quer?

Alya: -Aceito sim! Confesso, geografia também me dá sono!

Quando Marinette saiu do quarto Alya se afastou um pouco do computador, as perguntas diretas não estavam funcionando antes e não funcionariam agora... Olhou ao redor. Fotos de Adrien, algumas novas deles juntos na parede, no canto da mesa alguns desenhos que ela afastou para lá quando começaram a fazer o trabalho. Na frente das gavetinhas perto da máquina de costura havia algumas linhas e pedaços de tecido.

Alya levantou um pouco, estava cansada e se sentia um tanto intrometida. Fazia alguns dias que ela sabia que a Mari estava guardando segredos e ficava preocupada com o que poderia ser tão sério para ser guardado assim a sete chaves. Ela viu a caixinha do diário, mas estava fechada e bem... Fuçar o diário era golpe baixo! Mas com certeza tentaria se a caixinha estivesse aberta... Tentou abrir, talvez estivesse destrancado, pena... Não estava.

Foi até o divã para pensar o que fazer e sentou na ponta. Mas quando outro para o lado notou um papel dobrado sob a almofada. Ela abriu a folha para ver. Uma carta?! Notou as marcas de algo que pingou no papel, nem teve tempo de ler direito e ouviu algum barulho na escada. O celular estava na mão então, bateu uma ou duas fotos, dobrou o papel e enfiou novamente sob a almofada. No instante seguinte Marinette entrava no quarto com uma bandeja com cookies e café.

Depois do lanche, elas continuaram o trabalho, as mãos da Alya coçavam para ver as fotos da carta na tela do celular e para ler o conteúdo, mas não tinha conseguido nenhuma resposta direta da Mari para nada nos últimos dias e preferia ver as imagens em casa, sem que a Mari pedisse para apagar... Ela sabia que a Marinette estava com algum problema, pois ela nunca tinha escondido nada dela antes, por mais atrapalhado ou vergonhoso que fosse. Torcia para que desta vez a Marinette não tivesse se enrolado em nada muito complicado e mais cedo ou mais tarde ela perdoaria a intromissão.

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