Música no Ar

225 25 0
                                    


Música no Ar - A Pequena Sereia 2 - O Retorno para o Mar

-O que está fazendo, esquisita? – uma patricinha perguntou enquanto Mal virava a garrafinha de álcool no copo de suco. Carlos abandonou-a naquele combate.

-Misturando – disse mexendo a mistura com o dedinho; chupou-o com malícia e piscou para o garoto que se encontrava atrás da patricinha. Mal enxergava uma ereção de longe; lição aprendida com Evie e a Rainha Má – Quer experimentar? – ofereceu bebendo um gole – Não vai se arrepender – a patricinha olhou desconfiada – É melhor do que essa droga de champanhe que você está bebendo.

-Você quer me envenenar, não é, sua...

-Não é meu estilo – retrucou fazendo pouco caso da acusação; porém, aproveitou-se para mudar o sentido daquela recusa – Sabia que não teria coragem – e virou o copo mais uma vez.

A boazinha não gostou da acusação.

-Me dê isso aqui – e tomou um gole, fez uma cara esquisita e...

-Quer que eu faça um pra você? – perguntou Mal; era tão fácil e divertido dobrar inocentes...

Cinco minutos depois a filha da Malévola batizara três copos de suco e tinha gente pedindo para experimentar. Surgiu um pequeno aglomerado ao redor da menina, certa popularidade.

Nenhum deles nunca tinha ficado alto antes, e seria hilário vislumbrar certinhos bêbados... Mas Mal não ia desperdiçar sua pouca bebida com eles. A ideia de embebedá-los ficaria para uma próxima vez.

-Ninguém te contou que é para tirar a roupa, Mal? – perguntou um jogador reserva; Mal nem sabia seu nome, parentesco... Nem se importava.

-Quer que eu tire? – desafiou sorrindo; o rapaz corou, mas ouve uma aclamação na ala masculina que ouviu – Não se preocupe, gracinha, vou tirar quando o sol sumir.

Assim que o sol se tornou apenas uma linha laranja no horizonte a as lanternas de papel foram acesas, Carlos assumiu a cabine do DJ e Mal assumiu a frente da "pista de dança" – um espaço perto da piscina. Uma aclamação forte se fez ouvir esperando que a vilã cumprisse com sua palavra e se despisse.

De frente para o amigo Mal começou a soltar os laços que prendiam sua roupa no lugar, dançando envolventemente conforme se livrava do que todos chamavam de excesso; Jane gentilmente levou sua roupa para junto de seus demais pertences. Somente com o seu maiô tomara que caia – sem maiores detalhes ou frufrus – ela continuou dançando sedutoramente, agora acompanhada por Evie – também de maiô, num azul bonito e alças fininhas. As duas contando apenas com as lindas curvas de seus lindos corpos.

Os certinhos perderam mais ou menos duas músicas apenas olhando-as dançar. Não conheciam aquelas batidas, aquele grave forte pulsando nos ouvidos. A sensualidade das duas dançarinas era gritante. Elas sabiam como mover o corpo, como atiçar. Chegavam a se esfregar uma na outra num ato tão... Logo um atrevido aproximava-se com os olhos quentes de luxúria e as duas não hesitaram em dançar, em se esfregar no rapaz.

Vendo aquilo, muitos quiseram se sentir tocados também, ousados. Para eles aquilo já era uma orgia: o calor humano, a imoralidade naquela sedução descarada, o passar livre e frequente das mãos muito mais do que apenas bobas... Era uma amostra do paraíso, um gostinho do inferno.

Mal chamou Jane e Lonnie para se aproximarem. Jay aproveitou-se da situação: agarrou o corpo de Lonnie e levou a força até o meio daquele crescente aglomerado de gente; seu corpo firme nas costas dela, sem espaço algum, colados. Jane foi sozinha para não ter que ser arrastada; claro que ela bebera alguns golinhos da garrafa de Evie para tomar coragem... E ela não se arrependeu.

SeduzentesOnde histórias criam vida. Descubra agora