A final, o que é akuma? - Sábado 8

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No dia seguinte Adrien acordou com o despertador para ir para equitação. Poderia ter dormido mais, mas depois da noite anterior... não se aborreceria fácil. *Isso deve viciar... É a melhor explicação para entender as pessoas que já começam o dia de mau humor. É falta. Por isso que falam que fulano "dormiu de calça jeans", com certeza!*

Marinette acordou duas horas mais tarde, sabia que Adrien já deveria estar na equitação e queria passar lá mais tarde, mas iria aproveitar que ele estava ocupado para fazer uma visitinha a Chlóe e ver como ela estava. Mas claro que não iria como Marinette... Para saber como Chlóe estava. Talvez pudesse fazer algo por ela. Mas não quis fazer nada sem primeiro conversar com Tikki, já tinha se metido em enrascada antes por usar a cura sem perguntar.

Mari: -Tikki ... pensei em ver a Chlóe hoje, como Ladybug. Você acha que ela ainda pode apresentar algum efeito da luta de ontem? Talvez eu pudesse ajudá-la se for esse o caso?

Tikki: -É possível Mari. Você não vai desistir enquanto não descobrir o que o seu poder pode fazer nesses casos, né? Não acha mais seguro levar o Chat Noir com você?

Mari: -Não sei, é necessário? O que pode acontecer?

Tikki: -Huum - Tikki cruzou os bracinhos pensativa. - Consequência direta de tentar curar um akumatizado eu não saberia dizer, os portadores do miraculous da borboleta não causavam akumas no passado. Mas quando uma Ladybug curava pessoas com situações mentais ou espirituais podia ocorrer de partilhar memórias, ou sentimentos. No caso de um akuma... creio que você poderá experimentar os sentimentos e emoções que a Chlóe está vivendo, ou ter um flashback das sensações do que ocorreu durante o controle de Queen Wasp.

Marinette: -Tikki! Isso pode ser esclarecedor!

Tikki: -Mari! Isso pode ser perigoso! Você não terá necessariamente acesso a informações ou lembranças mas a sensações que podem ser intensas e difíceis de compreender.

Marinette: -Você acha que eu não deveria tentar?

Tikki: -Eu acho que você pode tentar, mas deve parar antes que as coisas saiam do controle e tentar se lembrar que logo depois, seu tempo será curto e que a Chlóe não sabe e nem deve saber a sua identidade.

[...]

Quando Ladybug chegou ao quarto de Chlóe entrou pela sacada como Ladybug, sem avisar ninguém e não deixou que a notassem, esperou até que não houvesse ninguém no quarto dela. Se aproximou da cama para ver como ela estava, estaria dormindo ainda?

Quando chegou perto o suficiente notou que ela não dormia, estava deitada de costas e mantinha os olhos abertos, as vezes piscava mas olhava para o vazio. Parecia não ter qualquer consciência de que ela estava ali.

Ladybug: -Chlóe? Você consegue me ouvir? - A loira não se moveu, mas piscou os olhos um pouco mais rápido. Ladybug passou a mão na frente do rosto, mas isso não pareceu fazer qualquer efeito. - Você está com alguma dor? -As orbes azuis pareceram confusas por poucos instantes mas não pareciam tentar avaliar se havia dor, mas sim o que estaria acontecendo no entorno.

Tentou fazer como quando curava, tocou a testa da Chlóe com as pontas dos dedos, mas assim que tentou o que sempre fazia para curar foi invadida por um turbilhão de emoções violentas que para ela não fazia qualquer sentido medo, insegurança, tristeza, raiva, resignação, não pertencimento, mágoa. Era emoções puras e sem foco, e mal entendia como poderia sentir tamanha raiva e resignação ao mesmo tempo. Aquilo pareceu durar muito tempo, mais do que deveria. Ouviu um gemido baixo vindo de Chlóe. Quando conseguiu mover os dedos, quebrando o contato Chlóe parecia estar muito mais presente do que antes.

Chlóe: -Ladybug? O que ... aconteceu?

Ladybug: -Você foi vítima de um akuma e eu quis ver se estava bem...

Endless Miraculous LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora