Canforada - hot inicio

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O quarto estava escuro, iluminado apenas pela claridade que vinha pelas janelas. Antes de olhar para dentro, Chat imaginou que a garota poderia já estar dormindo ou ainda não ter voltado. Mas quando viu a cena, sentiu seu coração se afundar no peito. Ela estava no chão, com as pernas dobradas para trás. O penteado antes tão lindo estava desfeito e o cabelo ainda um pouco molhado algumas pequenas mechas estavam grudadas ao rosto. Ela ainda estava com o vestido todo molhado. O rosto estava vermelho e levemente inchado e havia várias fotos e imagens de revistas pelo chão. Fotos dele, Adrien... Algumas já estavam rasgadas e outras haviam apenas sido tiradas arrancadas de algum lugar. Ela ainda chorava e falava sozinha alheia ao que acontecia ao redor, sem vê-lo ali na janela.

- Oh Adrien! Por que...?! Você podia até não gostar de mim, essas coisas não se escolhe! Mas não precisava ter feito isso! A Chlóe... com a Chlóe eu já estou acostumada, mas você...? Nunca esperei algo assim de você! - Ela esfregava as mãos no rosto limpando as lágrimas que caiam, até que em um momento desistiu e colocou as mãos no chão se inclinando para frente deixando as lágrimas caírem no assoalho.

Ele não podia deixar ela assim e ir embora, mas com certeza ela não iria gostar da sua intromissão também. Mas ... a culpa era dele! Ele tinha que fazer alguma coisa! Bateu de leve na janela para chamar atenção dela.

Chat Noir: -Hei, Marinette, princess... Por favor, abre a janela para mim! – Ela levantou a cabeça e focou os olhos para a janela onde ele estava. Então sentiu seu rosto ficar mais vermelho pela cena que Chat estava presenciando.

Marinette: -Vai embora, Chat! Não quero ver ninguém hoje!

Chat Noir: -Se você não abrir a janela terá ainda que explicar para os seus pais como ela se desfez depois que eu usar o catalismo nela!

Marinette: -Você não faria...- começou a falar, mas olhando para expressão dele –Oh! Você faria! – E com medo da ameaça, abriu a janela para ele.

Quando ele estava entrando segurou no batente para jogar as pernas para dentro e não conseguiu conter um gemido de dor.

Marinette: -Que foi? – disse preocupada com ele – Está machucado? – Ela não se lembrava dele ter caído ou se machucado na última luta... E se lembrou da oferta dele após a luta! E sentiu um forte arrependimento por ter aceitado extravasar sua raiva daquela forma!

Chat Noir: -Não é nada princess, só cai de mau jeito na última luta! E você...? Vai me contar o que ele te fez? – Disse apontando para as fotos rasgadas e jogadas no chão.

Marinette: -Não foi nada, Chat, coisa de adolescente, hum? Posso ver suas costas? Tenho uma pomada chinesa perfeita para esse tipo de coisa! Sei de primeira mão, porque sou a maior desastrada!

Chat Noir: -Adolescente, é? Deixo você ver minhas costas, se você me contar o que esse cara fez para você... E se ele foi estúpido com você, posso deixar as costas dele iguais as minhas, se você quiser! Rsrsrs

Marinette: -Tudo bem, eu conto, mas não quero que vá bater em ninguém... Já teve muita briga, melhor parar por aqui. Senta aqui e abre o traje, para que eu possa ver.

Chat Noir: -Ei Marinette, melhor você também trocar essa roupa molhada, mesmo estando na primavera, se você ficar muito tempo com essa roupa, vai acabar ficando doente.

Chat Noir estava de costas sentando no divã do quarto e de onde estava não poderia vê-la, pois estava de costas para ela. Quando pegou a pomada no gabinete do banheiro, aproveitou para tirar a roupa molhada e colocar um roupão felpudo, colocou por cima da roupa de baixo molhada mesmo. Quando chegou até o divã, Chat já havia aberto a parte de cima do traje e ela se sentou atrás dele com a pomada na mão para passar. Quando ela viu as marcas roxas nas costas, visíveis até sem muita claridade não conseguiu conter uma exclamação.

Marinette: -Oh Chat! Como você se machucou assim, gatinho!? – E sentiu a culpa lhe dar um nó na garganta.

Chat Noir: - Ossos do oficio, princess! Mas você está me devendo uma história! – Ela tocou de leve um dos lugares com as pontas dos dedos – E Chat sentiu um leve calafrio lhe percorrer o corpo, as mãos dela estavam frias.

Marinette: - Desculpa, te machuquei? – Ele balançou a cabeça negando. –Não tem muito para falar, a culpa... nem é dele exatamente. Eu é que fui muito tonta de não ter conseguido falar nada por tanto tempo!... Eu gostei dele por tanto tempo! Acho que... apesar de tudo ainda gosto. E foi só uma festa, nada de mais.

Ela começou a aplicar a pomada e o cheiro canforado se espalhou pelo ambiente. Os dedos dela eram delicados e ela parecia ter receio de machucá-lo. No começo ela estava de joelhos no divã, mas com o tempo, a posição começava a ficar desconfortável então ela abriu as pernas passando uma de cada lado das pernas dele. E o toque delicado nas costas dele começava a despertar sensações novas. Os dedos antes gelados, agora estavam aquecidos e passeavam delicadamente pelas costas dele causando a sensação de pequenas descargas de eletricidade e as coxas dela se encostavam as dele sobre o tecido preto, onde ele começava a sentir o calor agradável do contado indireto com a pele dela. Ele sentiu o próprio volume aumentar dentro do traje apertado. E ela tocou as costas dele com as palmas da mão. Ele deu um breve suspiro.

Marinette: -Desculpe... – Disse pensando que tinha feito doer em algum lugar.

E no momento seguinte ele sentiu ela se aproximar encostando-se a suas costas com o sutiã molhado e frio, enquanto lhe dava um beijo entre o ombro e o pescoço! Os braços dele ainda estavam presos dentro do traje, que ele só havia descido até a cintura e nos braços até os cotovelos.

Chat Noir: -Princess! Nós não... – A voz dele estava rouca e cheia de desejo, mas as palavras morreram assim mesmo. Ele tinha que parar aquilo, mas não queria! Se ela soubesse quem era o garoto sob a máscara, iria odiá-lo mais ainda! E ela colocou as mãos uma de cada lado na cintura dele, e foi subindo em um abraço colando o corpo dela as costas. E ainda nesse abraço, ela subiu a boca para beijar-lhe a orelha.

Marinette: -Gatinho? Não... não gosta? Não está bom? – A voz dela era um sussurro em seu ouvido e parecia cheia de desejo também. – Ela nunca se sentiu tão desinibida! Passar as mãos na pele dele fazia com que um calor subisse e se espalhasse por sua barriga. E quando encostou-se às costas quentes dele e sentiu o cheiro de canfora mais forte, uma enorme onda de prazer se espalhou pelo corpo dela. Mas naquele momento apesar de bom, ela sentia que ainda era muito pouco. Desceu do divã quebrando o contato, apenas para se colocar de joelhos entre as penas dele. E quando o olhou nos olhos viu dos enormes pupilas brilhando, tais quais olhos de gato no escuro. Notou que ele olhava seus seios, ainda no sutiã. E ela viu mais uma marca no peito dele e estendeu a mão para tocá-la com muita gentileza.

Marinette: -Também bateu aqui?... – E ela sentiu mais uma lágrima descendo pelo rosto. Por que tinha batido nele tão forte? E ele usou o dedão para limpar o rosto dela com muito cuidado, para não machuca-la com a garra.

Chat Noir: -Princess ...não estou acostumado a ver lindas garotas de sutiã, acho que você deveria me pedir para ir para casa! – Ele disse tentando juntar forças para sair dali de alguma forma.

Endless Miraculous LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora